quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Ainda o Verão

Alguém poderia explicar como, mesmo nos tempos de camada de ozônio indo lá pra pequepê, ainda acham que pele bronzeada é bonito???

Eu nasci branco. Ok, tem gente mais branca do que eu, mas quando eu vou pela primeira vez no ano à praia eu sou alvo (entendeu? "Alvo"!) de piadas como "sai pra lá, tu tá refletindo luz nos meus olhos", dentre outras.

A epiderme deste que cá escreve não tem muita afeição por pegar um bronze. Quando é exposta ao Sol matador das idas à praia ao meio-dia e horários adjacentes, fica com aquele tom vermelhão de pimentão. Arde pra caramba nos dias seguintes e, logo depois, volta a ser branca, trazendo o conseqüente descascamento ("descascação"?).

Ou seja: de nada adianta pegar Sol.

Bem, poderia adiantar para uma coisa: pegar um baita dum câncer de pele.

Então, quando alguém me diz - e por favor, sem conotações racistas! - "mas como tu estás branco!!!!!!!", eu respondo: "muito obrigado! Sem câncer de pele!!"

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Ébrio Natalino

Ébrio no Natal. O estado ébrio é nada mais corriqueiro em minha vida, mas no Natal só ocorre uma vez por ano.

E eu, que jurei na semana retrasada nunca mais beber novamente. "Nunca mais beberei!!", eu berrava aos altos brados.

Só que isso durou até quinta da semana passada, quando bebi outra vez, ignorando minhas próprias regras.

Bêbado maldito. Isso não pode ser bom.

Mas bom mesmo é romper o Natal com champagne.

"Ué, romper o Natal?", alguém pode perguntar. Sim, romper o Natal! Tomei até champagne hoje! Onde já se viu tomar champagne no Natal? Isso é coisa de Ano Novo! Esse, sim, é rompido! Pelo menos na região onde moro.

- Vais romper o ano onde?

É algo até indecente, mas o que há de ser feito? O povo por aqui resolveu falar assim, fazer o quê.

Então, com o Natal já no passado, só tenho a desejar BOAS ROMPIDAS para todos, e que tudo magicamente mude quando o cronômetro zerar do 31/12 para o 01/01. É sempre um recomeço, é sempre uma nova esperança, é sempre uma nova chance do gordo começar seu regime, da prostituta largar aquela "vida fácil", da mulher de malandro dar mais uma chance pro cara que bate nela todos os dias, do Rubinho Barrichello vencer um campeonato de Fórmula 1, e assim por diante...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Fim de Ano "Bola Murcha"

Que finzinho de ano bem besta, este.

Sem planos pro Reveillon, e com o Natal cada vez menos parecendo Natal, as "boas festas" deste ano não me empolgam tanto.

Não que estar com a família e comer/beber pra caramba seja ruim! Mas pra mim a cada ano que passa essa data chamada Natal tá perdendo seu sentido, se é que já não o perdeu por completo.

Quanto ao Reveillon, todos os meus amigos parecem estar sem grandes idéias para comemorar a virada de ano. Ninguém tem planos. Ou, sei lá, talvez TODOS estejam mentindo pra mim, evitando minha presença em suas respectivas festas!

Tá. Chega de neurose.

Ah, sim, devo dizer: BOAS FESTAS! Fazer o quê. Mesmo que não empolguem como outrora empolgavam, que sejam boas, pelo menos, e que tomemos um tragoléu ensandecido.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Mais um Bróg

Desde ontem, este gordo que cá digita digita também no seguinte blog:

Los Tequileños

Sua mãe não deveria ler tal blog. As nossas não lêem.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Da série "Coisas que eu gostaria de ter escrito"...

Infelizmente, desconheço a autoria. Recebi por email.

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Verão é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.

Verão é picolé de q-suco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.

Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal ponto do verão é... a praia!

Ah, como é bela a praia...

Na praia, os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção. Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias. Os jovens de jet-ski atropelam os surfistas, que, por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.

Na praia, o melhor programa é chegar bem cedo, antes mesmo do sorveteiro, quando o Sol ainda está fraco e as famílias estão chegando. Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias. E, em menos de uma hora, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia. E as crianças? Ah, que gracinhas! Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem...

Na praia, as mulheres também têm muita diversão, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo. Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar o poço pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé...

Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar!

O mar! Aquela água cristalina, que deixa ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Ah! Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva... Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa. A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.

Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor!

Mas, claro, tudo tem seu lado bom.

À noite... o Sol vai embora, todo mundo volta pra casa tostado, vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia para o próximo. O shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece. Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.

À noite, mais tarde... uma boa rodada de tranca e mais uma briga em família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo pra que, na
manhã seguinte, faça aquele Sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O que aconteceria?

Cai um asteróide na Terra e sobrevivem só cinqüenta pessoas. Entre elas, tu. Nenhum de vocês é gênio, nenhum entende de física quântica... quero dizer, nenhum de vocês sabe sequer fazer serviço de pedreiro - como eu, claro.

Como seria a reconstrução do mundo com esse bando de gente que, no máximo, só sabe ligar a televisão e beber cerveja?!?!?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

"Não, os homens é que são tarados..."

E vem chegando o verão.

Conversando com minhas colegas de auditório, chegamos ao assunto das "coisas de fora". Uma reclama que o marido não a deixa ir para o trabalho com um decote mais avantajado, a outra tira sarro da minha cara porque não há problema algum se ela for trabalhar usando bermuda ou saia, enquanto que eu - e o resto dos homens - tenho que ir trabalhar vestindo calças, essas coisas.

Na rua, peitâncias e abundâncias cada vez mais à vista. As mostras do "contiúdo" estão cada vez mais generosas e, além disso, tem um monte de mulher na rua. Acho que tem mais mulher do que homem na rua. Acho, não. Tenho certeza disso! Muito mais!

E as peitâncias pululando na nossa frente, pra lá e pra cá. A oferta tá enorme. Só não olha quem é cego, ou quem fecha os olhos diante de uma amostra generosa assim.

Fiz tal comentário e minhas colegas me crucificaram. "Ah, não!!! Os homens é que são tarados!!"

Opa, peraí. A quantidade de peito pulador por metro quadrado é grande... eu tenho que abrir os olhos na rua pra poder caminhar na calçada... e EU sou tarado? Pera lá. Pera lá. A culpa não é minha, minhas senhoras. "Por que o cachorro entrou na igreja? Porque a porta tava aberta." Por que os homens ficam olhando pros peitos femininos? Porque eles estão pulando na nossa cara, oras.

E por falar em "quantidade por metro quadrado", tive que rir quando deixei o serviço: a quantidade de mulheres segurando a saia para não mostrar MAIS do conteúdo, por causa da incrível ventania, também estava grande.

Teste

Tenho que dizer: meu pai sempre esteve certo. Ele vai dizer, quando ler isto aqui, que eu não o escutava durante os meus tempos de aborrecente, mas eu escutava, sim.

Quanto a isso ele sempre esteve certo: quer saber se alguém é abobado? Coloca tal pessoa na frente de uma porta. Se ela parar BEEEEM no meio do caminho, impedindo a entrada ou saída dos demais, essa pessoa é abobada.

Hoje fui pegar meu almoço no Pé Sujo e um senhor palitava seus dentes BEEEEEEEEEEEEEEM na porta de entrada. Parei em frente ao citado senhor e este nem "tchuns". Palitava e palitava dente após dente, sem notar que eu queria ENTRAR NO RESTAURANTE. Ora, por que será que eu tava ali?!?!?

Sua pança, aliás, só atrapalhava. Ele estava virado de lado, olhando o horizonte, concentrado na palitação.

Esse, obviamente, é abobado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Haltero Flatista

Só pra dizer que agora já uso o halteres da academia com o inacreditável peso de... de... ahn...

De quanto é mesmo aquele peso?

Sei lá.

Mas o pior exercício de todos é a tal da borboleta. Ou sei lá como se chama aquilo. Tem que ficar abrindo as pernas pra lá e pra cá, pra lá e pra cá. Posição meio desconfortável, não é lá muito bom ficar fazendo isso...

...principalmente se o prato do dia do Pé Sujo (ver post abaixo) é feijão.

Porque feijão é tiro e queda. É eu comer feijão que os gases vêm. Não sei por que todo mundo tem mania de falar da batata doce com repolho, porque o feijão tem poderes peidativos muito maiores.

Pelo menos é o que acontece comigo. Não tem nem graça. Como feijão e depois, se eu tenho que fazer essa borboleta aí, fica difícil. A coisa requer incrível concentração.

Menos mal que o peso do haltere (o haltere? O halteres?) é pouco. Imagina se eu tivesse que fazer muita força...

The Revenge of the Vertically Challenged

Quem não leu isto, leia:

Coisas Novas

Pois hoje o povo deles quase conseguiu vingança. Saía eu para a rua, em direção ao Pé Sujo (restaurante onde costumo almoçar. É só R$ 3,70! "Sirva-se à vontade, com uma carne". Certo dia eu coloquei dois pastéis, não coloquei carne, e o cara queria me cobrar o adicional de R$ 0,80 pela carne extra. "Ué, cara, eu coloquei pastel, e não carne!!", falei. "Ah, mas o pastel é de carne!" Paguei o adicional e depois vi que o pastel tinha mais vento do que carne. Tudo bem, deixa assim!), e um desses "pequenos carinhas" passava pelo outro lado da rua, falando no celular, que era quase maior do que ele, e usando um chapéu branco que parecia do marinheiro Popeye. MUITO ENGRAÇADO.

Resolvi atravessar a rua e fiquei olhando para aquela figuraça, rindo e lembrando do antigo post que escrevi (cujo link tá acima, caso tu não tenhas clicado ali!)...

Só que esqueci que CARROS costumam trafegar no meio da rua. Quando me dei por conta, um tava BEEEEEEEM pertinho de mim. Quase fui atropelado.

Acho que era um enviado do anão anterior, designado para me distrair e me fazer atravessar a rua sem olhar para os dois lados.

Pensamentos Aleatórios

(Posso estar falando o óbvio. Mas deixa eu expor alguma coisa.)

A gente (e com "gente" tô querendo falar na "raça humana") costuma se achar importante em certos casos. Acabamos pensando que nosso trabalho, por exemplo, não funcionará sem quer estejamos lá. Já vi coisas como "se eu não for trabalhar hoje, as cartas não serão expedidas! Ninguém sabe resolver esses pepinos como mandar cartas pro correio!!"

Sim, é tarefa ÁRDUA pegar algumas cartas, envelopá-las e levá-las até o correio. Só UMA pessoa em determinada sala sabe fazer isso. Claro, claro.

Ninguém é insubstituível. Ninguém é indispensável. NINGUÉM. Deves fazer BEM o teu trabalho, é claro, mas se porventura não puderes fazê-lo, não deves ter ciúmes se outro puder desempenhá-lo.

E, aproveitando o post, um abraço pros corintianos. A bola pune. Aqui se faz, aqui se paga. Bem feito.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Outra Rapidinha

Uma colega está parada, segurando um copo de café e, na outra mão, um cigarro.

Outro colega vem e pergunta:

- Tu tá de cafetina??

A colega olha, pasma, sem acreditar na ofensa e pergunta:

- COMO É QUE É?

- É, café com nicotina!!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Lei do Peido

Às pessoas solitárias, digo: peidem.

Porque não é possível. É só eu estar sozinho, resolver soltar uns gases, e é BATATA: sempre vem alguém. Tô lá... sozinho no trabalho, não vem ninguém, solto um peidinho e alguém vem até a minha mesa.

O peido chama gente. Então, aos solitários corações, digo: peidem. Vocês nunca estarão sozinhos.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Kadimia

Começar a fazer academia é como uma segunda-feira.

Segundas-feiras são, pro gordo, o "Dia Internacional do Regime". São a renovação da esperança! Ela ressurge depois de todos os finais de semana de exagero gastronômico e beberágico (se é que posso tomar a liberdade de criar tal palavra).

Melhor: o início de uma jornada em academia é uma BAITA segunda-feira. Sucede - EM TESE - uma vida de excessos gastronômicos e enche o gordo de esperança, levando-o a sua nova vida!

Então, sexta voltei pra academia. Ontem tive minha primeira série de exercícios de musculação.

"Devagar e sempre!", é o que eu digo. Não vou puxar, de cara, um monte de peso pra não me arrebentar! Então não tenho vergonha alguma em dizer pra professora que determinado peso é demais, etc..

Mas ontem a vergonha apareceu. Ela mostrou como se fazia um exercício pros bíceps, com o haltere, usando determinado peso. Ela levantava aquilo numa boa! Aí, tendo mostrado pra mim como era, chegou a minha vez. Peguei aquela porcaria e... ahn... é... achei meio pesado... e disse:

- Olha, acho que tu podes tirar os pesos! Vou fazer só com a BARRA...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Os Alemón Xunto Reunido

Em homenagem ao meu primo (ele sabe quem ele é).

Essa é de mentira:
- Frita, paixa as minha calça, Frita...
A Frida abaixa as calças do Fritz e:
- Aii, Fritz! Parrece um mantioca!
- É, Frita? Por que é crande?
- Nón! Por que é FETIDA!

