terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Fim. (Fim?)

São 21h do penúltimo dia do ano. Passei o dia inteiro jogando videogame. Depois de passar um dia todo fazendo algo tão produtivo, paro pra pensar em certas coisas que a tal da virada vai me fazer pensar pro ano que vem.

Ok, essa última frase não tá lá muito compreensível, mas faça uma forcinha! Me dá uma mão, pô. É fim de ano! - não sei o que isso quer dizer, mas já ouvi esse "pô, é fim de ano!" como desculpa pra tanta coisa que acho que ele serve pra dar desculpa pra tudo.

- Pessoal, quero isso pronto hoje, certo?
- Pô, chefe! É fim de ano!

- O senhor matou a minha filha??
- Pô, é fim de ano!!

A tal da virada, na minha opinião, e sem medo de rimas idiotas, é uma furada. Será que a coisa muda assim, magicamente, só porque jogaram o calendário véio fora e compraram um novo?

- É agora, gente! É agoraaa! TRÊS, DOIS, UMMM... FELIZ ANO NOVOOO! Ih, peraí...
- Peraí o quê?
- Eu ainda sou pobre!!!
- E eu ainda peso 150kg!!
- Merda! E o meu marido não morreu!!

Então, por que eu tô pensando no que a virada vai me fazer pensar pro ano que vem? Será que eu vou:

1) virar galã de novela?
2) ganhar, pelo Newcastle, o campeonato Inglês do Winning Eleven do Playstation 2?
3) ganhar um Playstation 3?
4) finalmente comer um Whopper PENTA com bacon e queijo duplo?
5) beber aquela cerveja Duvel, que custava 60 conto no Big, e eu me recusava a pagar tanto por uma garrafa de cerveja, e a mesma garrafa agora tá custando 40, e se ela baixar pra 20 conto eu levo?
6) parar de falar sobre cerveja?
7) voltar a falar sobre escatologia?
8) voltar a estatalogiar (HEIN?? Que verbo é esse?) religião, novelas, amantes de animais, forrós, axés, pagodes, carnaval, etc.?
9) arrumar o que fazer na vida?
10) Essa aqui não tem nada. É que 10 é um número redondo, e eu gosto de números redondos.

Então, passem a tal da virada do jeito que vocês quiserem. Já adianto que patuás, pataquás, pular "N" ondinhas, usar cueca branca com bolinhas amarelas, acertar um soco no dente cariado da sogra, entre outras mandingas de ano novo, não adiantarão muita coisa.

E lembrai: CUIDADO COM OS BICHOS QUE CISCAM PRA TRÁS! Eles são traiçoeiros. Não sei o porquê, mas em um reveilão alguém me repassou esse aviso.

Ah, sim. Comer ovo, pode. Segundo a mesma pessoa que me disse que não era pra comer carne de bicho ciscador pretérito, o ovo pode ser comido. Deve ser porque um simples ovo não consegue ciscar, seja pra frente, seja pra trás.

Amém. Ou não.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Ganhei um violão. Papai e eu entramos em uma loja de móveis para casa e, estranhamente, em cima de cada sofá que estava à venda havia um violão. Eu nunca tinha visto algo assim. Uma loja de móveis que, de lambuja, vende violões. O pai olhou pra minha cara e perguntou e aí? Queres um violão vagabundo?, eu retruquei, meio insolente, meio mal agradecido, mas eu nem sei tocar... Ele olhou pra minha cara novamente, eu não tô te perguntando isso, perguntei se tu queres um violão! Então eu agradeci e ele comprou o instrumento... Agora me deparo com ele, aqui, ao lado do computador, olhando pra minha cara, dizendo ei, tu aí, não vai tocar nada? Bem que eu tô tentando, mas se a maldita música tem um FÁ eu me FU, porque É IMPOSSÍVEL FAZER A PESTANA DO FÁ. MALDITO FÁ. VAI PRA FUTAQUEFARIU!

Tô gostando de escrever como o Saramago.

(Para entender a futaquefariu: o homem entrou na loja e perguntou ao vendedor o senhor tem uma televisão pílipis? O vendedor explicou é fílips, não é pílipis, e não temos, não, senhor, o homem então perguntou se eles tinham telepunken, o vendedor corrigiu novamente, é telefunken, senhor, e também não trabalhamos com essa marca, o homem, já irritado, fez a última pergunta vocês têm, então, pílco? O vendedor falou não se diz pílco, é fílco, e o homem irritou-se por completo e falou ENTÃO VAI PRA FUTAQUEFARIU!)

Natal menos Natal

Eu já disse isso no ano passado e tornarei a dizer outra vez novamente, sem nenhum medo de ser feliz enquanto pessoa individual humana eu mesmo que vive cometendo pleonasmos por aí: o Natal tá cada vez menos Natal para mim.

(Lembrei da infame piada do "Batman pra mim?".)

(Tô lendo o "Ensaio Sobre a Cegueira", do Saramago. Prepare-se para um parágrafo gigante e com pontuação esdrúxula. Sim, esdrúxula pra mim, né... Eu não sou o Saramago! Se fosse ele escrevendo este blog, aposto que todo mundo iria adorar a (falta de) pontuação!)

