domingo, 30 de maio de 2010

(Trechinho do meu "livro")

O jovem gostava muito de caminhar. A vida inteira percorreu longas distâncias a pé. Correu e caminhou por quase toda Porto Alegre. Certa vez, subindo a deserta Borges de Medeiros em uma manhã de domingo, vinha pensando com seus botões, completamente distraído, quando vislumbrou (mesmo provido de larga deficiência visual) um vulto no canto de seu olho.

Olhou melhor e viu um indivíduo suspeito vestindo um sobretudo. Fazia calor em Porto Alegre, e um grosso sobretudo de lã tornava a cena mais suspeita ainda. O sujeito começou a se aproximar. Ele pensou "ih, é assalto. Me ferrei". O misterioso e suposto potencial assaltante chega perto de sua provável vítima. Tira um facão do casaco, aponta para ela e diz:

- Oi! Quer comprar um facão!?!

Atônito, desorientado, quase se mijando nas calças, sem entender lhufas do que acontecia, em meio à tremedeira ele pergunta:

- Fac... fac... facão...? Hein? O quê???
- É! Quer comprar um facão!?!
- M-m-mas isso é um as-assalto...!? – balbucia, com uma entonação estranha, meio que perguntando, meio que afirmando.
- Que assalto, que nada! Tô vendendo só por vinte pilas! Ali no supermercado tão vendendo por quarenta! Isso, sim, que é assalto!!!

A vítima, finalmente voltando a si, enxerga, ao lado da calçada, várias facas expostas no chão, em cima de um lençol vermelho. Realmente, o moço do sobretudo era vendedor de facas.

Não o culpo pelo erro. Como ter certeza se as pessoas na rua são o que parecem ser? Tarefa difícil. Dois amigos passaram por dúvida parecida. Quatro da madrugada, saídos de uma boate, com algum nível de álcool no sangue acima dos limites considerados apropriados pela lei, entraram no carro e decidiram dar uma volta no centro, só de brincadeirinha.

Era noite de neblina densa, e as ruas estavam desertas. Não conseguiram se divertir com nada e resolveram voltar para casa. No retorno, avistam uma moça parada em uma esquina. Às quatro da matina, sozinha, na rua... Será que ela era o que eles estavam pensando?

- Ó lá... É prostituta!
- Como tu sabe disso?
- Pô, a essa hora, sozinha na rua? Tá trabalhando, eu não tenho dúvida!
- E se ela estiver esperando o ônibus!
- Que ônibus, cara... Vou parar o carro perto dela.
- Não para, nada!
- Vou, sim! Eu paro o carro e tu baixa o vidro e pergunta se ela é prostituta.
- Tá doido? Eu não vou fazer essa pergunta pra mulher!
- Qual é o problema? Ela tá acostumada!
- Se ela for prostituta, deve estar acostumada, sim! Mas e eu lá vou saber se ela é prostituta?
- Ué, a gente só vai saber se tu baixar o vidro e perguntar pra ela. Olha aí, ela tá vindo pra perto do carro.
- Vamos embora!
- Cara, baixa o vidro e pergunta se ela é prostituta!!

O vidro é baixado, a moça aproxima-se e o rapaz encabulado nada diz.

- Pergunta!! – o outro grita.
- Hã... Bem... É que...
- Sim? – a moça presta atenção.
- É... Tipo assim... Qual é o esquema?
- Qual é o esquema...? Como assim?
- É, qual é o... Esquema...?
- Só pra ti ou pros dois juntos?

Então ele se vira para o amigo, feliz da vida, fazendo sinal de "joia" com o polegar da mão direita:

- É! É puta, é puta! É, sim!

Abaixo o Photoshop!

Dá uma CLICADA na foto abaixo e vê se eu não tenho razão. Mulher bonita não precisa de Photoshop! Abaixo o Photoshop! Viva a Megan Fox! E abaixo o David Silver do Barrados no Baile, que tá pegando ela! Maldito!! Fidumaégua!!!