Essa é de mentira:
- Entón, Frita, acora eu fou paixá as tua calça...
- Tá, Fritz, paixa.
- NOOSSA, Frita... QUE PUCETÓN QUE TU TEM!
- É, Fritz? Por que ela é crande?
- Nón! Ela é suxa!

Essa é de verdade:
O árbitro de futebol alemón não agüentava mais a torcida a vaiá-lo, principalmente um torcedor em especial, que já o incomodava há tempos. O árbitro vira-se para o torcedor e grita:
- TÁ! CHÊÊÊÊCA! NÓN AQÜENTO MAIS TU ME OFENTENTO! TU QUÉ? PECA O PITO KI E PITA TU!!!!

Essa é de mentira. O alemón chega no cartório:
- Eu quero rexistrá o meu filho, que nasceu.
- Qual é o nome dele?
- Doisperto.
- Como?
- Doisperto.
- Não posso deixar o senhor colocar tal nome no seu filho, senhor. É ridículo.
- Mas como assim, eu nón posso rexistrá o meu filho com esse nome? O nome to meu pai é Zeroperto, o meu é Humperto, meu filho fai ser DOISPERTO!
- Não posso, realmente, não posso.
- Tá, entón coloca Epatata.
- Hein???
- EPATATA!!!
- Não posso colocar Epatata também!
- Mas como nón?? O nome to filho to fizinho é EMÍLIO, por que nón posso colocar Epatata no meu?!?!

Tá. Agora chega.

Mãe, eu quero um Playstation!

Mãe, o Natal tá vindo! Pode ser um Playstation 2 ou um 3, não tem problema, não tem importância, eu não sou lá tão exigente. Se tu estiveres a fim de me dar o Play 3, mãe, eu não vou ficar triste!

Pode ser o 2, o 2 é legal, ele tem um monte de jogos legais, mãe. Tem o Winning Eleven, tem o Guitar Hero, daqui a pouco vai ter o Rock Band... Ah, se tu estiveres a fim de me dar a guitarrinhas do Guitar Hero, mãe, eu não vou ficar triste!!

Tá, mãe?? Tá?? NÃO ESQUEÇA DO MEU PLAYSTATION!!

(Pobre da mãe... professora estadual aposentada... snifff... Pobre de mim... filho de uma pobre professora estadual aposentada, não vou ganhar Play algum de Natal...)

domingo, 18 de novembro de 2007

Altajuda

Li que agora a Ana Maria Braga lançou um livro de auto-ajuda.

Segundo uma das personagens do espetáculo teatral Terça Insana, o livro de "auto-ajuda" ajuda somente a quem o escreveu! Se ajudasse a quem lê, seria simplesmente "livro de ajuda". No caso da "auto-ajuda", a pessoa escreve o livro e depois a grana vem.

E agora a Ana Maria Braga quer se auto-ajudar. Conforme o site da Globo, "Ana Maria Braga lança nesta segunda-feira, 19, um livro baseado na Lei da Atração – muito difundida no livro e filme 'O Segredo'. Não é à toa que o nome da obra da apresentadora é 'O Segredo por Ana Maria Braga'."

Pô. Pegou o tal d'O Segredo e colocou o nome dela no título! Vou lançar coisa parecida, então!

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As goleiras do futebol feminino são baixas demais. Tá 12 x 1 pro Saad sobre o Paraná.

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Quem tá bêbado? Os caras do Terra ou os protagonistas das notícias??? Algumas das "manchetes":

Britânico é condenado por fazer sexo com bicicleta
Garçonete é multada por amassar latas com seios na Autrália
Sexo com kilt leva a condenação
Alemão é acusado de usar "irmão dublê" em sexo por namorada
Cambojana é multada por beijar um quadro
EUA: caminhão tomba e vacas invadem rodovia
Advogado transforma prisão antiga em escritório

Tudo bem, a última é plausível.

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Agora tá 15 x 1 pro Saad.

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Ode à Imprestabilidade do Ser

Ó ser imprestável
Dono de corpo molenga cheio de cerveja
Não fazes mais nada além de ficar deitado
Teu cérebro está paralisado
Teu frontespício abobado
Não tens emoção alguma
Vontade tens é de fazer nada
O ócio é tua profissão
Vê se arruma algo pra fazer, seu imprestável
O mundo passa na janela
Mas obviamente deixarás de abri-la
Pra poder assistir a tudo na televisão

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

E Anastácio saiu de casa com um baita tatu saindo do nariz. Da narina esquerda, bem no cantinho esquerdo, pra ser mais exato.

O Anastácio sempre dava uma olhada, ao sair de casa, no espelho, pra ver se não tinha nenhuma caca saindo da fuça, nenhuma meleca no canto do olho, nenhum feijão grudado nem um dente da frente...

...mas naquele dia ele saiu com pressa de casa. E o tatuzão ali, pronto pra dar um bote em alguém. Subiu no ônibus e, ao passar pela roleta, o cobrador, ao ver tamanho ser verde querendo sair do corpo do Anastácio, perguntou:

- Em caminho de paca, tatu caminha dentro?

Anastácio nada entendeu.

- Hã??
- Comer tatu é bom, mas que pena que dá dor nas costas, certo?
- O bicho é baixinho, então por isso tu prefere as cabritas? - retrucou Anastácio, sem entender nada.

O cobrador riu. E passou a viagem inteira olhando pro tatu do Anastácio. Este, logo depois, deixou o veículo e o cobrador colocou a cabeça para fora da janela e gritou:

- Ô, cara, tu tá com um baita tat... - e o ônibus foi embora.

Anastácio mandou o cobrador à merda, continuou a nada entender, e foi trabalhar. Tinha uma reunião importante com seu chefe, e não podia perder tempo com bobagens. "Promoção à vista!", pensava.

Na sala do chefe, foi cumprimentar o homem. Ao chegar perto, o chefe torceu o nariz.

- Anastácio, o...
- Sim, chefe?
- O nariz.
- O quê?
- O nariz, Anastácio...
- Nariz? O da sua mulher?
- Que que tem a minha mulher?
- A sua mulher operou o nariz, não operou?
- Quem te disse isso?
- Ela, oras.
- ELA? Quando?
- Ontem à noite, no bar!
- HEIN? Que bar?! Ela estava na casa da mãe dela ontem à noite!
- Chefe, ela tava no bar! Eu falei com ela no bar! Ela disse que tinha operado o nariz! Tudo isso no bar!
- Mentiroso!!

E o chefe demitiu o Anastácio. Ninguém mandou ele andar pela empresa com um tatu saindo do nariz.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Saudades dos Trotes

Em tempos de binas, identificadores de chamadas e coisas do gênero, sinto um pouco de saudades dos bons e velhos trotes telefônicos. Aquelas inocentes pegadinhas, do estilo:

- Olá, os senhores trabalham com roupa?
- Não! Aqui é uma casa de família!
- Ah, então todo mundo aí trabalha pelado??

Ou:

- Por favor, tem um carro verde estacionado aí na frente?
A pessoa vai até a janela, vê, e volta ao telefone:
- Não, não tem.
- Ah, obrigado. Então já amadureceu.

As piadas podem ser imbecis, mas era um tempo mais inocente mesmo, pra usar o termo já usado (eita, vocabulário EXTENSO, esse meu!), pelo o que lembro. Hoje em dia pode ser arriscado atender o telefone, informar o teu nome, o nome do pai, da mãe...

Tenho usado minha agenda do celular apenas com os nomes dos contatos. Não uso mais "mãe", "pai", "tia fulana", etc.. E se me furtam/roubam o aparelho? Atendo o celular e, se a pessoa pergunta "quem fala??", respondo "EU", ou "o dono do celular", por causa dos pseudoseqüestros-relâmpago.

Vou parar por aqui, pois só tenho pessimismo pra destilar, se eu continuar... Onde vamos parar? Puta merda.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Mais uma Semana

Rá! Mais uma semana cortada ao meio. 15 de novembro!

É tanto feriado que eu nem lembro mais o que cada um deles festeja. Deixa eu ver... 15 de novembro é a... ããã... é... a... peraí, peraí que eu já digo. É a... PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA! É, é. Eu sabia, eu sabia! Eu só tava fazendo suspense.

Claro que eu sabia! Eu só tava querendo ser engraçado. Óbvio!

Imagina se eu, como cidadão brasileiro consciente que sou, não iria saber que num 15 de novembro Pedro Álvares Cabral (não, não, foi o Dom Pedro 1, porra!!), quero dizer, o Dom Pedro 1, aquele que era mais novo que o Dom Pedro 2, chegou às margens do Rio Amazonas e gritou "OLHAQUI, SEUS FIADASPUTA! NINGUÉM MAIS ARRANCA ÁRVORE DA NOSSA MATA, CACETE!!"... Tal declaração originou a edificação do Palácio do Cacete, então sede do Governo da República Brasileira do Brasil.

É sabido que 1 (como era mais conhecido o Dom Pedro que chegou na pole-position), mais tarde, teria sido esquartejado em praça pública por ter arrancado alguns dentes de pessoas que não concordavam com a abolição da escravatura, mas isso é assunto de outro feriado, o de Tiradentes, que acontece em todo dia primeiro de abril.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Adoro voltar sempre aos meus assuntos favoritos. Eles estão sempre infernizando a minha cachola, não adianta, então eu gosto sempre de falar sobre eles, mesmo que eu já tenha escrito algo parecido.

Buenas, isso tá me cheirando a desculpa para falta de criatividade, mas, como eu não ganho a vida com isso (por enquanto??), lá vou eu novamente tocar em assunto antigo.

Mães. Esse é o assunto. Gosto de incomodar a minha mãe, sou implicante mesmo, e isso jamais vai mudar. Agora, como não moro mais com a minha, fico enchendo o saco das mães dos outros - as minhas colegas de serviço.

Trabalho com quatro mães. Às vezes eu fico prestando atenção no papo delas sobre seus filhos (os delas, não os teus!), todos com mais de vinte anos de idade. Tenho que ressaltar novamente o que já ressaltei várias vezes: não consigo compreender a dificuldade que as mães têm de enxergar que seus filhos já cresceram. Elas não conseguem.

Não adianta, meu pai já me disse que isso elas não conseguem fazer. Amor de mãe é irracional (peraí, qual amor é RACIONAL?). Nós sempre teremos no máximo uns cinco anos de idade aos olhos delas. E, pela minha experiência, essa idade é dividida por dois quando se trata de AVÓS. As avós nos vêem com menos idade ainda.

Há algumas semanas eu passei uns tempos com minha avó. Em todos os almoços ela fazia questão de explicar para mim tudo o que estava à mesa:

- Olha, isso aqui é feijão, isso é carne, aqui tem batata doce, aqui tem arroz...

E eu ficava só olhando pra ela, incrédulo, boquiaberto, pensando "ainda bem que a vó tá aqui! Eu nunca tinha visto FEIJÃO antes na minha vida!!"...

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Banco

Acho uma merda ter de ir ao banco. Não sei do que gosto menos: banco ou hospital.

(Ok, hospital é bem pior. Tá. Continuando...)

Não gosto de ter que ficar na fila num banco. Principalmente se eu não for cliente. Aí tenho que ir pra "vala comum", não tem choradeira, eu não pertenço àquele lugar, e tenho mais é que ficar quieto, entrar na fila com os outros bois, pagar o que eu devo e ir embora.

"O que eu devo", no caso, sempre é alguma conta vencida, que depois da data de vencimento só é pagável em determinado banco. É uma merda deixar contas vencerem, simplesmente pelo fato de ter que ir ao banco que a conta manda ir...

Então hoje fui ao Bradesco. Eu e o Dream Theater, no meu mp3 player. Chegando na "vala comum", vejo uma bifurcação: "fila preferencial", pra idosos, deficientes, grávidas e pessoas com criança de colo, e "fila vala comum comum mesmo", pro resto, pra raspa do tacho, pro povaréu abilolado pagador de contas vencidas, ou seja: pessoas como eu. Entrei nesta.

O Dream Theater rolando na minha cachola, ajudando a matar mais algumas células auditivas, vejo, de canto de olho, que uma senhora, não muito velha, mas que poderia muito bem estar na fila dos idosos, chega e fica atrás de mim. Com os fones no ouvido, só noto que ela fala algo, mas não sei se é comigo.

Ela fala novamente, mas eu não escuto. Tá tocando "The Mirror" e eu não tiro os fones de ouvido pra falar com ela.

Ela me cutuca. Aí eu me viro. "Sim?", pergunto, e ela pergunta "aqui é a fila??".

Deu vontade de responder: "sim, é a fila, mas é a da Porta da Esperança do Sílvio Santos, não a do Bradesco". Mas aí veio a voz da minha consciência, dizendo "olha o respeeeeeito com os mais velhos, guri!!" e respondi "sim, senhora, é a fila...".

Virei pra frente. Ela me cutuca de novo. "Moço, eu vou ali no shdsuihdsdjkh (essa parte eu não escutei porra nenhuma), se chegar alguém, eu estou atrás do senhor, ok??". "Ok!"

Um rapaz chega na fila. A senhora volta depois, fala com o rapaz, não escuto nada do que ela diz, e ela volta para seu lugar de origem. A fila anda. Ela pisa no meu calcanhar. "Opa, desculpa, moço." A fila anda novamente. Ela pisa no meu calcanhar DE NOVO e dessa vez me arranca o sapato do pé. "Ah, desculpa, moço."