Não sei se é pelo fato de não haver mais crianças na minha família, acho que esse é o principal motivo. Ninguém espera pelo Papai Noel, aquele velho coitado que usa roupas grossas, botas, cabelão e barba comprida em pleno VERÃO, ninguém troca presentes, eles já foram dados antes da ceia, e, por esses motivos, ninguém espera a meia-noite pra comer. O churrasco, sim, comemos churrasco, e não aquele peru seco com saladas e farofas doces, tudo muito seco, uma comida meio sem graça em minha opinião, começa lá pelas nove da noite, a cerveja, sempre ela, já rola solta desde o início da queimação do boi morto, às vezes é uma vaca; (PUTAQUEPARIU, UM PONTO-E-VÍRGULA!!) eu nunca sei se é boi ou vaca!... então, fica meio difícil estarmos todos acordados à meia-noite, principalmente a minha vó, que tem quase 80 anos e já tá, a essas horas, roncando com a pancinha cheia de picanha e vinho. A vó toma vinho, não toma cerveja. A vó também não come camarão. É das poucas pessoas que eu conheço que têm essa maluquice. Pra dizer a verdade, a vó é a única pessoa que eu conheço que não gosta de camarão, onde já se viu não gostar de camarão? Diz a vó que é porque ela não consegue mastigar o bicho. E isso não acontece porque a dentadura dela tá ruim, viu, pois eu sei que ela trocou de dentadura há alguns meses, e essa ojeriza a camarão dela vem de longa data, desde os tempos nos quais ela ainda mantinha seus dentes "permanentes"... Ou seja: é uma janta como qualquer outra. Tem churrasco, tem cerveja, tem a vó cabeceando o ar, dormindo porque tomou um monte de vinho e, porra, ela não escuta o que os outros estão falando mesmo, então nem precisa participar das conversas, não tem presentes, não tem Papai Noel usando um monte de roupas e suando pra cacete...

...não é Natal.

Aliás, o que é Natal?

Pedacinho do meu "livro"

(Tô escrevendo um "livro". Eu sempre coloco as devidas aspas porque ele não chega a ser um livro. É simplesmente um "livro"; é uma tentativa... É um "livro" de crônicas. Tó uma delas aí.)

Gordo sofre. Eu sei disso, pois eu sou gordo. Eu sei o que é sofrer por ser gordo. Hoje sou menos gordo do que já fui (até quando permanecerei “menos gordo”, não sei. A tentação diária para voltar ao meu peso recorde é grande.). Já tive banha suficiente, acumulada em minha protuberante pança, para, sentado na cama, não conseguir levantar os pés até o alcance das mãos e poder amarrar o cadarço dos sapatos. A barriga, que me acompanha larga desse jeito desde, creio eu, meus dez anos de idade, ficava no caminho entre os braços e as pernas e não havia jeito de eu amarrar os cadarços. Era triste.

Achar uma solução era imperativo. Eu não podia mais ficar daquele jeito. Então, eu resolvi ousar: comprei sapatos sem cadarços. Grande sucesso.

O gordo não gosta de ser tratado como gordo. Mas eu não tenho problemas com isso. Sou gordo, oras. Gosto de comer. Como mesmo, com prazer, e, por causa disso, eu engordo. Lei da natureza.

Entretanto, a lei da natureza, eu preciso assinalar, tem suas exceções. Os gordos de alma. Só de alma, pois seus corpos não demonstram efeito de suas andanças gastronômicas. Eu fico possesso com esse tipo de gente. Tenho amigos assim. Não sei para onde vai a comida que eles ingerem. Comem feito mamutes, tanto quanto eu, e só a minha pança aumenta. A deles continua na mesma. Para onde vai a comida?? Para o dedão do pé?

Sobre o exato oposto, certa vez meu chefe afirmou a seguinte máxima: é possível engordar comendo pouco. Segundo ele, a pessoa come pouco e, mesmo assim, engorda. “Não sei por que eu engordo! Eu como tão pouco!”, ele reclamava.

É. Naquele breve momento eu perdi o respeito que sempre tive por ele e falei que o “pouco” deveria ser:

- só um copo de banha;

- só uma pizza família por dia;

- só uma caixa de bombons a cada hora do dia;

- só um pigmeu gordinho da Costa do Marfim nos churrascos dos finais de semana.

E as pobres gordinhas (preste atenção no eufemismo! Eufemismo é crucial quando temos que tratar das gordinhas!)? Coitadinhas, a maioria não suporta nem que olhemos para elas... Imagina, então, chamá-las de gordas! Isso não se faz.

Nada tenho contra mulher gordinha! Ser gorda não é sinônimo de ser feia, assim como ser magra não significa ser bonita. Já testemunhei o seguinte diálogo: a moça voltava das férias, e alguém notou que ela havia perdido alguns bons quilos durante seu afastamento.

- Puxa vida, Fulana, mas como tu estás magra!

- Ai, muito obrigada!

- “Muito obrigada”, por quê? Não estou dizendo que tu estás bonita...

Rápido parêntese. Outro diálogo que ocorreu entre essas duas pessoas foi:

- Eu quero um homem tuuuudo de bom! Quero um homem rico, lindo, cheiroso, forte, alto, simpático, educado...

