terça-feira, 30 de outubro de 2007

Doutor (não, não tem graça)

O sonho de Humberto era ser doutor.
A vida inteira sonhou em ser doutor.
Fez um vestibular para ser doutor. Mas foi reprovado.
No ano seguinte, outro. Foi reprovado novamente.
No próximo, mais um teste. Outra reprovação.
Tentou outra faculdade, outra com a qual, pelo o que ouviu, também poderia ser doutor.
Foi aprovado.
Os anos se passaram, e Humberto estava feliz com a chegada do momento no qual sagrar-se-ia doutor.
Veio a colação de grau. "Pronto. Sou doutor", pensou.
Meses depois, como adevogado, abriu um escritório de adevogacia.
Junto à sua mesa, claro, o jaleco e o estetoscópio. Estava realizado. Era doutor.
Num belo dia, um senhor adentra o escritório e, em conversa sobre amenidades, afirma: "doutor, meu filho, só é quem fez DOUTORADO".
Humberto, então, matou-se.

(Eu DISSE que não tem graça!)

3 comentários:

Juliana disse...

Isso tinha que virar lei. E a exigência de ser chamado por este títulos em ter o curso deveria ser caso de multa!

Rafael disse...

Hmm... esse assunto pareceu-me familiar... ;)

Abraço!

Fonseca disse...

Pois é, dotô... ;)


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)