Assim... A fila preferencial era BEM MENOR do que a "vala comum comum". Por que ela preferiu a segunda??? Vi que ela tinha o cabelo bem pintadinho, pra não parecer mais velha, estava bem arrumada, toda maquiada. Tem problema ir pra fila dos idosos?? Iriam chamá-la de velha?? Ela JÁ O É!! Qual é o problema? Se eu tivesse 60 anos, CERTAMENTE iria pra minha fila! Pra que ficar na vala comum?

É como diz um colega: devemos respeitar os mais velhos, mas não porque eles são velhos. Devemos respeitá-los porque, como todo mundo, eles merecem respeito. Mas MALA é mala a vida inteira, seja jovem ou velho!

domingo, 4 de novembro de 2007

- Marido, olha só o que eu comprei.
- Uma chaleira. Mulher, tu já não tem uma chaleira? Pra que comprar outra?
- Ah, mas é que essa aqui é WIRELESS.
- Pelo o que eu sei, qualquer chaleira é wireless.
- Não é, não. Aquela chaleira velha, que a tua mãe nos deu de presente de casamento, não é!!
- Claro que é! Ela tem fio, por acaso?? Não! Então é wireless!
- Mas como tu és burro. O que tem o fio a ver com alguma coisa ser wireless ou não???
- Se tu soubesse um "ai" de Inglês, tu saberia que wireless quer dizer "sem fio".
- Mas o camelô me falou que ela é wireless!
- Qual a diferença entre uma chaleira wireless e uma não-wireless?!?
- Esta aqui não enferruja, anta!!! A da tua mãe enferruja! ESTA É WIRELESS!!!!
- Se não enferruja, é INOXIDÁVEL, Valdomira!!
- É WIRELESS!!!
- Macedo. Macedo... Macedo. Acorda, Macedo.
- zzzDeixa eu dormir, porra...zzzz...
- Macedo, tem alguém lá embaixo, Macedo. MACEDO.
- zzzzzzHã????? Mulherdosdiabo... zzzzzzzzzz...
- Macedo, acorda. Macedo. MA-CE-DO!!!!
- Que que foi, merda??!
- Macedo, tem alguém lá embaixo. Eu estou ouvindo os barulhos.
- Ah, grande bosta. Não tem nada de valor lá embaixo.
- Macedo, e se for um estuprador, Macedo? HEIN, MACEDO!?
- Não tem importância. Eu sou feio demais. Ele não vai me querer.
- MACEDO, E EU, MACEDO?
- Ah, tu!?! Pára! Tu é mais feia do que eu, mulher. Fica fria. Se o cara resolvesse te estuprar, eu daria um prêmio pra ele. Aliás, acho que tu até iria gostar, porque faz tempo que eu não exploro essa tua mata aí e não tô a fim de explorar.
- Ah, e tu achas que eu não tirei o meu atraso? Já te traí, Macedo! Tu és corno!!!!
- RÁ! Até acordei com essa aí. Tu me traiu com quem?
- Com o Jorginho.
- Beatriz, o Jorginho é viado.
- Não é, nada!
- É viado, Beatriz...
- Hmmmmm. Só pode! Me ofereci pra ele e ele não quis me cortejar. Macedo, eu acho que ele é viado mesmo.
- Beatriz, o Jorginho é casado com o Lombriga, lá do bar da esquina.
- O LOMBRIGA? Pobre do Jorginho... Além de viado tem mau gosto.
- Olha, entre tu e o Lombriga, eu sou mais o Lombriga...
- Viraste viado também, Macedo?
- Não, não virei, mas se for pra encarar um tribufu feito tu, até viro. Olha, e o Lombriga não é de se jogar fora, não, viu?
- Como assim? Ah, comparando comigo?
- Sim, claro, comparando contigo. Ele é feio pra caralho, mas tu é bem pior, Beatriz.
- Mas que ofensa, Macedo. Que coisa horrível. É a pior coisa que tu já me disseste. Tu vais ver. SEU LADRÃO, SEU LADRÃÃÃOOO! Eu estou indefesa aqui em cima, usando apenas um penhoar!
- HEIN? Tu vais usar só um penhoar? Peraí, deixa eu virar pro outro lado, só pra não ver isso!!
- SEU LADRÃO, MEU MARIDO É VIADO! ELE GOSTA DO LOMBRIGA, DO BAR DA ESQUINA, VIU? SE O SENHOR FOR VIADO TAMBÉM, É SÓ SUBIR AQUI!
- Beatriz, chega, eu não vou te comer!!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

La Cuêpa es nuêstra!!

"...e pra argentino algum botar defeito", disse o nosso Previdente da República Bravileira do Bravil!

Ora, mas por que tu achas que é ruim uma Copa do Mundo aqui?

E daí se tem gente passando fome?

Grande coisa se nossos hospitais públicos estão falidos, operando em cima da capacidade de leitos!

Ora, mas que bobagem, qual é o problema com a violência nas ruas? Isso é ilusão! O Luciano Huck foi assaltado porque é mané! Quem mandou ficar dando sopa na rua com um rolex! UM ROLEX! Ora, mas que empáfia! Quem mandou usar rolex na rua, sabendo que todo mundo é fodido e não tem dinheiro pra comprar tão caro relógio?? A culpa é dele!

Precisamos de uma melhora em nosso futebol. Esse, sim, tá necessitado. O país vai bem! Deixa de ser bobo! Isso tudo acima é chifre, é coisa que colocam na tua cabeça! O futebol brasileiro é digno de pena, digno de receber ajuda. O pobre do Christian, por exemplo, fica NO BANCO do time do Inter e ganha SOMENTE R$ 100.000,00 por mês! POBRE COITADO!

VAMOS AJUDAR O FUTEBOL, PESSOAL! FODA-SE O PAÍS! O PAÍS TÁ BEM!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Doutor (não, não tem graça)

O sonho de Humberto era ser doutor.
A vida inteira sonhou em ser doutor.
Fez um vestibular para ser doutor. Mas foi reprovado.
No ano seguinte, outro. Foi reprovado novamente.
No próximo, mais um teste. Outra reprovação.
Tentou outra faculdade, outra com a qual, pelo o que ouviu, também poderia ser doutor.
Foi aprovado.
Os anos se passaram, e Humberto estava feliz com a chegada do momento no qual sagrar-se-ia doutor.
Veio a colação de grau. "Pronto. Sou doutor", pensou.
Meses depois, como adevogado, abriu um escritório de adevogacia.
Junto à sua mesa, claro, o jaleco e o estetoscópio. Estava realizado. Era doutor.
Num belo dia, um senhor adentra o escritório e, em conversa sobre amenidades, afirma: "doutor, meu filho, só é quem fez DOUTORADO".
Humberto, então, matou-se.

(Eu DISSE que não tem graça!)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Modas e Modismos

Seguindo o papo do post abaixo, ontem eu resolvi ver o Fantástico para ver a mestra da etiqueta, a Sra. Glorinha Kalil, falar sobre o que pode e não pode ser feito no dia-a-dia.

A referida senhora afirmou que, na mesa, pega-se o garfo com a mão direita e a faca com a esquerda - ou será que é o contrário? Barbaridade, eu aprendi tanto que sequer lembro do que ela disse! Ela falou também que é FEIO ficar trocando os talheres de mão. É FEIO, muito feio, e quem faz isso é bobo, tem cara de mamão e vai ficar de castigo no quarto o dia inteiro sem jogar Playstation!!! Os deuses do enoetiquetochatismo hão de te pegar, meu filho, se tu resolver fazer como o gordo que cá digita e pegar a faca com a esquerda e o garfo com a direita.

Ou será que é a faca na direita? E a colher, onde vai?

Tá. A faca na direita, o garfo na esquerda, a colher na orelha esquerda e o palito de dentes na orelha direita.

Peraí. A ETIQUETA NÃO PERMITE QUE SE USE PALITOS DE DENTES À MESA. O mais chique, portanto, é enfiar os dedos e arrancar o naco amigo de carne que sempre dorme lá no buracão do siso.

Ah, não pode fazer isso? Então o correto é ficar chupando por entre os dentes, fazendo aquele barulhinho gostoso que todos adoram escutar à mesa, pra tentar desprender a carne.

Ih, também não pode?

O correto, então, é tapar a boca disfarçadamente, como fez a Heloisa Helena, pedir licença da mesa e fingir que vai ao banheiro, dizendo "vou ali mijar, pessoal. Se eu demorar um pouquinho mais, é porque estou cagando!"...?

É, realmente, muito difícil.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Chatismo Etiquetal

Venho discutindo com amigos sobre etiqueta à mesa. Fiquei sabendo que agora (AGORA!) não é mais necessário fazer-se uma trouxinha com a folha da alface "pra mó di" comê-la. A etiqueta agora permite que a alface seja cortada com o garfo e a faca e, com isso, o resto das pessoas no restaurante e todos os chatos observadores da etiqueta não mais sentir-se-ão ofendidos.

Sim, porque se antes tu cometesse o CRIME de cortar a alface com a faca ("OH, QUE HERESIA!!") alguém provavelmente levantar-se-ia (e viva a mesóclise!!) e chamaria a polícia! Era um atentado. Hoje não é mais.

FELIZMENTE, NÉ?

Pssssssssss. Quanta idiotice.

Quero dizer... QUEM inventa esse monte de merda?? E de onde eles tiram esse monte de merda? Eu fico encafifado com isso... "Não é mais necessário".. . Como isso é decidido?? Há, por acaso, uma reunião com todos os sommeliers, enochatos e etiquetólogos imbecis do mundo, na qual eles decidem o futuro do comportamento na MESA mundial??

- Hmm. Já sei. Vamos fazer assim: hoje é o último dia no qual é permitido fazer trouxinhas com folha de alface.
- Boa idéia, Lord James. Eu estava com certos problemas em relação à trouxinha de alface. Não me parecia correto ficar dobrando a folha por tantas e tantas vezes.
- "Tantas e tantas", não, Sir Watson-Buchmann. Eram apenas QUATRO vezes. Se a pessoa dobrasse a folha de alface pela quinta vez, seria demonstração de grande falta de educação.
- Não seriam cinco?
- Não, estou certo de que eram apenas quatro. Convenhamos: já é mais do que suficiente permitir que um plebeu desempenhe QUATRO atos de vandalismo à mesa.
- Concordo, Lord James. Então, a partir de amanhã não teremos mais trouxinhas de alface?
- Me permitem fazer um breve comentário?
- Sim, Fräulein Scheisse. Por favor.
- Eu gostaria de assinalar que tenho sérios problemas em ver as pessoas misturando o arroz com o feijão em seus pratos. Isso me faz lembrar dos porcos da minha fazenda chafurdando em seus banquetes feitos de lama, merda, bactérias em geral e qualquer outra coisa que consigam ingerir.
- Perfeito! Eu também sinto-me desgostoso ao ver tal agressão aos bons modos.
- Entendo. Portanto, a partir de amanhã também será proibido misturar o arroz com o feijão. A pessoa deverá servir primeiro o arroz, comer com garfo, levando somente quatro grãos à boca por vez, e depois servir o feijão, como segundo prato. O feijão não poderá ser servido com pão, assim como fazem certos porcos indivíduos. Será servido puro, e o uso de colher também será proibido. Comer feijão com colher é ato condenável, digno da torcida do Corinthians.

Alguém dá um soco na mesa:
- Um momento, porrr favorrr! Non agüento mais!!
- Sim, Chef LeBeaucoup?
- Eu semprrrre dobrrrei a folha de alface CINCO vezes!!

(Embasbacamento geral.)

- Chef, não é possível. O senhor está BANIDO do Concílio FrescoEstiquetólogo.

O chef tira uma faca do bolso e brada:
- A alface é MINHA! EU PAGUEI PORRR ELA! EU A DOBRO QUANTAS VEZES EU DESEJAR! LIBERTÉ! LIBERTÉ EGALITÉ FRATERNITÉ!!!!!!!!! VIVE LA RÉVOLUTION!!!!!!!!!!!!