- Beleza. Tu queres esse homem “tuuuudo de bom”. E por que tu achas que ele, sendo o maior partido do mundo, iria querer logo tu, sua porcaria?

É difícil. Elas ficam nessa obsessão por serem magérrimas. Isso advém da pressão imposta por todos os que as circundam, e pela mídia, principalmente. Só que há pessoas que, mesmo não gostando de ser como são, nada fazem para deixar de ser gordas!

Uma amiga, outro dia, estava injuriada por causa dos espelhos que determinada loja de departamentos coloca nos seus provadores. Esbravejava, falando que aqueles eram os espelhos do inferno, pois ela podia enxergar seu corpo por todos os ângulos possíveis e imagináveis. Falava mal da loja, acusando seus responsáveis de serem burros, uma vez que as mulheres podiam sentir-se constrangidas ao verem suas imperfeições, culotes, celulites, gordurinhas, etc. e, com isso, não comprariam roupa alguma.

- Que raiva! Quando eu vi meus culotes em trezentos e sessenta graus, vi que eles estavam enormes! Eu sabia que elas são grandes, mas não pensava que fossem tão grandes assim! Vesti as minhas roupas velhas e atirei as que eu iria comprar em direção à atendente! Saí correndo da loja e...

- ...e resolveste tomar uma decisão pra diminuir os culotes, certo? – perguntei.

- Claro que não! Só por birra, fui à sorveteria e pedi uma banana split com duas bolas de sorvete extras! Foda-se! Malditos culotes! Merda!

Há, obviamente, quem lida melhor com sua obesidade em relação aos olhos alheios. Uma das fofinhas que conheço adentrou a sala da repartição. Havia voltado do consultório do endocrinologista. Olhou todos trabalhando, silêncio total, e soltou o desafio:

- Quem acertar quanto eu estou pesando ganha um doce!

Os companheiros de serviço levantaram a cabeça e ela desafiou um deles:

- Beltrano! Duvido que tu acertes o meu peso!

(Avanço! Usei “Beltrano”, em vez de “Fulano”!) Então o Beltrano disse:

- Pô... Só olhando para a senhora eu não tenho como acertar... Não tenho como afirmar com certeza... É difícil! – lógico. Como alguém iria falar com sinceridade a uma pessoa obesa o quanto acha que ela pesa? – Setenta quilos?

- RRRRÁ!! Errado! E tu, acertas quanto eu estou pesando??

Eu a olho de cima a baixo e (claro!) minto:

- Ih, não sei. Eu concordaria com ele, porque eu acho que a senhora tava pesando uns setenta, a senhora é baixa... Mas, já que ele errou, vou chutar uns oitenta... – chutei, pensando que ela poderia até sentir-se ofendida.

- Também errou! Ninguém vai acertar, então eu vou dizer! UM, ZERO, ZERO! Cem quilos!! Fui ao médico e ele me passou um regime. Agora vou ter que comer moderadamente, ou a minha saúde vai pro brejo!

A chefa passa pela sala e ela pergunta:

- Sabe quanto estou pesando? Cem quilos!

- Cem? Poxa vida... Tu tens que te cuidar!

- Mas o médico falou que quarenta por cento do meu peso é apenas água!

- Ah, é água? Então entra numa centrífuga, pra emagrecer!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Cabelo Burocrático

Tô cansado. É por isso que este blog tá jogado às traças. Tenho trabalhado bastante (quem diria que aos trinta anos de idade eu iria tomar vergonha na cara??), então não tenho muita vontade de, depois de passar o dia inteiro em frente a um computador, chegar em casa e ficar na frente de um... computador.

Mas eu tô aqui pra falar do meu cabelo burocrático. Eu sou funcionário público, sou um filho da burocracia (meus pais são funcionários públicos), e, de tanta burocracia, meu cabelo tá ficando burocrático.

Tá uma coisa meio sem graça, sabe? Antes ele tinha certo volume. Certo peso. Eu saía do banho, sacudia a cabeça, e ele ia pro lado que a cabeça mandava. Cabeça pra esquerda, cabelo jogado pra esquerda. Pra direita isso também acontecia.

Agora, não. Meu telhado tá parecendo uma penugem. Fica ali, impávido, "imexível", sem se mexer pra nenhum lado. Não tem peso. Quando ele seca, fica dividido, apesar dos meus esforços para que isso não aconteça; um pouco mais da metade pra um lado, o resto pro outro. E é isso. Tá uma burocracia só.

Acho que ele tá começando a sentir os efeitos do princípio do "carequismo". E, se o carequismo vier com força total, meu cabelo provavelmente vai pedir pra que ele protocole todo e qualquer pedido em duas vias, já informando que a provável futura demora no atendimento será justificada pelo acúmulo do serviço, devido à falta de mão-de-obra.

(Tá, eu sei, o texto não teve lá muita graça, mas eu tô cansado, pô!!)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

"Mãe, quanto custa um iPhone?"

Por que diabos eu quero um iPhone?

O que vai mudar na minha vida se eu tiver um iPhone?

Vou ganhar mais dinheiro?