Mulheres e Champagne

(Sim, NADA desse título chegou NEM PERTO de mim nesta semana - e na anterior e na anterior. Não gosto muito de champagne, gosto muito de mulher, mas uma coisa eles têm em comum: passaram longe de mim.)

O terapeuta da minha amiga conta uma historinha (você não fica irritado quando vê aquele MALDITO acento agudo completamente fora de contexto em um diminutivo de palavras como "André", "pé", "história", etc.? PÉZINHO, ANDRÉZINHO, HISTÓRINHA é DOSE, amigo. É dose. Enfim.), uma singela historinha quando ela resolve reclamar da vida dela.

(A maioria do texto está entre parênteses. Então, só pra piorar, vou enfiar mais coisa aqui, ó. Deixa eu ver... Ah. Tá. Não tem nada de especial. Vou seguir com o texto, então.)

O relato fala do Zé, que neste caso chama-se Zé, mas poderia se chamar ZÉZINHO, se o interlocutor se referisse a ele pelo diminutivo e enfiasse o acento agudo onde não é permitido. O Zé, depois de passar seu dia limpando latrinas cheias de dejetos putrefatos em seu maravilhoso subemprego, passava no sebo ("cebo"?) do Antônio e comprava uma Playboy velha, daquelas cheias de orelhas, com as folhas meigrudadas, meidesbotadas, meigastas... Saía de lá e partia para a farmácia. Lá ele comprava um sonrisal.

Chegando em casa, o Zé tirava seus chinelinhos de dedo e ficava confortavelmente de pés descalços. Sentava-se em seu banquinho rachado, com um dos pés remendado com fica isolante, pegava um copo com água, abria a Playboy no pôster, colocava o sonrisal na água e, ao som do TSHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH dizia, em voz alta:

- AHHH, MULHERES E CHAMPAGNE! QUE VIDA!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Voltando Devagar

Estou voltando... aos poucos. Tem email pra caramba aqui.

Vou postar rapidinho pra contar algo engraçado: tem uma merda de mosca me enchendo o saco aqui. São 2h da matina e a mosca zanzando nos meus cornos. Mosca não dorme à noite, porra???

Então, abri a janela pra feladaputa sair, pq não tenho um mata-moscas. Com a janela aberta, UM MORCEGO TENTA ENTRAR. Eu fecho a janela BEM NA HORINHA, bem no bicho. Até fez "CREC!". Agora ele tá esmagado na janela, e a mosca continua aqui, zanzando nos meus cornos.

Maldita.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Muito Foda

- Gostaria de apresentar o maior componente desta banca, o Professor Doutor Bacharel Engenheiro Adevogado, membro univitelício da ADEBRA, a Associação Brasileira dos Adevogados, parnasiano de coração, romântico de nascimento, esse ser muito, muito foda mesmo, Diógenes Astulfo!

CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP! - aplaudem as duas pessoas da plateia, mesmo que isso não tenha mais acento agudo atualmente.

- Ora, ora, quem sou eu para ser apresentado de forma tão eloquente por Vossa Excelência, senhor Juiz do Trabalho, especialista em Direito do Trabalho Marciano, Direto Canônico, Direito Administrativo Longitudinal, pós-doutor em Aeronáutica, golpista internacional nas horas vagas, mestre nos disfarces, praticamente um Batman, Professor Marcelino Yogurte!

CLAP CLAP CLAP CLAP CLAP! - aplaude a UMA pessoa da plateia.

- Estamos também acompanhados pelo Professor Novaiorquino Pereira de Albuquerque, que, dentre outros títulos, ganhou a Libertadores e três Gauchões.

- Três Gauchões, Professor?

- Sim, sim. Isso foi antes de eu entrar para a Mecatrônica. Mas isso, obviamente, não é nada perto de quão foda Vossas Excelências são. Claro.