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

TOC

Adelso acordou.
Levantou-se, foi à cozinha e deu um beijo na esposa.
Deitou-se novamente.
Levantou-se, foi à cozinha e deu um beijo na esposa.
Deitou-se novamente.
Levantou-se, foi à cozinha e deu um beijo na esposa.
Deitou-se novamente.
Levantou-se, entrou no banheiro, abriu a torneira e lavou as mãos.
Fechou a torneira.
Abriu a torneira e lavou as mãos.
Fechou a torneira.
Abriu a torneira e lavou as mãos.
Fechou a torneira e foi até o quintal.
Deu um chute na bunda do cachorro.
Saiu do quintal, entrou na cozinha e voltou ao quintal.
Deu um chute na bunda do cachorro.
Saiu do quintal, entrou na cozinha e voltou ao quintal.
Deu um chute na bunda do cachorro.
Saiu do quintal, foi até a sala e ligou a TV.
Desligou a TV.
Ligou a TV.
Desligou a TV.
Ligou a TV.
Desligou a TV, abriu a porta da rua, trancou a porta, entrou no carro e gritou para a esposa "AMOR, TRANQUEI A PORTA?".
Ela respondeu "NÃO SEI!".
Saiu do carro, destrancou a porta da rua, trancou a porta, entrou no carro e gritou para a esposa "AMOR, TRANQUEI A PORTA?".
Ela respondeu "SIM!!".
Saiu do carro, destrancou a porta da rua, trancou a porta, entrou no carro e gritou para a esposa "AMOR, TRANQUEI A PORTA?".
Ela respondeu "SIM, MERDA!!!!!".
Deu partida no carro. Desligou o carro.
Deu partida no carro. Desligou o carro.
Deu partida no carro. Saiu feito maluco em direção à rua e bateu em cheio em um caminhão que por lá passava. Morreu.
Voltou para dentro de casa com o carro. Saiu feito maluco em direção à rua e bateu em cheio em um caminhão que por lá passava. Morreu.
Voltou para dentro de casa com o carro. Saiu feito maluco em direção à rua e bateu em cheio em um caminhão que por lá passava. Morreu.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Mais Besta

Hoje tô mais besta do que de costume. Isso pode significar (digitei "SIGINIFICAR" duas vezes) mais merda do que o normalmente despejado neste canal. Ou não! Mas, como já diria a dona Cotinha, que lambia ranho enquanto costurava um tapete de capim dourado para seu sobrinho pentaplégico, "é adubando a merda que se faz vida"!

Passei por um bar e lá dentro vi algo que há tempos eu não via: uma propaganda de cigarros. A marca era uma qualquer lá, eu nunca tinha visto tal marca - Kilt? Pilt? Milt? Romênia? Sei lá! -, e o que realmente me chamou a atenção foi a propaganda anti-cigarro (hífen? Sem hífen? Tchecoslováquia?) do governo no mesmo cartaz. "Fumar causa blablablablááá".

Ou seja: não lembro do blablablá. E isso é ridículo. E não sei se as fotos que vêm com o blablablá são verdadeiras. Já vi a anti-propaganda com uma criança deformada, um véio brocha, uma arcada dentária podre, etc., e não sei se aquelas fotos são reais.

Pois bem. Mas o que interessa é a mensagem: pra mim, ela não cola na cabeça. Quem fuma manda aquela mensagem à puta que pariu e compra o cigarro mesmo assim. Eu já inventaria mensagens mais CONTUNDENTES, pra fixar a idéia de que "CIGARRO É RUIM PRA TI, MANÉ", do tipo:

"QUEM FUMA PERDE O PAU". Simples, direto ao ponto. O cara fuma e perde o pau. Não fode mais. Pode, é verdade, continuar fodendo seus pulmões, mas fornicar, que é bom, nunca mais. A não ser, claro, que o cara seja viado e prefira por trás, mas isso é outro papo.

"QUEM FUMA PERDE A MÃE". Essa já engloba mais gente, porque nem todo mundo tem pau, mas todo mundo tem mãe. Tudo bem, a pessoa pode ter sido um bebê de proveta, mas acho que até essa raça de pré-ciborgues (nem eu entendi) deve ter mãe, cacete! Então, a pessoa fuma e sua mãe morre. A não ser, claro, que a mãe em questão já tenha morrido, mas aí a pessoa até tem certo motivo pra fumar, afogar as mágoas em fumaça, essas coisas que só fumantes fazem.

"QUEM FUMA TOMA NO RABO". Esqueçam. O cigarro faria um baita sucesso em Pelotas. Esqueçam.

"QUEM FUMA PERDE TUDO". Imagina só. Colorados, gremistas, flamenguistas, são-paulinos, etc., fumando e, com isso, levando seus times à derrota. Também perderiam outras coisas além dos dentes e os pulmões, que os fumantes já perdem segundo os avisos do governo que rolam por aí atualmente. Observação: acho que os colorados, então, têm fumado demais.

No momento não lembro de outros avisos contundentes. Mas a idéia tá dada, ó ministro da saúde que eu vi ontem na tevê antes do Jornal Nacional, mas cujo nome não lembro!

Aliás, alguém sabe quantos miniFFtroFFF o Lula tem? E quais são seus nomes? Eu só lembro do tio Manteiga, lá... Zé Manteiga? Antônio Manteiga? Hein? Maionese??

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Coluna do Djêison


Djêison, aquele que faz a festa acontecer. Relatando o que a night de Talinhos tem de melhor para oferecer.

Povo, anteontem estive no Chez D'Allonsenfants, restaurante francês DI-VI-NO que abriu aqui em Talinhos na última semana. O local estava cheio! Três pessoas, eu incluído, prestigiaram a nova opção gastronômica da nossa cidade. Não entendi uma palavra sequer do menu, preparado com muito carinho pelo Chef Zezinho dos Furunco, mas devo dizer que a comida estava maravilhosa. Acho, não tenho certeza, que comi lesma, muita lesma mesmo, colhida diretamente do matagal da casa do Chef Zezinho (que é chamado de CHEF ZÉZÃN LE FURUNQUÊ pelos funcionários! É Francês, pípol, Francês!). Mas, como eu disse, não tenho certeza se era lesma! Podia ser outro ingrediente muito usado pelos franceses da França, sei lá, né? Nunca havia comido comida francesa... Tava saboroso!

Lá avistei Lulu de Andrade, esquizofrênica escritora de esquetes escroques para a tevê, que aproveitou a oportunidade e mandou um beijo para o Presidente Gáisel (acho que é assim que se escreve), que foi seu companheiro de capa e espada durante a invasão moura no Acre em 1932. Viu, presidente? Se o senhor for um dos quinze leitores do Diário de Talinhos, o beijo está dado!

Ontem, no domingo, participei da Primeira Maratona Beneficente em Prol das Crianças com Sarna Crônica de Talinhos. A empresa do Valdemar da Garagem, mais conhecida pelos trezentos moradores da cidade como "Garagem", patrocinou o evento, pagando um real por quilômetro percorrido por cada participante. Esse dinheiro foi doado à Associação das Crianças com Sarna Crônica de Talinhos e Região Metropolitana. Gente, eu corri muito e percorri uns dois metros. Acho que isso ajudou em muito as crianças. Afinal, quantos quilômetros tem um metro? Mil, né? Até onde eu lembro dos meus estudos... Então!

E pra esta semana é isso. Fiquem ligados na minha coluna, pois semana que vem tem a minha cobertura da Festa da Pimenta, do Fumo, da Cortina de Banheiro, da Tapioca e do DVD Pirata de Talinhos, que vai acontecer lá na casa da Zenilda! Não percam!

domingo, 14 de outubro de 2007

Insone

Tô sem sono. E acabo de descobrir que não são 2h36 da matina, mas, sim, 3h36!! O horário de verão, que chega sempre na primavera, acaba de aparecer na minha vida. Putz, agora tá muito tarde. Se fossem duas da matina, tudo bem, mas agora já são quase quatro da manhã e eu ainda não fui dormir! Que droga. Por que não me avisaram que já era horário de verão?!?!

sábado, 13 de outubro de 2007

"Mamãe, eu quero uma TV de LCD!"

Por que eu quero uma TV de LCD? Por que não me contentar com as TRÊS TVs da minha casa? Por que eu quero mais uma? O que tem de ruim nas TRÊS TVs da minha casa? É porque elas não são fininhas como a de LCD? É porque elas são quadradas, têm menor resolução, são ultrapassadas, obsoletas, não têm tela plana, são menores do que a LCD que eu gostaria de comprar? É porque elas não têm entrada para o PC, o que juntaria o útil ao agradável, pois quando eu baixasse meus vídeos favoritos eu poderia assisti-los em uma tela grande?

Por que diabos eu quero uma TV assim?? Por que não consigo me satisfazer com as TRÊS TVs da minha casa?

Maldito capitalismo!!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O pior não é isso...

O pior não é gastar R$ 13,00 por um prato de comida. Isso é um absurdo, mas ainda não achei lugar muito mais barato do que isso pra almoçar no centro da cidade.

O pior é gastar R$ 13,00 por um prato de SALADA. Sequer posso chamar salada de comida. Foi um pratarrão com cenoura, chuchu, repolho, aspargos, pêssego, beterraba, tomate e uma polenta e dois bifes de peito de frango - porque pô, ninguém é de ferro!

Só mato. Comida pra cavalo, como eu sempre digo. É uma tristeza. Eu gostaria de ver quem em sã consciência anseia por comer um chuchu, por exemplo, do mesmo jeito que eu às vezes me babo por uma picanha ou uma lasanha, ou qualquer comida que acabe com "anha" (se bem que não consigo lembrar de outro prato que tenha tal sufixo no nome).

- HMMM! Vou pra casa! Minha mulher vai fazer UM CHUCHUUU... - lambendo os beiços.

Na boa, se eu vejo alguém dizer isso, penso na hora que tal pessoa está preparando seu fiofó para que lá seja enterrado um chuchu.

domingo, 7 de outubro de 2007

As Anatômicas

Tenho visto propagandas sobre as sandálias anatômicas da Ipanema... Porra, são IGUAIS às Havaianas!! Aí aparece a Miss Brasil (óbvio! Quer vender qualquer merda? Põe a Miss Brasil, aquela tetéia, na propaganda!), dizendo que a anatômica é a segunda sandália mais vendida do País! Dã! É mesmo? Será que as Havaianas (as originais) são as primeiras!?! Ou será que as Havaianas são cópias também?

Cara-de-pau é fogo...

Não consigo deixar de lembrar do Emerson Nogueira quando eu vejo algo assim. O cara reúne sua banda e fica pensando com eles: "pessoal, com a música de quem nós vamos ganhar dinheiro agora!?" Então a banda começa a dar sugestões: "Sting! Queen! Pink Floyd!!" Pegam sucessos, fazem uma roupagem acústica charlatã e apresentam-se por aí, ganhando grana. Pior: lançam CDs com essas cópias.

Assim fica fácil.

Me dêem licença, que vou lá copiar algum texto do Verissimo pra colar aqui, já que isso é permitido.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Meu ídalo!!

Meu ídolo, sem dúvida. Bobagem? Marketeiro? Sei lá. Eu queria que todo mundo podasse esse gerundismo como o governador abaixo fez. Sensacional!

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Governador do DF demite o "gerúndio" por decreto

da Folha Online

O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), tomou uma decisão que chamou a atenção de quem leu a edição de hoje do "Diário Oficial" do distrito: demitiu o "gerúndio" de todos os órgãos do governo. O decreto com a nova medida também proíbe o uso do gerúndio por desculpa de "ineficiência".

O governador está fora de Brasília e não pôde comentar a nova medida.

O gerúndio é um tempo verbal formado pelo sufixo "ndo" que indica continuidade de uma ação. O uso do gerúndio se tornou comum e demonstra imprecisão de uma atitude como, por exemplo, "vou estar verificando" em vez de "vou verificar".

Leia a íntegra do decreto:

"Decreto nº 28.314, de 28 de setembro de 2007.

Demite o gerúndio do Distrito Federal, e dá outras providências.

O governador do Distrito Federal, no uso das atribuições que lhe confere o artigo 100, incisos VII e XXVI, da Lei Orgânica do Distrito Federal, DECRETA:

Art. 1° - Fica demitido o Gerúndio de todos os órgãos do Governo do Distrito Federal.
Art. 2° - Fica proibido a partir desta data o uso do gerúndio para desculpa de INEFICIÊNCIA.
Art. 3° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 28 de setembro de 2007.

119º da República e 48º de Brasília

JOSÉ ROBERTO ARRUDA"

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

"Síndrome do Zico"

E ontem mais uma desolação futebolística. Eu já virei fã do futebol da Marta, a melhor jogadora do mundo, que poderia estar ensinando (opa, "estar ensinando"? Será que estou falando muito com atendentes de telemarketing??) futebol pros machos botinudos que fingem jogar bola pelo mundo afora.

Ela bateu (e errou) o pênalti na final da Copa do Mundo. Eu sempre digo que colocar o melhor do time pra bater o pênalti nas decisões é suicídio. Chamo isso de "síndrome do Zico". A Copa de 1986 sempre vem na minha cabeça quando eu vejo o melhor do time batendo o pênalti. E a Marta entrou nessa.

Uma pena. Elas estavam jogando muito! E agora, o "papo de perdedor": pra quem não tem um campeonato organizado, só faz amistosos lá de vez em quando, chegar ao inédito segundo lugar na Copa do Mundo é grande resultado!

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Re-voltando

Agora, falando, ou escrevendo (dá pra falar escrevendo? Ou só se DIZ escrevendo?), de casa. Finalmente.

As necessidades desnecessárias são um grande problema da humanidade moderna. Antigamente a Maria, toda suja do dia na lide na lavoura, tinha que tomar banho de caneca furada, pois não tinha chuveiro com água encanada. Quando inventaram tal revolucionária cousa, a Maria nunca mais quis a canequinha com a qual lavou seus cascões desde os idos de mil e oitocentos e guaraná com rolha. O chuveiro, portanto, é uma necessidade necessária.

A não ser que tu curta banho de banheira. Claro.

A Internet pode ser vista como uma das necessidades desnecessárias, dependendo do ponto de vista. Eu passei quase um mês sem ter esse serviço em casa e não morri. A abstinência me corroía por dentro nos primeiros dias, mas aí fiz algo incrível: coloquei a leitura da Rolling Stone Brasil em dia. Já acumulava três edições da revista e a falta de Internet em casa me fez LER. Simples: deitava na cama e lia, algo que eu não fazia como costume há tempos.