Vou comer pra caramba sem engordar?

Vou beber ÀS VERA sem ficar bêbado?

Vou... vou... (Pausa para pensar na vida: hmmmm. É. Não tenho feito lá muita coisa que preste na vida além de trabalhar para ganhar pouco, comer e beber.)

Quais as vantagens trazidas por um iPhone 3G? O que ele vai fazer por mim? Qual vai ser a diferença?

Já estou vendo quando alguém ligar para mim:

- Alô.

- Senhor Leandro?

- Sim, sou eu. Falando de um iPhone 3G.

- Certo, senhor Leandro. Eu sou de uma empresa de crédito pessoal. O senhor está interessado em financiamento com desconto em folha?

- Tu tá notando que eu tô falando de um iPhone 3G?

- Não, não estou.

- Mas como assim? Isso aqui é um iPhone 3G, minha filha! Olha que diferença! Olha a qualidade! Que espetáculo!

- Não, não estou notando nenhuma diferença, senhor Leandro...

Ou seja: acho que não vai mudar droga nenhuma.

MAS POR QUE DIABOS EU QUERO UM IPHONE????? Maldito consumismo exacerbado! Maldito!

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Fim de Ano

Fim de ano taí, e com ele estão vindo as festas da época.

É simplesmente impossível manter uma dieta saudável nessa époc...

Peraí. Este texto tá gay demais. Deixa eu reformular.

Porra, vou beber e comer PRA CARAMBA no monte de festas de fim de ano!! É festa do serviço, é festa do serviço da esposa, é festa de fim de ano da academia (na qual, pasmem, não correremos, não faremos nenhum exercício, etc.. Só COMEREMOS e BEBEREMOS), é festa com a família, com os amigos...

...e tudo se resume a TRAGO e COMIDA.

Alguém teve o DESPEITO de sugerir o seguinte:

- Pô, vocês só fazem festa pra comer e beber? Não dá pra, sei lá, fazer um SARAU LITERÁRIO de vez em quando?

Olha, de repente, até rola. Mas que cerveja haveria nesse tal de sarau aí, hein?

A vida é bela, quando vivida à mesa. Às favas com os malditos regimes! Tragam a minha "calça de gordo"! Coloquem as alfaces, rúculas, repolhos, agriões, grãos-de-bico e afins no lixo! Busquem mais cerveja, porque só isso aqui não será suficiente! Joguem fora o meu cinto! Não precisarei mais dele até o ano que vem!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Por quê?

Por que, me diz aí, eu não deixo UMA passar?

UMINHA? (Ou... UMAZINHA?)

Sabe aquele email cujo título é "Você é babaca?", que traz várias situações do tipo "se a pessoa lhe diz 'bom dia' depois do meio-dia e você responde 'boa tarde'" e diz que tu é babaca se tu te enquadrar em algumas daquelas situações?

Pois é. Eu sou o campeão mundial de babaquice, então. Eu faço tudo aquilo. Desde "isso é pavê. E pacumê, não tem?" a "rá! O fulano é viado! Tá fazendo 24 anos. Vinte e quatro! Vinte e quaaatro! Rááá!!", eu faço aquilo tudo.

E se eu não faço, se eu fico quieto, pode deixar que eu, ao menos, PENSEI em fazer. A melhor de todas, a que tem mais graça, é a de embolar a cantoria do Parabéns a Você. Sou fã de embolar Parabéns a Você. Eu só fico cantando PARABÉNS A VOCÊ, PARABÉNS A VOCÊ... PARABÉNS A VOCÊÊ-ÊÊÊ... PARABÉNS A VOOOOOCÊÊÊÊ...

Hoje uma colega chegou no trabalho com o cabelo mais curto. Outra colega notou e perguntou:

- Cortaste o cabelo?
- Não, não... - eu disse - O cabelo dela fugiu da cabeça da coitadinha, foi isso.

Elas continuaram o diálogo:

- Cortei, sim! Eu tava esperando as aulas da faculdade terminarem pra dar um jeito na minha cabeleira! Já não tava mais agüentando.

E a outra perguntou:

- As tuas aulas da faculdade terminaram???

Pô. Se ela cortou o cabelo... Se ela disse que CORTARIA O CABELO QUANDO AS AULAS TERMINASSEM... As aulas TERMINARAM??!

Eu sei. Eu sou babaca.

Babacas aparentemente não têm discernimento no tocante a "frases de surpresa".

- Fulano! Chegaste??
- Não. Isso é um holograma dele.

- Eu não gosto de camarão.
- Tu não gosta de camarão?!?!
- Tá. Eu gosto. Antes era o meu gêmeo malvado falando. Agora sou eu, olha: eu gosto de camarão.

Tá. Parei por aqui, pra ninguém ficar achando que eu sou MUITO babaca.

domingo, 30 de novembro de 2008

Em Natal

Tá, esta semana foi fraquíssima no quesito "posts no blog". A verdade é que ela foi fraquíssima no quesito "tocar no notebook". Trabalhei bastante, por mais incrível que isso possa parecer, e, quando eu voltava pra casa, a última coisa que eu queria fazer era mexer noutro computador, depois de passar o dia em frente ao micro lá do trabalho...

