quarta-feira, 15 de agosto de 2007

"Pari, e doeu", diz a Maria.

A Maria costuma avacalhar aquele guri cabeçudo que saiu das entranhas dela há trinta e três anos.

"Porque doeu, e esse desgraçado tem que saber disso", ela sempre ressalta. Diz que, na época, ainda não tinham inventado a cesariana, e aquele "treco com cabeça", como ela sempre chamou o filho, nasceu. "Nasceu sem pelo menos esperar inventarem essa merda!", lembra carinhosamente.

"Aposto que se uma tribo indígena o pegasse, ficaria desapontada!", afirma. Ao ser perguntada sobre o porquê de tal informação, completa com "claro, coitados dos índios! Não dá pra encolher uma cabeça assim! Viraria, no mínimo, uma cabeça normal!"

Mas, mesmo assim, a Maria ama aquele guri cabeçudo. Mesmo sem ele jamais ter usado os chapéus que ela faz. "Sim, porque eu ganho a vida fazendo chapéus! E esse bosta, com esse cabeção, não pode usar chapéu! Mas mesmo assim eu amo esse Estrupício!"

Estrupício atualmente mora em Hollywood, trabalha no cinema como dublê de cabeça e não quis gravar entrevista.

6 comentários:

vinícius disse...

dublê de cabeça?

Anônimo disse...

Minha empregada tbm trata os filhos dessa maneira. Ela chama os gemeos de Zovão e cabeção. Ela disse que tentou abortar mas não conseguiu, ai resolveu criar eles como amigos. É uma dupla dinâmica. Cabeção na frente Zovão atrás.

Unknown disse...

"saiu das entranhas dela há trinta e três anos"

Não seria há 39? :P

vinícius disse...

ahreuihaerharehaer
valeu diogo!

Regina disse...

Amor de mãe

Fonseca disse...

Qualquer coincidência é mera semelhança!


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)