Tudo bem, a Internet é um mamão na roda. Tem muita informação, tem muito conteúdo útil online, mas vamos ser sinceros: 99% das pessoas usa isso aqui pra BOBAGEM (não, peraí, ler este blog não é bobagem!! Peralá, porra!). Eu confesso, sou adepto do ócio criativo e encho meu tempo livre com muita e fértil merda.

Na minha opinião, a Internet ainda - e esse "ainda" vai durar pouco tempo, acho - não é indispensável. Daqui a pouco teremos muito mais conteúdo online - a Google já tem editor de texto online, por exemplo. Tu não precisas ter o Word instalado no teu micro -, mas, por enquanto, dá pra viver sem ela.

Mas EU não consigo.

Maldito vício.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Pra Amanhã


Como a aurora precursora
do farol da divindade,
foi o Vinte de Setembro
o precursor da liberdade.

Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra,
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

Mas não basta pra ser livre
ser forte, aguerrido e bravo,
povo que não tem virtude
acaba por ser escravo.

Mostremos valor, constância,
nesta ímpia e injusta guerra,
sirvam nossas façanhas
de modelo a toda terra.

Burocrata

burocrata
burrocrata
escravocrata
lentocrata
idiocrata
bestocrata
merdocrata
chatocrata
enrolocrata
devagarquaseparandocrata
controlaocontroledocontrolecrata
cadêoprotocolodoprotocolo?crata
fazplanilhadaplanilhadaplanilhacrata
vamo, merdocrata!
vamo, burrocrata!
te mexe!
sai desse marasmocrata!!

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Diário do Cocô

(Uma homenagem à escatologia.)

Certa vez eu estava em uma excursão do colégio para São Paulo. Fiquei armando AQUELA bomba dentro do intestino, mas não a detonava pois estava com vergonha. O povo ainda estava todo acordado e certamente a detonação traria um fedor sem igual para o ônibus. Preferi aguardar a madrugada para fazer o special delivery no paupérrimo vaso sanitário do veículo.

Vamos falar sério: esses banheiros de ônibus/avião são ridículos. Aquele gelzinho que sai quando se dá a descarga é pífio, e nenhum cagalhão que se preze vai no papo dele. Infelizmente, eu não havia pensado nisso quando resolvi depositar o fruto da minha comilança naquele banheiro.

O pessoal dormiu e eu vi: "a hora é essa". Fui até o banheiro e fiz o serviço. Na hora do gelzinho, o cocô ficou lá, impávido, olhando pra mim como se estivesse rindo da minha cara. "Não vai dar, Doutor. Só com esse gelzinho, eu não vou!"

Tentei por diversas vezes atirar mais gelzinho na merda, mas sem efeito. Aliás, o cocô parecia gostar daquilo. Fiquei pensando no pessoal, que logo depois iria acordar e, ao tentar usar o sanitário, veria aquele filho bastardo de alguém pairando sobre a privada. "Não, isso não vai acontecer", pensei, e, no maior esforço em prol da coletividade, enrolei papel higiênico nas minhas mãos e parti o fedorento infeliz no meio, atirando cada metade para seu destino final.

Depois de ter salvado o dia - e lavar as mãos, claro - fui dormir, com a sensação de dever cumprido.
O Zé amava a Tereza. A Tereza, que tinha uma perna maior do que a outra, capengava de lá pra cá pela cidade, todo mundo a avacalhava, todo mundo ria da cara, melhor, das pernas dela, mas o Zé não se importava. Ele amava aquela capenguinha, como ele carinhosamente gostava de referir-se a ela, e não importava se uma perna era maior do que a outra, e esta outra era menor do que aquela. A diferença era de uns trinta centímetros, mas quem se importa? O amor é maior do que meros centímetros imbecis. O Zé tomou coragem, a Tereza ainda sequer suspeitava daquele amor incondicional, e resolveu declarar-se pra Tereza. Antes de ir falar com ela, porém, descobriu que ela tinha arrancado os sisos, os quatro sisos, e infelizmente o dentista arrancou uns três ou quatro dentes dela por engano, antes de arrancar os sisos. A Tereza ficou mais ou menos só com os atacantes, pois a defesa o dentista, que, diz a lenda, encontrava-se ébrio, arrancou toda. Mas isso não importava pro Zé. Ele amava aquela banguela capenga. Outro fato que antecedeu a declaração do Zé pra Tereza foi que uma amiga em comum falou pro Zé que a Tereza usava peruca. Relatou a moça que a Tereza teria o mesmo mal do Esperidião Amim, e nasceu pelada feito uma bola de bilhar. Mas esse mísero detalhe não fazia o amor do Zé diminuir. Ele amava demais aquela careca banguela capenga. Só que antes disso tudo, a mãe da Tereza ficou sabendo do interesse do Zé por sua filha e achou melhor avisar para o rapaz que a Tereza usava um olho de vidro desde os quinze anos de idade. Rá! Isso não adiantou nada. O amor do Zé só aumentava quando ele via aquela caolha careca banguela capenga. Pois tomou a tal da coragem e declarou-se pra Tereza, que finalmente disse:

- Leve-me ao seu líder, terráqueo.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Leigo e Surdo

- Teve gre-nal ontem, é?? Quanto foi?
- 1x0 pro Grêmio.
- O Inter ganhou?
- 1x0 pro Grêmio.
- Quem ganhou?
- O Grêmio.
- De quanto?
- 1x0.
- Ah, tá, eu não me ligo muito em futebol...

Meia hora depois:

- Fulano, quero ver se tu entendeu. Quanto foi o gre-nal de ontem?
- Sei lá! Eu não me ligo muito em futebol!!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Lulês

Outro dia eu tava vendo o noticiário - quem não tem TV paga tem que ficar vendo essas coisas - e vi que o Lula está vendendo o etanol pra países na Europa.

E isso sem falar um ai de Inglês ou de outro idioma do Velho Continente!

Aliás, nem Português ele fala! Ele fala Lulês!

Fim, porque o Lulêf é um idioma muito diferente do Portuguêf. A vente fala com uma língua preva e mexe ôf lábio de forma diferente das ôtra peffoa. Iffo fem menfionar que a vente não prefiva uvá o plural, o que torna o Lulêf muito mai fáfil de fê falado. E fó falado, porque ele não prefiva fer efcrevido nem lido. Afinal de contaf, como eu vi no filme dof Fimpfon (aquele do Homer Fimpfon!), o Lula foi eleito pra liderá, e não pra lê e efcrevê.

Como é que estão entendendo esse indivíduo lá fora??

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Morar em cidade pequena tem suas vantagens. Outro dia eu tinha que comprar um transformador de 3000 watts pra poder ligar a máquina de lavar roupas, que é 110V, nas tomadas de 220V aqui em casa. Não encontrava em lugar algum - o que é uma das DESvantagens de morar em cidade pequena. Não é qualquer lugar que tem o que tu precisa, na hora em que tu precisa.

Na semana passada uma colega, depois que eu expus tal problema a ela, me indicou uma loja e me deu o telefone de lá. Liguei e o dono atendeu.

- Bom dia, amigo. Eu quero comprar um transformador pra minha máquina de lavar roupas. Tem que ser um de 3000 watts, e eu simplesmente não encontro um assim por aqui. Será que vocês têm aí?
- Sim... sim... - pausa.
- ...? Alô?
Mais pausa. E eu já achando estranho.
- ALÔ?
- Onde o senhor mora?
- Hein? O que isso tem a ver?
- É na Antonio dos Anjos?
- ?!?!?! SIM, É. COMO É QUE TU SABE???
- Ah, é que uma moça acabou de vir aqui e comprou um transformador igual, e me contou a mesma história que o senhor contou agora!

A patroa já tinha comprado um! Nem precisei falar com ela. Sensacional.

Depois, na mesma manhã, liguei para o meu banco, para informar a mudança do meu endereço.

- Oi. A minha conta é xxxxxxxx (não, não é "xxxxxxxx", viu? Mas eu não sou imbecil e não vou colocar minha conta bancária aqui! DÃÃÃÃÃ...). Quero informar a troca do meu endereço pra...
- ...Rua Antonio dos Anjos?
- PORRA, TCHÊ, COMO É QUE TU SABE?!?!?!

O cara já sabia. Como, eu não sei. Tem um Big Brother aqui em Pelotas. Ou eu sou esquizofrênico, sei lá.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

De volta...?

Mudanças são chatas.

A gente gasta um monte de dinheiro que não gastaria se tivesse ficado no local original. E é troca de celular pra cá, é instalação de sei lá o que pra lá, é encheção de saco prum lado, encheção de saco pra outro.

E é algo que demora. Temos caixas pra tudo quanto é lado do apê. Há salas onde o trânsito é quase impossível. Mas tudo bem, numa hora acaba.

E se eu não emagrecer agora, não emagreço jamais. Tô subindo e descendo escada - estamos morando no quarto andar de um prédio sem elevador -, trazendo coisas pra cima e para baixo.

A transportadora que contratamos cobrou caro, mas cada centavo valeu a pena. Pena, aliás, foi o que me deu em relação aos caras que fizeram a mudança. Levaram nas costas coisas como máquina de lavar roupa escada acima. Quando eles chegavam no topo da montanha - a nossa sala de estar -, eu não tinha coragem de olhar pra cara deles.

MAAASSSS... tô pagando, que que eu posso fazer. Eles que façam o trabalho deles.

Mais: pensei em ganhar dinheiro. Por dois lados: vou abrir uma ACADEMIA DE MUDANÇAS.

A pessoa que quer entrar pra academia pra fazer exercícios físicos vai me pagar uma mensalidade. E qual vai ser o exercício? Fazer a mudança de outras pessoas que me contratarem como transportador!

Xii... essa idéia é tão boa que eu não deveria estar publicando aqui na Internet...

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Mofando

Eu odeio mofar em casa, esperando pelos famigerados prestadores de serviço. Os famigerados do momento são os caras da Net, que disseram que viriam hoje, "no horário da manhã". "Horário da manhã" é sensacional, porque pode ser qualquer merda de horário dentro do período das 8h ao meio-dia. Aí tu fica em casa, mofando, esperando que os malditos dêem as caras na tua casa.

Enquanto eles não vêm, já que estamos no inferno, vamos abraçar o capeta: aproveito os últimos minutos de Internet neste apartamento - é, mudar-me-ei de cidade.

Já disse pra onde vou? Pelotas.

É, Pelotas. AQUELA Pelotas, a favorita das piadas do presidente Lula! Quem não lembra quando ele disse que Pelotas é exportadora de viados? Os pelotenses foram à loucura. Calma, a loucura não é essa aí que tu tá pensando. Foi uma loucura de IRA, de raiva, e não a... que tu tá pensando. Peralá.

Em vez de terem brigado com o então futuro presidente, os pelotenses poderiam ter feito algo muito melhor: poderiam ter oferecido um título de CIDADÃO PELOTENSE ao agora presidente da república. Ele não teria como recusar, e seria um PELOTENSE HONORÁRIO para a vida toda, podendo ser exportado pra qualquer lugar do mundo.

Sensacional!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Rapidinha

- Alguém tem um post it?

- Postite eu não tenho. Tenho bronquite, sinusite... Nem sei o que é postite!

Buscando um lugar ao Sol...

E não é que tentaram burlar o sistema da Mega-Sena?? Os caras compraram uma casa lotérica e fizeram cinco milhões de reais em jogos para tentarem ganhar o bolão!!

Mas que grande idéia! Por que eu não tive essa idéia?? Ganhar na Mega-Sena é o meu maior sonho! Viver sem ser um assalariado, sem ter de trabalhar... Que coisa sensacional!

Mas nem assim, com essa probabilidade maior (uma chance em dezesseis), os caras conseguiram faturar. Já disse a Dona Cotinha, lambendo ranho na esquina: "viram? Deus não ajuda esse tipo de gente! Roubar é feio!"

É feio? Quantas possibilidades de jogos há na Mega-Sena? Cinqüenta e tantas milhões de combinações, se não me engano. Estranho... quase sempre alguém acerta!! Quase todas as semanas - exceto nas vezes em que acumula - alguém acerta o resultado! Quanta sorte, né?

Tem maracutaia aí...

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Coisas que eu gostaria de ter escrito...

Sem idéia alguma pra postar algo que preste, cá coloco coisas que eu gostaria de ter escrito. Esta é do meu irmão:

Fui tomar meu café clássico antes de ir para a FURG, quando abro a porta do armário onde ficam os pães vejo q não há nenhum.

Logo após, toca a campainha.

Abro a porta e o magrão fala:

- Tem um pedaço de pão pra mim?

Me desligo rindo na cara dele.

-------

Essa eu recebi por email. Pra variar, como foi por email, desconheço a autoria, mas COMO eu gostaria de ter escrito isso:

Às vezes você chora e ninguém vê suas lágrimas...

Às vezes você se entristece e ninguém percebe seu abatimento...

Às vezes você sorri e ninguém repara a beleza do seu sorriso...


Agora...