O que eu tenho a escrever sobre Natal... Hmmmmm... Não consigo parar de pensar em trocadilhos imbecis com o feriado e a capital do Rio Grande do Norte, que foi fundada, diga-se de passagem, no dia de Natal...

Ah: o que mais me chama a atenção quando eu saio do Rio Grande do Sul é o quão gigante este nosso País é. Barbaridade, às vezes eu me pegava olhando praquele povo, pensando "putzgrila, eles não têm muito a ver conosco e vice-versa!"... Os costumes são muito diferentes! O jeito das pessoas é muito diferente!

No restaurante do hotel, por exemplo: jantamos por lá quase todas as noites. Em uma delas, o garçom, que conversou durante toda a janta conosco EM PORTUGUÊS, nos atendendo EM PORTUGUÊS, veio no final da janta e perguntou para mim:

- Señor, qual és la habitación?

Eu parei, fiquei olhando pra cara dele e disse:

- Tá, não entendi nada. Agora tu me refaz a pergunta, mas fala tudo em Português, tá?

- Vocês são brasileiros? - ele perguntou, pasmo.

- Sim!! Tu não percebeu?? Tu falou a janta inteira conosco!!

- Ah, eu pensei que vocês fossem argentinos, e que ESTAVAM TENTANDO FALAR PORTUGUÊS comigo...

Mas que barbaridade. Preciso de umas aulas de Português. Ou de uma fonoaudióloga.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

De volta?

Tô meio sem saco pra escrever neste momento, então, só pra registrar o retorno deste espasmódico blogueiro ao maravilhoso mundo da (sem medo de pleonasmos!) Internet mundial, aí vai a CRASE ALEATÓRIA EM MURO DE LUGAR ALEATÓRIO DO DIA:

"FODA-SE À POLÍCIA"

(na Praia da Ponta Negra, em Natal/RN)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A vida é uma merda, e, por causa disso, este blog estará parado até, acho eu, dia 24 próximo, pois este que cá escreve estará, INFELIZMENTE, FAZENDO MUUUUITO ESFORÇO, SOFRENDO PRA CARAMBA, em Natal/RN.

[piada idiota on]
O mais estranho nisso tudo é que ainda é novembro.
[piada idiota off]

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Crêuza abre a janela do quarto e coloca o braço para fora. "Hoje vai fazer calor!", ela pensa.
Abre o armário e procura uma "brusinha fresquinha". Pega a azul, aquela, a menorzinha de todas, e a veste.

Sai do quarto e vai toda saltitante até a cozinha, onde o Néuço, seu marido, está a comer sua rabanada com doce de leite e sua tradicional Nova Schin do café da manhã - o Néuço sempre diz: "eu sô um TOMÓVI! Eu tenho que acertá a lenta com Nova Schin todas as manhã!".

Então o Néuço tá lá, acertando a lenta, quando a Crêuza adentra a cozinha e se abaixa um pouco para dar um beijo de bom dia no marido. Então, o Néuço só consegue prestar atenção no DEGOTE da Crêuza.

- Porra, mulé, pra que esse degote todo, caralho?

- Que degote??

- Essa merda de degote dessa brusa que tu tá usando, cacete!

- Ah, essa coisinha aqui? Sai fora, seu babraca! Nem tá aparecendo nada! Seu chato!

- Tá, sim! Tô vendo as metade das tuas teta aqui! Então, por um pobrema de lógica: se eu tô vendo as metade das duas, TÔ CONSEGUINDO VÊ UMA TETA INTEIRA, PORRA!

- Dêxa de sê chato, seu merda! Nem tá aparecendo nada! Isso aqui que tá aparecendo é pele, tá? PE-LE! Os pobrema só é quando aparece as rodela das teta... E eu nem tô mostrando as rodela. Outro dia eu vi uma brusa pra comprá assim! Era TRANSFERÍVEL!

- Era o quê?

- Transferível! Tu não sabe que palavra é essa?

- Olha pra minha cara, sua tetuda, e vê se eu sei... Claro que não, porra!

- Transferível, sua mula! Dava pra TRANS-FE-RI pela brusa! Se eu não usasse sutiên, tu ia vê as minha rodela com aquela brusa!

- Aposto que tu tá muito a fim de mostrá as rodela por aí! Por que tu não compra uma calça transfer... Transder... Transpor...

- TRANSFERÍVEL!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Tríplice Coroa

Três posts (sem contar com este, que não serve pra nada, a não ser alertar) numa sentada só! Não é pra qualquer um!

Hein?

HEINNN?

Quantum of Solace

Vi que no fim de semana passado estreou nos cinemas (inclusive no cinema esquecido e esquecível de Pelotas) o filme 007 - Quantum of Solace.

Peraí... Hã?

Que que é Quantum of Solace? Eu não consigo traduzir "quantum of solace", e a produtora do filme aqui no Brasil também não consegue! Os títulos brazucas dos filmes do Jâmis Bôn sempre foram "007, Com Licença pra Escorraçar Todo Mundo" ou "007 Pronto para o que der e vier, principalmente para quem vier e der", ou "007 Contra a Máquina de Fazer Pão Assassina" e coisas do gênero.

