quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Adoro voltar sempre aos meus assuntos favoritos. Eles estão sempre infernizando a minha cachola, não adianta, então eu gosto sempre de falar sobre eles, mesmo que eu já tenha escrito algo parecido.

Buenas, isso tá me cheirando a desculpa para falta de criatividade, mas, como eu não ganho a vida com isso (por enquanto??), lá vou eu novamente tocar em assunto antigo.

Mães. Esse é o assunto. Gosto de incomodar a minha mãe, sou implicante mesmo, e isso jamais vai mudar. Agora, como não moro mais com a minha, fico enchendo o saco das mães dos outros - as minhas colegas de serviço.

Trabalho com quatro mães. Às vezes eu fico prestando atenção no papo delas sobre seus filhos (os delas, não os teus!), todos com mais de vinte anos de idade. Tenho que ressaltar novamente o que já ressaltei várias vezes: não consigo compreender a dificuldade que as mães têm de enxergar que seus filhos já cresceram. Elas não conseguem.

Não adianta, meu pai já me disse que isso elas não conseguem fazer. Amor de mãe é irracional (peraí, qual amor é RACIONAL?). Nós sempre teremos no máximo uns cinco anos de idade aos olhos delas. E, pela minha experiência, essa idade é dividida por dois quando se trata de AVÓS. As avós nos vêem com menos idade ainda.

Há algumas semanas eu passei uns tempos com minha avó. Em todos os almoços ela fazia questão de explicar para mim tudo o que estava à mesa:

- Olha, isso aqui é feijão, isso é carne, aqui tem batata doce, aqui tem arroz...

E eu ficava só olhando pra ela, incrédulo, boquiaberto, pensando "ainda bem que a vó tá aqui! Eu nunca tinha visto FEIJÃO antes na minha vida!!"...

Um comentário:

Juliana disse...

Quanta maldade com a tua com a tua vó, Lele... eu acho vó muito bom! Amor de vó é o melhor que tem! Claro que vó não serve pra educar, exatamente por se tão legal, elas dificilmente sabem colocar limites. Mas que é bom, é! :)


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)