...PEIDA, pra tu ver o que acontece!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

LULU DE ANDRADE, esquizofrênica escritora de esquetes escroques para a tevê, discorreu, num papo descontraído na última quinta-feira, regado a muita torradinha com caviar de ovas de esturjão e licor amarula, sobre a validade do trabalho para o enobrecimento da alma. Em breves, porém contundentes palavras, teceu comentários que servem como modelo para todos nós.

Dona Lulu, o trabalho enobrece a alma?

O trabalho não enobrece a alma! Porque a alma não existe! Simplesmente não existe. Esse negócio de alma foi inventado para vender macarrão! Isso quem me falou foi a Ana, a minha leprechaun de bolso. Não tem como o trabalho enobrecer alma alguma, pois não temos alma. Porque ela não existe.

Mas todos nós sabemos que a Ana não existe, Dona Lulu. Como ela pôde ter dito isso para a senhora, se ela nunca existiu?

Existe, sim! Não diga besteiras! Ela tá aqui no meu bolso, ó! No meu bolso!

Não estou vendo nada, Dona Lulu.

Ó! Ó! Ela se mexeu! Tá te mostrando o dedo. Tá vendo? Chega, Ana. Chega. Vai lá e traz um pote com moedas de ouro para esse moço, vai. NÃO, ANA. TIRAR AS CALÇAS NÃO PODE. MÁ LEPRECHAUN! MÁ!

Dona Lulu, a Ana não está ali.

Ora, mas como OUSAS duvidar de minha palavra! Teus olhos te enganam! Ela quer subir no teu pescoço, mas não vou deixar.

Não estou vendo uma leprechaun, Dona Lulu.

Deixa, Ana... Ele não sabe o que diz. O quê...? ...HAHAHA! Até parece.

Com quem a senhora está falando?

Com a tua mãe.

Eu não tenho mãe, Dona Lulu.

Eu dormi com a tua esposa!

Como assim?

Biltre! BILTRE! Sai de perto de mim! Tragam meu robe! Varram a piscina, que eu quero dormir! Jarbas, minhas três marias! Agora! Malditos pudins, que acabaram mofando! Isso tudo é culpa das alcachofras! De refrão em refrão vou perdendo a voz! Eu sabia desde o início: escalopes de filé! DE FILÉ! É uma procissão de enganadores... Sei que jamais pegar-me-ão, pois nunca usei Minâncora! A primeira é de graça, e depois eles cobram gorjeta!

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Tá pensando que aqui é a casa da sogra?

Diz um sapientíssimo colega meu que a sogra não pode morar tão perto da nossa casa que ela possa vir de chinelos, bem como não pode morar tão longe que possa vir de malas.

Com esse sapiente pensamento, coloco-me a pensar sobre o fato de que sempre tive sorte com elas, as sogras, e lembro que minha mãe também sempre foi boa sogra - bem, claro, a gente sempre acha que a mãe da gente é boa sogra. Ué, mas a minha mãe É boa sogra. A patroa, pelo menos, não reclama dela. Bem, pelo menos não reclama dela na minha frente.

Pois bem. Sorte com sogra não é pra qualquer um. A minha mora longe, tem que vir de malas me visitar ("Oi, minha filha tá aí?"), assim como a minha mãe ("Oi, minha nora tá aí?").

O sapientíssimo colega supracitado não teve tanta sorte com sua sogra (a tua, não. A dele). Certa vez teve de tascar fogo num sofá para calar sua esposa e... sua sogra. Mas isso é outra história.

Peraí. Ou foi só a esposa que ele calou?

Sei lá. Mas aposto que ela tava a mando da sogra.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"Pari, e doeu", diz a Maria.

A Maria costuma avacalhar aquele guri cabeçudo que saiu das entranhas dela há trinta e três anos.

"Porque doeu, e esse desgraçado tem que saber disso", ela sempre ressalta. Diz que, na época, ainda não tinham inventado a cesariana, e aquele "treco com cabeça", como ela sempre chamou o filho, nasceu. "Nasceu sem pelo menos esperar inventarem essa merda!", lembra carinhosamente.

"Aposto que se uma tribo indígena o pegasse, ficaria desapontada!", afirma. Ao ser perguntada sobre o porquê de tal informação, completa com "claro, coitados dos índios! Não dá pra encolher uma cabeça assim! Viraria, no mínimo, uma cabeça normal!"

Mas, mesmo assim, a Maria ama aquele guri cabeçudo. Mesmo sem ele jamais ter usado os chapéus que ela faz. "Sim, porque eu ganho a vida fazendo chapéus! E esse bosta, com esse cabeção, não pode usar chapéu! Mas mesmo assim eu amo esse Estrupício!"

Estrupício atualmente mora em Hollywood, trabalha no cinema como dublê de cabeça e não quis gravar entrevista.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Maluquices em Restaurante

Lá estava eu, com meus colegas, almoçando, quando um rapaz sentou na mesa de trás, tirou uma latinha de Coca-Cola da bolsa, pediu um copo com limão e gelo pra garçonete e ficou esperando.

Quando o copo veio, a dona do restaurante, possessa da vida, falou:

- Meu senhor, VENDEMOS BEBIDAS neste restaurante!
- Sim, mas eu trouxe a minha!
- Isso é uma falta de educação. Mas tudo bem, eu aturo tanta coisa, então vou aturar isso.
- A falta de educação é da senhora!
- Hein???
- Ah, vou embora, então! - levantou-se, injuriado pela ofensa, e foi embora do restaurante.

Lembrei da história da minha vó, que fez o contrário: levou a família toda num paradouro de estrada. Quando sentaram-se à mesa, ela abriu a bolsa, tirou um frango, arroz, polenta, salada de batata e pediu pro garçom:

- Me dá duas cocas litro, por favor.

Pior ainda é o cara que foi no bar que meu colega freqüenta, sentou e pediu uma cerveja. Bebeu e saiu de mansinho. O dono do bar, notando que o cara tava tentando esgueirar-se sem pagar, gritou:

- Ô!! Volta aqui e paga o que tomaste!!
- Eu não vou pagar!
- Como assim?!?!
- Não vou pagar. Não tenho dinheiro.
- Mas tu bebeste uma cerveja!
- Não mandei tu me dar...

domingo, 12 de agosto de 2007

...(muito) pior sem elas.

- Me dá uma opinião sobre a sala, por favor?
- Tá.
- Onde tu acha melhor pra gente colocar o sofá?
- Hmmmmm. Naquela parede.
- Ah, não. Horrível. Homem é assim mesmo, né? Não tem noção alguma sobre decoração.
- Bem, mas eu gostei ali porq...
- Não, não. Ali, não. O sofá fica melhor ALI.
- Tá, oras...
- E o que tu acha sobre a cristaleira? Onde a gente coloca a cristaleira?
- Hmmmm... Bem, se o sofá não ficar naquela parede, podemos colocar a cristaleira al...
- NÃO, NÃO. Putz, tu não entende nada. Homem é assim. Não entende nada sobre esse assunto.
- Tudo bem, eu confesso, não tenho noção sobre decoração, ué!
- E a mesa?
- Que que tem a mesa?
- Onde tu acha melhor?
- Adianta eu dizer?
- Sim, onde tu acha que seria legal a gente colocar a mesa?
- Na...
- Naaaaa...?
- Na...
- Siiim?
- Naquela parede!
- Não!!!!!!
- Olha - dá um abraço nela, e chega, numa boa, pra falar -, como tu é mulher e sabe muito mais sobre o assunto, e eu obviamente entendo CHONGAS sobre isso e, ainda por cima, não estou muito interessado sobre a disposição das coisas da sala, deixo tudo por tua conta. Te dou carta branca! Vai que é tua! Confio em ti! Tu tens ótimo gosto!
- Sério?
- Sério! Vai que é tua!
- É??
- É! Amorzão, tu tem carta branca.
- AAAAAHHHHHHH, HOMEM É ASSIM MESMO, NÉ??!! SEMPRE QUER FICAR DE FORA DOS ASSUNTOS IMPORTANTES. Nunca quer participar!! Nunca!!

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Quem foi que inventou essa coisa de "melhor idade"?

Aeroporto. Crise aérea. Puta fila pro check-in.

A voz no alto-falante diz:

- Agora vamos priorizar o atendimento para as pessoas da melhor idade!

Os surfistas ricos de 26 anos de idade gritam:

- Êêêêêêê!

domingo, 5 de agosto de 2007

Eu sou burro pra muita coisa.

Matemática, por exemplo, nunca foi meu forte. Mas eu não era tão burro na época em que eu estudava essa matéria. Atualmente é um dos meus principais fracos. Nesta semana eu tava tentando diminuir 275 de 315, E A RESPOSTA NÃO VINHA. Pior: uma colega minha tava tentando também! Estávamos renumerando um processo e aí tal subtração veio à tona e... ahn... ambos os cérebros - de dois bacharéis em Direito - fizeram CRECK! e o resultado (QUARENTA, PORRA!) não vinha. Peguei o celular e fiz a conta. 40. "QUARENTA!", gritei. E ela perguntou "tens certeza??". Respondi "bem, EU não tenho, mas é o que o meu celular tá dizendo."

E o meu celular é tri bom. Ele sabe de muitas coisas. De vez em quando eu tô indo embora do trabalho e ele começa a apitar. Eu pego o bicho, perguntando "o que será que ele quer agora???". E nele tá escrito "PEGAR A FATURA DO ALUGUEL PRA PAGAR, ANTA!". "Bah! Esqueci a fatura na gaveta!! Se não fosse o meu celularzinho..."

...acho que daqui a pouco eu vou ter que colocar avisos do tipo "IR AO BANHEIRO JÁ!", pois se o celular não me avisar eu provavelmente cagar-me-ei nas calças!

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Fulaninho quase morreu naquele dia.
Teve de rearquivar aqueles processos mofados.
Pensou na colônia de mofo.
Mas lembrou de algo pior: os ácaros. "Mofo não anda! Ácaro anda."
Pegou um processo, e enxergou os invisíveis ácaros escalando seu braço esquerdo.
Antes de eles chegarem ao seu ombro, tapou a boca com uma mão, mas então lembrou que os ácaros poderiam adentrar seu corpo por aquele orifício.
Procurou tapar o nariz também.
"Mas... e os ouvidos??? Os ácaros podem entrar pelos meus ouvidos!!"
Havia outro buraco. Mas como poderia tapar esse juntamente com a boca, as narinas e os ouvidos?
"Meu machucado no pé!! Meu machucado no pé! Eles vão invadir meu corpo pelo meu machucado!!!"
Saiu correndo e atirou-se pela janela. Estava no quinto andar.
Mas aí os vermes fizeram a festa.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Verborragia Longitudinal Exacerbada

Muito pensando, cheguei à conclusão: não sei sobre o que escrever.

Mas isso é extremamente comum! Há dias nos quais tu não pesca nada no cotidiano pra poder tirar um sarro, pra conseguir escrever uma asneira cá, outra lá.

Só que venho de família de muita criatividade. E ficar sem ter o que escrever é pecado na minha família. Meus parentes são incrivelmente criativos! Dou para vcs o exemplo do meu primo, cuja galinha - é, ele tinha uma GALINHA de estimação - chamava-se FRANGO.

Melhor ainda, bem mais criativo, é um amigo meu. O nome da bicicleta dele era PEDRO. Tu me perguntas: "Pedro, a bicicleta??" Sei lá, foda-se! A bicicleta dele deveria parecer com algum Pedro... Deveria ter uma baita cara de Pedro, aquela bicicleta!! Pedro de Lara, Pedro Simon, Pedro e Paulo... Talvez fosse um amante gay dele. Talvez o PAI dele se chame Pedro, coisa que eu nunca confirmei. Ninguém nunca perguntou o nome do pai dele. Talvez seja Pedro. É. Pedro é um nome muito comum. Serviria pra uma bicicleta??? Afinal, qual o melhor nome para uma bicicleta?? Anacleto? Anacleta?

Eu conheço um senhor chamado Rex!! Só por causa desse fato ele seria, automaticamente, um cachorro? Não mesmo. Então por que uma bicicleta não pode chamar-se Pedro? E por que um cachorro não pode chamar-se Antônio, ou Paulo, ou Idalécio? Santo preconceito, Batman...

E aposto que tu, que infelizmente (pra ti!) leu isto aqui, riu do coitado do meu primo, só porque ele tinha uma GALINHA de estimação. Grande coisa! Meu avô tinha um CABRITO! E o nome dele era "Mé" - "dele", do cabrito, não do meu avô.

Pois, então, voltamos aos nomes. Analiso o porquê do meu avô ter colocado o nome do cabrito de MÉ: Mé não é cachaça, segundo os ensinamentos de Kid Mumu, nos áureos tempos dos Trapalhões?? Mas meu avô era criança pequena quando inventou o nome do cabrito.

Peraí. Entendi! ONOMATOPÉIA! O cabrito faz MÉÉÉÉÉÉÉ!!!! Entendi. Dã.

O Mé era o melhor amigo do velho (na época ele não era velho, claro). Era seu companheiro. Fiel. Justo. Como todo cabrito de estimação. Certo dia, meu avô tinha ido para a escola. Quando voltou, meu bisavô estava fazendo um churrasco. Nada mais comum. Meu avô comeu a carne tenra e macia, que girava e girava sobre aquela brasa fumegante, sendo lambida por labaredas constantes... E mastigava. E mastigava. Ótima carne.