Esse, não. É "007, Quantum of Solace".

Tipo assim... QUANTUQUÊ?

Tosco?

Aconteceu na última sexta-feira:

Entro no elevador. Junto, entra um senhor com mais ou menos 50 anos de idade.

Aperto no botão "6".

Ele, mais perto dos botões dos andares do que eu, pergunta:

- Qual é o QUARTO ANDAR, hein?

Eu olho com cara de "panaca sarcástico" e respondo:

- Olha, GERALMENTE é o "4"...

Ele sorri aquele sorriso amarelo e aperta o "4".

Saí do elevador pensando "bah, e se o cara fosse analfabeto? Eu teria respondido dessa forma tosca para uma pessoa que não sabe ler e escrever..." Tsc, tsc, tsc...

Não foi o caso, mas e se fosse?? Eu sou um animal mesmo...

Eu tô ficando ressabiado...

Tô com medo. Não tenho recebido, como outrora recebia, tantos dos tradicionais emails com mulher pelada.

Eu recebo esse tipo de email (eu e todo e qualquer heterossexual que se preze) desde os idos de 1996, quando comecei a freqüentar o maravilhoso mundo da Internet. A resolução das fotos era beeeem pior naquela época. E, se a foto fosse maior do que de costume, levava um tempão pra gente baixá-la, o que tornava o mistério bem maior... Primeiro aparecia a cabeça da mulher... depois os seios... depois a... a... bem, o resto dela.

Aí é que tá o problema: o RESTO, atualmente, tá meio deturpado em alguns emails que chegam por aqui.

Eu não sei o que tem acontecido com meus amigos/familiares, mas hoje em dia eles têm mandado MUITAS fotos com pessoas... ahn... HÍBRIDAS.

Se fosse nos áureos tempos da Internet discada, eu abriria a foto e primeiro apareceria a cabeça da mulher...

depois os seios...

e depois o... RESTO... daquele ser... HÍBRIDO.

Entende?

A surpresa não seria lá muito boa.

E é o que tem acontecido: tenho recebido um monte de fotos com essa gente ahn... HÍBRIDA, e tô ficando com medo. POR ONDE ANDAM OS TRADICIONAIS EMAILS DE MULHER PELADA, PÔ??

Então, começo a ficar com dúvidas:
1) meus amigos tão virando viados?
2) meus amigos pensam que eu sou viado, por isso mandam fotos de gente... HÍBRIDA?
3) as duas opções acima?

Pô! Quero emails com vagina, pessoal! Por favor! Que saco!

(Não, peraí, que saco, não... Que CLITÓRIS!)

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

A lei referente à adoção mudou há pouco tempo e meus amigos e eu, todos trintões, chegamos à conclusão: como a diferença mínima de idade entre adotado e adotante deve ser de 16 anos, nós já podemos adotar... uma menininha de... QUATORZE anos...

hmmmm...

Tá, vou parar por aqui. Daqui a pouco vão me prender por pedofilia.

"Hein? PEIDOFILIA?"

A peidofilia, vocábulo diferente de pedofilia, como o auto-explicativo nome expressa, é a filia do peido, ou seja, o sentimento sentido por pessoas que sentem que não vêem (esse acento aí o Lula vai abominar da Língua Brasileira, né?) tanto problemas com o lançamento de gás metano na atesmofera do ar do planeta do mundo terra. Ou seja, quem sabe, hããã...

...puta merda, perdi a linha de raciocínio.

Ah, pô. Já tomei três Stella Artois e tá passando o jogo do Milan na Copa da UEFA. Vou lá ver.

domingo, 2 de novembro de 2008

Cidade Pequena

Eu dou risada quando, no trabalho, tenho que mandar uma carta para a taciturna cidade de São José do Norte/RS, que, pelo o que eu sei, só fica ao norte de... de... acho que não fica ao norte de coisa alguma.

São José do Norte (ao norte de quê?) é uma cidadezinha do sul do Rio Grande do Sul (até agora não mencionei o norte... só o sul... O que será que fica ao sul dessa cidade, hein??) com aproximadamente vinte mil habitantes. Todo mundo se conhece e, como eu já havia ilustrado neste post, na maioria das vezes, um não sabe o nome do outro. Quase todo mundo se conhece por apelidos.

Portanto, se eu quero enviar uma carta de notificação para o Sr. Antônio da Silva, na Rua Bento Gonçalves (nome e rua são fictícios, para a manutenção da incolumidade dos personagens da trama. Ou não. Quem sabe?), o mais garantido seria preencher a carta com os devidos apelidos. Sim, as ruas também têm apelidos, e o povo dificilmente conhece os nomes reais delas. É "Rua de Trás", "Rua Direita", "Rua de Cima", "Rua do Zé do Buraco Tapado que Outrora tinha uma Figueira", etc..

E isso é sério! Tenho que colocar o endereço completo na correspondência! "Rua Bento Gonçalves, 332 (mais conhecida como Rua do Meio, perto da casa do Ivo que Vende Amortecedores para Carros, na esquina da casa da Joaninha Mequetrefe)."

Fica meio difícil enviar alguma coisa pra lá. Menos mal que o carteiro já deve conhecer todo mundo...