- Não, por favor, Professor Novaiorquino.

- Não, por favor digo eu! O senhor é muito mais foda do que eu! Claro que é!

- Não, não, não... Por favor... Por favor...
A passasgem não vai ser tão rápida assim (vide post abaixo).

Hoje (ontem, né, porque já passou da meia-noite) a bruxa tava solta lá no trabalho. TODAS - eu disse, com todo o caps lock possível, TODAS - as mulheres do meu serviço estavam com dor de cabeça e/ou irritadas, brigando com outra. TODAS. Já entendeu o caps lock? Este que cá digita ainda foi o mediador em uma briga feminina. Pela segunda vez desde 2007, diga-se de passagem.

Fiquei pasmo quando a trocentésima colega que estava com dor de cabeça falou que um grupo de mulheres, quando convive por muito tempo, começa a entrar em sincronia, e aí começa a menstruar na mesma época, ter TPM na mesma época, enfim.

PUTA MERDA! Isso é um bando! Parece coisa de alienígena, sei lá, desse programa novo (velho) aí, o V, no qual os aliens fingem que são humanos pra dominar a Terra! Fiquei com certo receio.

E não me canso de dizer a seguinte frase: não confio em bicho que sangra por vários dias e não morre...
Tô em passagem rápida aqui só pra atualizar alguma coisita assim, rapidamente.

Encontro-me em estado SEMI-ÉBRIO. "Ora, o que é isso, Papai Smurf?", você pode perguntar. Então eu respondo: tô com quantidade de álcool no corpo que é suficiente pra me deixar um pouco (mais) feliz, mas que não é suficiente pra me IMPEDIR de digitar corretamente.

Porque (a gente pode começar frases com "porque"?) tenho que dizer: É FODA digitar enquanto se está bebum. Eu não sei qual é a razão, mas eu, quando chego em casa depois do bar, tenho vontade de ficar mandando e-mails alcoólicos para os meus amigos. E eles são ortografica e esteticamente TOSCOS. Claro, porra, é FODA DEMAIS conseguir digitar alguma coisa com álcool na cuca! Isso não é prática só minha; tenho amigos que fazem isso também. É muito engraçado. Recomendo. Mas tem que ser LEGÍTIMO, viu? Não fique fingindo bebedeiras em cima do teclado. A gente sabe quando elas são falsas.

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Tô indo, daqui a pouco, para os Estados Unidos Obâmicos da América, pra encontrar meu irmão e minha cunhada. Além disso, de encontrar família, o que vamos fazer por lá? Não me canso de dizer: meu menino, minha menina, NÃO DESISTA NUNCA! Nunca é tarde para realizar vossos sonhos! Pedi esse presente para os meus 15 anos de idade, e ele não veio. DEZESSETE ANOS DEPOIS, a glória: MEUS PAIS VÃO ME LEVAR PARA A DISNEY!!

É sério, vou dar um beijo no Pato Donald. É um sonho que será realizado. Vou poder perguntar "caralho, Donald, por que diabos tu usa uma toalha pra tapar tuas 'partes de baixo' depois do banho se, quando tu tá 'vestido' tu não usa calça nem cueca???".

Eu sou fã do Donald. Do Pluto, não. O Pluto é uma blicha.

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Mais uma cantada de pneus. Eu moro na zona da cidade com maior frequência de cantadas de pneus por esquina. Daqui a pouco vai dar merda. Pior é que eu sempre fico torcendo pelo BUUUUMMMM! (onomatopeia tentando simular o som de uma batida de automóveis) que vem depois da cantada de pneus, mas isso não tem acontecido. Que azar.

Tá. Tá. O último parágrafo foi muito maldoso. Eu sei. Mas eu tô SEMI-ÉBRIO, cacete.

Tchau! Talvez eu atualize isto aqui lá nos EUA. Ou não.

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)