- Mãe, do que é esta carne? - ele pergunta à minha bisavó.
- De cabrito.

Ele havia comido o Mé. Seu grande amigo.

Até que ponto a amizade impera??? Deveria, então, meu avô vomitar a carne de seu grande amigo e dar a ele o que realmente merecia, ou seja, um enterro decente?? Era o que todo cabrito fiel mereceria. Ou não?

Chega.

(Este blog é GARANTIA TOTAL DE PERDA DE TEMPO E DINHEIRO...)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

- Senhores! Meus amigos queridos! Considerando as considerações dos consideráveis considerantes considerados...
- Cala a boca e abre logo esse presente, porra!
- Calma! Considerando as considerações dos...
- Vai! Abre essa merda!
- CALMA! Consider...
- Vai duma vez, Isoldo!! Abre esse presente!
- EU DISSE CALMA!
- Chega de discurso!!!!!
- Ué, o presente tá falando????
- EU TÔ PELADA AQUI DENTRO! TÁ FRIO! Abre logo!!
- Isoldo, abre essa merda duma vez!
- Porra, mas não posso nem fazer discurso? E o presente tá falando? O que que tem aqui dentro, cacete?!?!
- Tem uma mulher pelada, imbecil! Tu não ouviu o que ela disse?!?
- UMA MULHER PELADA?!
- É! Abre o pacote!
- PELADA?
- Abre essa merda, Isoldo!
- Não, não abre!!!!
- Presente, calaboca! Abre, Isoldo, abre!
- NÃO QUERO MAIS. Enchi o saco! Não me senti quista! QUISTA, entenderam? Não abre!
- Nah, vou abrir! Peraí. Primeiro, o discurso! Considerand...
- NÃO ABRE!!!! EU TÔ PELADA AQUI DENTRO, MERDA!
- ABRE! ABRE! ABRE! ABRE!!
- Considerando as considerações...

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Vem cá, adolescente não sente frio? Eu, nos meus 15 anos de idade, por exemplo, sentia frio?

Deixa eu ver... Sentia! Pego fotos "dos antigamente" e vejo minha (então magra) pessoa usando jaquetão, blusão de lã, etc..

O véio aqui foi no xópin há pouco, 9 graus esfriando o lombo na rua, usando cachecol, jaqueta, calça de lã, e viu que a gurizada entrava e saía de lá usando, no máximo, um blusão de moleton! Tinha cara usando camiseta e BERMUDA!

Qual a explicação para isso?

a) "Isso é tudo obra das DRÓGA! É COISA DAS DRÓGA! ESSA GURIZADA TÁ CHEIRADA!"
b) Os adolescentes de hoje têm DNA réptil, ou seja, são ectotérmicos, ou seja, a temperatura de seu corpo muda de acordo com a temperatura do ambiente
c) "Isso é tudo obra dos RÓQUE LÔCO QUE ESSA GURIZADA TÁ OUVINDO!!!"
d) "AS DRÓGA! AS DRÓGAAAAA!"

terça-feira, 24 de julho de 2007

Terça-Feira

A terça-feira é um dia "empate".
Não é vitória,
não é derrota,
não é segunda nem sexta.
É um dia "nadavê".
É dia no qual nada acontece.
Nunca vi alguém gritar "UHU! É TERÇA!!".
A terça não é quarta; raramente os bebuns marcam pra beber na terça.
E nem tem jogo de futebol na tevê (jogo da segunda divisão não conta!!).
Não é quinta, com a esperança de uma sexta.
Não é sábado, com a esperança de um domingo.
Não é domingo, que é quando a gente tá puto com a vinda da segunda.
A segunda, sim, é uma puta.
E a terça é uma segunda enrustida. Gostaria de ser uma segunda, mas não consegue.
A terça não fode, nem sai de cima.
A terça é chata.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

Os Homens e o Banho

Homem não é um bicho muito limpo. E estou usando um eufemismo. "Não é muito limpo", pra nós, homens, é eufemismo. Porque a gente é PORCO. É sujo. A gente fede, não adianta.

Não adianta mesmo! Eu tomo banho, lavo tudo quanto é coisa, esfrego, etc., aí eu me seco e a toalha fica fedendo. Eu tô falando sério, não consigo fazer diferente! Não dá pra ser homem e ter uma toalha cheirosa, como acontece com as mulheres.

A minha coloca as roupas dela pra lavar. Quando eu vou colocar na máquina de lavar, as roupas dela estão cheirosíssimas! Ora, então pra que lavar?

Pois bem. Houve época na qual eu não fedia (muito). E isso foi na minha infância. Áureos tempos nos quais eu não precisava de desodorante. Quero dizer, eu acho que eu não fedia (tanto)! Meu irmão e eu nos aproveitávamos disso quando ficávamos na casa da minha avó. Meus pais iam viajar e nós ficávamos na casa da véia. Depois de alguns dias, ela lembrava: "guris, vocês têm tomado banho, hein?!?!". A gente respondia "é...". A vó não acreditava naquela lorota e nos mandava pro banho. Espertíssimos, a gente molhava as toalhas, os cabelos, e PLIM! banho tomado.

Outro dia eu fiquei vendo vídeos dos Trapalhões no YouTube (aliás, a Globo deveria reprisar os Trapalhões!!). E lembrei como era difícil pra gente assistir ao programa. Porque nossa mãe sempre nos mandava tomar banho BEEEEM na hora dos Trapalhões! "Pô, mãe, mas tá passando os Trapalhões!" "Não quero nem saber! Vocês sempre dormem depois! E nunca tomam banho!"

Mamãe sabia o que dizia. Dito e feito: o programa dos Trapalhões nem terminava e a gente já dormia, numa sujeira só, em cima da cama.

Fiquei sabendo do filho da minha colega: esse, sim, tem futuro. Quatro anos de idade e já figura entre os grandes porcalhões. Belo dia, chamou a mãe no banheiro: "mãe, vem aqui segurar meu xixi pra mim? Não quero ter que lavar as mãos de novo!"

Homem é tudo porco mesmo.
Li num blog que a peteca do badminton é feita das penas da asa ESQUERDA do ganso. Só da esquerda. As da direita, não. Aparentemente o bicho dorme recostado em seu lado direito, acabando por estragar as penas da asa de tal lado.

Mas, como canhoto que sou, pergunto: e se o ganso for canhoto? Eles trocam a asa vítima da depenagem?

Ontem escutei história de um rapaz, morador do interior do RS, que passou por uma vasectomia. Não seguiu os conselhos médicos de repouso e, dois dias depois da cirurgia, estava em Porto Alegre, em pleno Estádio Olímpico, pulando e participando de avalanches em jogo do Grêmio. Resultado: voltou para casa com inchume no saco.

Voltou ao médico, que diagnosticou: "ah, meu amigo, tu tá com o saco inflamado. Vamos ter que APERTAR isso aí pra sair a inflamação!"

Não imagino dor maior para um homem.

Não imagino.

E não é que hoje recebi email relatando outra história? A do rapaz que também estava com inchume no saco. Foi ao clínico geral, que chegou ao diagnóstico "inflamação no ovo esquerdo" e resolveu dar o cartão de um colega urologista ao paciente. Por engano, pegou o cartão de seu advogado.

O rapaz foi ao escritório do advogado, pensando estar indo ao urologista. Chegando lá, baixou as calças e disse "doutor, estou com um problema no meu ovo esquerdo". O advogado, perplexo, fala "meu senhor, a minha especialidade é o Direito".

"O DIREITO? Porra, vai ser especialista assim lá na puta que pariu!!"

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Estresse

Eu sou um cara estressado. E não sei escrever estresse. Acho que é stress. Ou tem a forma "abrasileirada" da palavra? Tem, né? Não tem? Ou tem? Será? Hein?? IH, QUE ESTRESSE!

Há alguns dias eu assisti a uma palestra sobre o assunto. O que mais me marcou foi um ensinamento do palestrante:

Há duas regras pra gente tratar o estresse.

1) NÃO ESTRESSAR-SE POR MIXARIA.
2) TUDO É MIXARIA!

E a gente fica procurando pêlo em ovo todos os dias, discutindo por mixaria, por imbecilidade, por idiotice, por amenidades.

E hoje pela manhã eu vi, pela TV, as famílias das pessoas que perderam seus entes queridos naquele avião em São Paulo.

E aí fiquei pensando em COOOOOOOMO EU ME ESTRESSO POR MIXARIA.

À merda com a mixaria!!!!

domingo, 15 de julho de 2007

Falando de futebol...

Tudo bem, esse time do Brasil da Copa América era uma merda.

E eu sempre disse que esse time era uma merda. Porque o Dunga convocou mal. Seja por desistências dos "craques", seja por convicções erradas dele.

Mas, ao mesmo tempo, eu sempre torci pelo time. Eu sou, me parece, o único que curte ver jogos da Seleção atualmente. Acho que o errado, óbvio, sou eu. Porque todo mundo tá, me parece, de saco cheio da Seleção.

E tive que aturar um monte de "brasileiros" babando ovo, rasgando seda mesmo pra esse time da Argentina. "São os melhores!", "não vai ter graça!!", "vai ser um massacre" e assim por diante.

A Argentina, HÁ ANOS, tá com a "síndrome do Brasil de 1982": joga com elegância, com beleza, com destreza, com contundência, etc....

...E NÃO GANHA DROGA ALGUMA HÁ ANOS.

HÁ ANOS.

E, novamente, com o TIME B, socamos os gringos na Copa América.

Falam mal do Dunga, mas no ano passado o mesmo treinador enfiou três na Argentina. Hoje fez de novo.

Não me venham mais com esse timeco enganador da Argentina!! A gente ganha deles com um pé só.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

PuLLta que pariLL, que friLL!

Mas bã! (- interjeição que, dentre outros significados, quer dizer "TÁ FRIO PRA CARAMBA!!!". Se fosse só "Mas bah" seria "tá frio!!", mas o "bã", com TIL, denota mais frio ainda, ou seja, UM PULTA FRILL!! Bem, devo dizer, estou falando do MEU vocabulário pessoal, enquanto pessoa humana individual, sem medo de pleonasmos. As outras pessoas costumam ter suas próprias interjeições para descrever o frio que estão passando. Meus colegas vão chegando pra trabalhar e cada um deles, ao adentrar a sala, solta um "CRUZES!" ou "MINHA NOSSA SENHORA!" ou um "POR QUE EU SAÍ DA CAMA, QUE TAVA TÃO QUENTINHA?!?!" ou um singelo "HOJE VAI DAR PRAIA, MARIA! PEGA AS CADEIRAS, O GUARDA-SOL E A CAIPIRINHA!!!". Enfim, cada um expressa seu FRILLL da maneira que melhor lhe apetece. Lá em Buenos Aires, por exemplo, onde nevou depois de quase noventa anos, os argentinos gritavam "MAS QUE BUÊSTA, ESTÁ FRILL PARA CARIAMBA, MIÑA NUESTRA SEÑUERA!!" ou então "HOY VAY A DAR PLAYA, MARIA! PIEGA LAS CADEIRAS, EL GUARDA-SOL E LA CAIPIRITA!!". Pois é. É frio pacas.)

Que FRILLL!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Título.

E abriu a venda dos ingressos pro show do Circo do Sol (mais conhecido como Cirque du Soleil - acertei a tradução? Dã.) aqui em Porto Alegre.

O show há de acontecer no ANO QUE VEM. E já tem gente se amontoando nas filas, enlouquecida, atrás de um lugar ao sol (RÁ! Que trocadilho engraçadão!!).

A patroa sempre reclama quando vamos ao cinema e, meia hora antes do início do filme, as filas já estão devidamente formadas, com quilômetros de extensão. É, realmente, um saco.

Acho que é porque tem muita gente no mundo. Não, "no mundo", não. Vamos restringir a coisa pra Porto Alegre.

Passo todos os dias por uma churrascaria perto do meu trabalho e meus colegas sempre notam que o estacionamento do local está lotado. Carrões por todos os lados. Segunda, quinta, domingo, feriados, não importa o dia. O preço do rodízio é salgado pros padrões da cidade, R$ 35,00, mas a churrascaria tá sempre cheia. "Cadê a crise!?!", meus colegas perguntam.

Cadê a crise? Eu imagino como seria se todo mundo tivesse dinheiro pra poder ir ao cinema, ir à churrascaria, pra comprar um carro. Imagina só o trânsito! Imagina as filas...

A venda de ingressos pro tal do Cirque aí teria que acontecer CINCO ANOS antes do show, sei lá...

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Viva o Brasil!

O Brasil é o país da FORMA. Não interessa o conteúdo. Não importa se tu não sabe porra nenhuma; o que importa é tu te vestir de acordo com a situação.

AdEvogados - aqueles que praticam a adEvoGacia -, por exemplo, só precisam se vestir com terno e gravata. Aí são chamados de DOUTORES.

Agora, eu não sabia que isso também acontecia com o "baixo escalão" (não que a adevogacia seja grandes coisas, mas...): um colega acaba de me confessar que, quando resolveu trabalhar como vigilante, depois de um tempo sem arrumar trabalho, foi à empresa de vigilância tentar um emprego, mesmo não tendo experiência alguma na área.