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Hoje é o dia da redenção: é dia da Fórmula 1 ter mais um campeão brasileiro E um herói nacional. Recebi um email com a seguinte campanha e aqui estou a divulgá-la:

RUBINHO, BATE NO HAMILTON HOJE!!!!!!!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Post em Branco

Este texto está em branco. Quem quiser lê-lo (hein?) que use meio neurônio informático e o selecione com seu MÁUSE.

Rá! Achou!!

Você é pessoa esperta.

E se o mundo fosse formado apenas por pessoas com seu nível de QI...? Imagina só, hein!

Hein?

Hein?

Que legal, né?

Certo, então.

Câmbio e desligo.

Será possível?

Já não basta termos adotado a crise imobiliária deles? Agora estamos adotando o Halloween (nem sei se escrevi direito) também?

Há pouco tocou o interfone no meu apê:

- SIM? - perguntei, com "voz de atender interfones à noite" (aquela voz firme, máscula, forte, grossa... e... tá, vou parar de mentir sobre a minha voz).
- GOSTOSURAS OU TRAVESSURAS! Feliz Halloween!
- É... feliz...

Coloquei o interfone no gancho - e o cachorro da vizinha (sim, é umA vizinhA) não-biodegradável, neste momento, volta com seus latidos noturnos - e os jovens pseudoestadunidenses tocam novamente. Nem atendi.

Sei lá se resolveram cumprir o que manda a tradição ianque - quem não dá gostosuras recebe avacalhações em sua casa, como ovos podres e cocôs frescos na porta da entrada - e detonaram o edifício... Pô, aí não dá, né? Vão inventar algo brasileiro pra fazer, seus macacos de auditório!

P.S.: exemplos de atividades legitimamente brasileiras:
- jogar futebol (ih, isso não veio da Inglaterra?);
- pular Carnaval (não é tradição africana? Sei lá. Nem me interessa saber...);
- roubar do povo enquanto se ocupa cargo político (isso a gente aprendeu com os portugueses, desde os tempos de colônia);
- tá, não sei mais. Enchi.

Aproveitando os comentários...

...nos blogs dos outros.

Comentei um post no Mini Contos Perversos com o seguinte:

"Eu já ouvi de uma mulher a seguinte 'frase pra toco':
- Tu é muito ATEU pra mim..."

Eu já ouvi isso, Sílvio! Tal frase foi seguida de

- Tu tens certeza de que tu és ateu?

Isso me fez pensar. Desde então - e isso deve fazer uns quatro anos - eu passei a classificar a minha "crença", que antes era a crença na existência do NADA

(porra, peraí, vou ali trocar o Winamp e já volto. Tá tocando CRADLE OF FILTH e a "paulêra" da música tá um pouco demais. Não consigo escutar meus pensamentos! Meus dedos não entendem o que o CÉLEBRO tá mandando pra eles digitarem! Ahhhhh. Melhorou. Agora tá tocando Foo Fighters.
Voltando...)

eu passei a classificar a minha "crença", que antes era a crença na existência do NADA, em uma "falta de crença". O próprio fato de afirmar que NADA existe é uma crença, nao é?

Portanto, a partir disso eu passei a me enquadrar como agnóstico, ou seja, "tô aí. Não cago, nem saio da moita. Se deus - ou satã! - aparecer na minha frente e me convidar pra tomar uma cerveja, beleza. Se não, se eu só virar comida de verme e ponto final, beleza também.

Outra coisa que essa moça me ensinou foi: não me envolver com mulher que cuida o sal da tua carne. NO PRIMEIRO ENCONTRO ela olhou torcendo o nariz pro bifão que pairava no meu prato, na janta, olhou pro saleiro, olhou pra minha mão pegando o saleiro, e disse:

- Vais colocar MAIS SAL na carne?

No primeiro encontro?!?!

Pô.

-------

CRASE ALEATÓRIA EM CARTAZ DE LUGAR ALEATÓRIO DO DIA:

"Favor não colocar os pés na parede.

À direção."

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ode ao Cachorro do Vizinho

Canino féladaputa
Cá estou, acordado,
Desde as seis e meia da manhã
Cachorro corno
Desgraçado
Vai latir pra tua mãe,
Bicho viado
Vê se dorme um pouco mais,
Pára de incomodar a vizinhança
Vais virar sabão
Junto com o teu dono

Tá. Não rima, não tem pontuação, nem sei se verso deve ter pontuação, nem esta frase tem pontuação, tô de saco cheio, tô aqui acordado desde 6h30 num dia no qual eu só terei que ir trabalhar às 10h30. Obrigado, seu cachorro PUTO.

domingo, 26 de outubro de 2008

Vida de Gordo

Domingo chuvoso?

Vou lá fazer um bolo de chocolate Alpino, então.
Eu costumo dizer para os colegas que reclamam de seu trabalho que uma vez eu recebi um email que falava sobre o assunto, mostrando àqueles que não gostam de seu trabalho a vida de um chinês que trabalhava no zoológico de Hong Kong. Não recordo se o cara era chinês, e nem se o zoológico ficava em Hong Kong, mas o interessante era a profissão dele:

Coletor de esperma de animais.