- O senhor tem alguma experiência com vigilância?
- Não.
- Já manuseou alguma arma de fogo?
- Não.
- Não?
- Nunca.
- Mas nem no Exército?
- Não servi no Exército...
- Hmmm... Temos um problema aqui.
- Qual?
- O senhor usa barba. Aqui não admitimos vigilantes com barba!!
- Tudo bem, eu raspo a barba.
- Certo, então!! Tá contratado!

E deram uma espingarda calibre 12 pra ele trabalhar.

Viva o Brasil!!
E não reclamem do nosso sensacional governo federal! Acabo de ter a notícia de que serei agraciado com o incrível crédito da grandiosa RESTITUIÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA na minha conta corrente, segunda-feira que vem!

Viva o Brasil!!

P.S.: estou sendo sarcástico.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Diálogos Inóspitos Oblíquos

Colega:
- Cara, tem alguma lei que me impeça de te dar uma voadora na tua cara?
Outro colega:
- Tem. A Lei da Gravidade.

Mais um colega, usando o editor de textos do Open Office (mais conhecido como "genérico do Word"):
- Onde é mesmo que eu tenho que clicar pra abrir essa opção?
Um quarto colega, apontando pro ícone que continha um lápis verde rabiscando:
- Clica ali naquela DINAMITE!

Encontrei na rua alguns colegas da patroa:
- Fala, Leandro! Tua mulher acabou de dobrar à direita ali!
- Beleza! Vou pra esquerda, então!

terça-feira, 3 de julho de 2007

Eu acho que já escrevi sobre isso, mas é de suma importância que a população em geral saiba: tem gente que sentes algumas pontadas no coração e pensa que tá com problemas cardíacos.

EU já passei por isso. Fui acometido por esse mal. Pensei que estava com problemas de coração.

Mas amigo, amiga, se já passaste, ou estás passando por isso, podes ficar sabendo. São gases.

Não, não tens problema cardíaco. Não, aquela mulher por quem estás apaixonado não faz teu coração palpitar.

São gases.

O ditado diz: "cada pontada no coração é um peido que fracassou".

segunda-feira, 2 de julho de 2007

O difícil não é começar um texto...

(...difícil é acabar.)

Começando a segunda-feira em recuperação do último pileque, Jorginho foi trabalhar. Chegando "naquela merda de lugar" (como carinhosamente chamava o local onde trabalhava), avistou Nérida, a "colega que jamais iria desistir de comer" (como, também, carinhosamente chamava a moça), usando uma daquelas "calças novas que ficam por dentro das botas que deixam aparecer tudo" (como, bem, ele denominava aquelas calças que as moças usam hoje em dia, que são uns collants enlouquecedores, por dentro das botas. Opa. Prosseguindo...).

Aproximou-se da Nérida, que estava usando o "treco que dá um cheiro nela que dá mais vontade ainda de carcar aquela mulher" (mais conhecido como perfume) e soltou a primeira tentativa do dia:

- Nérida, hoje tu tá uma loucura. Nem te digo.
- Tá. Então não diz.
- Digo: tu tá mordendo a calça.

A Nérida mandou ele tomar devidamente naquele lugar. Mesmo tendo tomado, ele não desiste e olha pra Deise, "aquela que não é tão boa assim, mas mesmo assim é boa" e parte para outra tentativa:

- Oi, colega. É hoje.
- O quê?
- É hoje que tu vai me dar.
- Jorginho, eu acho que tu tem mais.
- É, querida? Mais o quê?
- Tens mais é que ir te ferrar.

Jorginho estava prestes a desistir. Todos os dias tentava comer suas colegas, mas sempre sem sucesso. Olhou para os lados e viu Déboro, seu colega "quase mulher", no cantinho da sala, mandando beijinhos. "Hmmmmmmmm... Será?", pensou. "Essa pode ser minha última chance."

E foram felizes para sempre.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Há pouco eu tava em plena fabricação de cocô e de idéias (uma coisa é conseqüência* da outra, não necessariamente nessa ordem) e, olhando pro meu frasco de desodorante que pairava sob a pia, vi a inscrição "PARA USO AXILAR". Aí veio o diálogo na minha cabeça:

- SAC Axe, bom dia! Em que posso ajudar?
- Hããã... Posso usar esse desodorante como COLÍRIO?
- Não, senhor. Isso é um desodorante.
- Ceeeerto... E... E pra tirar frieiras entre os dedos dos pés?
- O produto deve ser usado nas axilas, senhor.
- Axil...? Hein?
- Nas AXILAS.
- Não compreendi.
- Nos seus ahn... SOVACOS.
- Como?
- CARA, BOTA SÓ NUS SUVÁCU! SU-VÁ-CU! ENTENDEU?

Aí, por causa de gente assim, o aviso deve ser colocado. Eu ainda poderia, partindo desse pressuposto - o de que a população é imbecil -, falar sobre os gordos que comem UM MONTE de sanduíches do McDonald's e depois, quando estão pesando duzentos e cinqüenta* quilos, querem processar a empresa porque viraram baleias.

E eu poderia falar, também, sobre a pessoa que fez o laboratório onde eu fiz um exame de fezes colocar a frase "NÃO BEBER" no potinho onde vai o cocô a ser analisado... Mas essa pessoa não merece citações em lugar algum. Merece ser esquecida. Bah.

* O ("A"?) trema ainda é usado na Língua Portuguesa??? Sim? Não?

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Diálogos Oblíquos Inóspitos (Hã?)

Sugeri:
- Pois eu acho que a gente deveria fazer assim, o que tu acha?
- Hmmmmmm... Até que é boa idéia.

Duas horas depois:
- Leandro, sabe a tua idéia? É boa. O que é que tu acha?
- ...?? Como assim, o que que eu acho? A idéia é minha, oras. Eu acho muito boa.

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- Tchê, tô a fim de fazer um mocotó. Quem sabe a gente vai lá em casa na quarta e faz?
- Buenas, eu gosto... Tô nessa. - eu.
- É que eu tô com um mondongo guardado aí e tô a fim de fazer...

Pergunta: QUEM mantém um MONDONGO guardado? Pô, uma picanha no freezer, um lombinho suíno esperando uma visita que o consuma, mas... MONDONGO?

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Um juiz do trabalho do Paraná não deixou um trabalhador rural entrar na audiência, que restou adiada pra sei lá quando, pois o aludido trabalhador estava usando chinelos de dedo. Pode? Não pode? Eu acho demais. Será que ele não tava usando Havaianas? Agora Havaianas é "IN". Deve ser por isso. Ele tava OUT.

Puta mania de procurar pêlo em ovo... Barbaridade.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Problemas de Dicção

Eu sempre pensei que a minha dicção fosse boa. Mas no último domingo eu tive prova de que não é bem assim, não.

Certa vez, numa pizzaria em São Paulo com amigos, pedi guaraná para o garçom. Continuei conversando com o pessoal, o garçom trouxe guardanapos, o papo continuou por alguns minutos e nada do meu guaraná chegar.

Resolvi pedir novamente:

- Amigo, um guaraná, por favor.

O garçom trouxe mais guardanapos.

"Hm. Entendi." Chamei o garçom novamente:

- GUA-RA-NÁ, por favor. - Finalmente fui atendido.

Isso foi em 2001. Após seis anos achando que aquele garçom era surdo, no último domingo fiz o pedido contrário:

- Amigo, podes me trazer guardanapo?

- É light ou normal, senhor?

terça-feira, 19 de junho de 2007

Querer não é poder.

Aconteceu ao meio-dia passado.

Quatro colegas sentados à mesa, almoçando no shopping.

- Porque eu agora como só pão novo! Cansei de comer pão velho! Se tem pão velho, minha mulher manda sempre comer o velho! Chega! Joga fora esse pão velho! Vou comer o novo! Se eu não aproveitar as coisas boas da vida agora, quando eu vou aproveitar?
- Isso!! Se eu compro roupa nova, eu a uso já!! Chega de ficar adiando as coisas!
- É! Tem que aproveitar! A vida é agora!
- AGORA!
- É!! Agora!! Boa! Vamos parar de viver no futuro! O futuro é incerto! Quem é que sabe do futuro? Podemos, amanhã, levar um tiro, ter um ataque cardíaco!
- Olhem, caras! Chope 300 ml a R$ 2,40... Chope 500 ml a R$ 2,90!
- É um preço muito bom!
- Bom mesmo!!
- Pessoal!! Tive uma idéia! Vamos pedir uns cinqüenta chopes e não vamos voltar praquela merda de trabalho!!! A vida é agora!!!!
- ...
- ...
- Vamos, pessoal!
- ....
- Pessoal?

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Relaxa e goza!

Não, pára, o título tem nada a ver com o texto (que nada tem a ver com nada também. E vice-versa! Entende?), mas eu também tinha que, como quase todo mundo que publicou alguma coisa escrita na Internet nesses últimos dias, fazer alusão ao que disse a Mãe do Supla sobre os aeroportos brasileiros! Sim, porque eu também sou alguém! E eu também publico coisas escritas na Rede Mundial de Computadores! Então eu também tenho que citar frases inteligentes como a da Mãe do Supla!

Sério, fiquei tentando lembrar do nome dela e simplesmente não vinha... "Qual é o nome daquela véia???? Mãe do Supla!!"

(Tá, eu sei que é Marta. Martha? Márta? MmMartha? FFFellyppe Gabriel?!?!)

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No se piensa notra cosa en el Rio Grande do Sul aliênes de futbol niesta siemana! Grêmio e Buêca Rúniors se van a pegarse na próxima quarta-fieira! Si, por supuesto, jô ("eu" em Portuñol, pô! Não o Soares!) voy torcer para los bosteros argentinos! Porque, muy obviamiente, soy argentino diesde pequeño!!

E no domingo tem gre-nal! Valei-me, minha santa aquerupita!

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Era Renan Calheiros um X-Man?

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Hoje, em Porto Alegre: um ladrão foi atirado de carro perseguido pela Polícia. A viatura da Brigada Militar passou por cima do rapaz, que neste momento passa bem.

OHHHHHHHHHHHH, TI PENIIIIIIIINHAAAAA...

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Viva Bruce Wayne, de volta aos cinemas no ano que vem. Acho que dessa vez ele vai conseguir mexer a cabeça pros lados! Olha a máscara nova:


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Por falar em Cinema, se tu ainda não foste ver Shrek 3, VAI. [Amigão, amigona, não é spoiler! Pode ler!] A cena na qual o [calma, não é spoiler!] rei [porra, tô falando que não é spoiler!!] sapo [vai! Lê com fé! Não é spoiler!!!] MORRE [ih, que merda, acho que é spoiler...] vale sozinha o preço do ingresso!

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Tá. Chega.

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Sobre a Melação de Cueca

Aproveitando os comentários ao post anterior, resolvi tecer brevíssimas (sempre são?) linhas sobre a melação de cueca.

Não adianta nada ficar rasgando seda pra lá e pra cá. O que importa são os feitos. O que importa é o dia-a-dia.

Não interessa dar um buquê de GÉRBERAS ("muito prazer, gérberas, sou o Leandro Fonseca". Foi o que eu falei ontem, ao ser apresentado a esse tipo de flores, que, na hora, eu pensei que fossem GIRASSÓIS. Não, eu não as comprei; foi uma colega minha que ganhou do seu marido. Não. Do marido DELA, não o teu!), ou um ursinho babaca vestindo uma camiseta com os dizeres "eu te amo", ou bombons trufados numa caixa em forma de coração no dia dos daborados...

O que interessa é estar junto; é gostar; é confiar; é querer mais daquilo (será que eu sei usar o instituto do ponto-e-vírgula direito?!?!).

Enfim. A breguice é nada. A breguice vende presentes no dia 12 de junho. E só.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Feliz Dia dos Daborados!

ki fofuxuuuuuuuuuuuuuuuuu
ti amuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
tudu linduuuuuuuuuuuuuuu
ki bunitinhuuuuuuuuuuu
ki amorrrrrrrrrrr
ai lóvi iuuuuuuuu
minha paixaummmmmmmmmmmm
uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
meu amor minha vida minha privada entupidaaaaaaaaa
!!!!!!!!!!!!!!

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Viu acima, que ridículo?

Então inventa outra coisa pra presentear a tua namorada/teu namorado! Parem de melar cueca e sejam felizes!

terça-feira, 5 de junho de 2007

As gonorância é que astravanca os pogréço!

Que espetáculo! Hoje, no tempo de redes e conexões wireless, celular com câmera, iPods que armazenam trocentos milhões de gigabaites de informação, pneus da Michelin que não precisam de ar, não furam, sobem calçadas (essa foi a novidade mais legal que eu vi nesta semana!)...

...Eu vi um cara CAGANDO na rua, bem na frente do meu serviço. Ali, cocô e xixi, ao léu, pra todo mundo ver.

Os caras que escreveram Mad Max viram certinho como vai ser o futuro...

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E o preço da gasolina, hein? Mas... vem cá, e o dólar, não tá baixando? Já tô comprando dólar em loja de 1,99! Então por que diabos a gasolina sobe?

Lembro de uma charge do Iotti, na Zero Hora, na qual a professora falava em aula:

- Quando o dólar sobe, os preços...
- SOBEM! - os alunos completavam.
- E quando o dólar baixa, os preços...
- SOBEM! - completavam novamente os alunos.

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)