O método era o clássico: na mão mesmo. O pobre rapaz excitava os bichos e guardava o sêmen num potinho.

Segundo o coitado, "o orangotango é o mais safado de todos".

Se o fato relatado era verdade, eu não sei. Não dá pra acreditar em tudo quanto é email que a gente recebe diariamente - provavelmente esse que recebi devia trazer como o autor da notícia o Verissimo ou o Jabor.

Lembrei desse papo porque há pouco eu estava de saco cheio aqui em casa, por causa da chuva. De acordo com a patroa, é o sétimo final de semana com chuva. Também não posso dizer com precisão se ela tá com a razão ou não, pois eu não fico marcando quantos domingos chuvosos tivemos nos últimos tempos. Mas a possibilidade de ela estar certa é grande, porque ela SEMPRE está certa.

Abri a janela há alguns minutos, de saco cheio, pra olhar a chuva e, na rua, avistei uma moto que carregava dois botijões de gás.

Sensacional, não é? Eu aqui, de saco cheio, bem sequinho, em frente ao meu computador, e o cara lá, na chuvarada, entregando gás aos panacas feito eu, que estão sentados bem sequinhos na frente do computador.

Vai reclamar da vida noutro lugar, rapá...

P.S.: Combinemos. Entregar gás na chuva é bem melhor do que bater punheta pro orangotango...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O Senegalês

Uma vez eu fui a um churrasco em Curitiba. Era festa da turma de mestrado de um amigo meu. Chegando lá, tava aquele monte de gente diferente, um monte de pessoas novas para ser apresentado e nomes novos pra decorar - e não conseguir decorar...

O mais estranho era que cada um a quem eu era apresentado fazia a mesma pergunta:

- Você já conheceu o senegalês?

Não, eu não havia conhecido o cara. "Tem um senegalês na nossa turma, cara! Olha ele lá." O cara era a celebridade. Veio do Senegal pra estudar no Brasil! Legal! Ele era a atração maior da festa.

Bebi, bebi outro pouco, mais um pouquinho, e enquanto isso acontecia alguém vinha para mim e dizia:

- Daqui a pouco vou te apresentar o senegalês!

Alguns tinham uma preocupação:

- Você fala Francês ou Inglês? É que o senegalês não entende Português.

Então, eu pensava "putzgrila, não entende Português? E como é que esse cara tá tendo aula no mestrado, hein? Os professores falam senegalano, senegalense, senegalencian... opa, qual é a língua oficial do Senegal??" - lembrai, eu já estava ébrio. Pra variar.

Horas de festa se passaram e, finalmente, fui apresentado ao senegalês.

- This is Rafael's friend, Leandro! - alguém me apresentou pro cara. Então eu disse:

- HEY, MAN!!!! HOW THE FUCK ARE YOU DOIN'?????

E o senegalês respondeu:

- No fuck. No fuck.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Gastando Dinheiro com Tinta

Eu, habitante da cidade de Pelotas/RS, tenho uma singela dica para o próximo prefeito municipal, a ser eleito daqui a alguns dias:

Excelentíssimo Futuro Senhor Prefeito: não gaste dinheiro público com a tinta utilizada para pintar as faixas de segurança das ruas de Pelotas. Use essa verba para outras coisas!

O motorista pelotense simplesmente não sabe para que serve uma faixa de segurança. Gastar aquela tinta branca é chover no molhado.

Eu trabalho no Centro da cidade, no Calçadão da Andrade Neves. Vendi meu carro na metade do ano, e virei oficialmente um pedestre desde então. No Centro, faço questão de me jogar na frente dos carros que não respeitam o pedestre que atravessa a rua na faixa de segurança. Faço questão, repito.

Já ouvi por diversas vezes que um dia eu serei atropelado por um desses toscos motoristas, mas não me importo. Xingo o condutor que não respeita a faixa, e agradeço com veemência àquele que pára (uma coisa: o Presidente Lula já aboliu o acento agudo diferencial no "pára" ou ainda posso usá-lo?) seu veículo para que eu atravesse a rua com segurança.

Meu primo inventou um ótimo nome para os obstinados utopistas que brigam pelo bom uso da bendita faixa: Dom Quixote do Trânsito! É isso aí. Sou um Dom Quixote do trânsito. Mas estou pensando em desistir da luta, sabe? É difícil educar esse povo.

Portanto, Futuro Senhor Prefeito, fica a dica. Pare de gastar dinheiro com a pintura das faixas de segurança, pois o motorista não se importa com ela. É inútil.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

TOC, TOC

Acendeu as luzes.
Apagou as luzes.
Acendeu as luzes.
Apagou as luzes.
Acendeu as luzes.
Apagou as luzes.
Perguntou à esposa "AMOR, E A JANTA, ESTÁ PRONTA?".
Ela respondeu, da cozinha: "TÁ!!!".
Perguntou à esposa "AMOR, E A JANTA, ESTÁ PRONTA?".
Ela respondeu, da cozinha: "TÁ!!!!!!".
Perguntou à esposa "AMOR, E A JANTA, ESTÁ PRONTA?".
Ela respondeu, da cozinha: "NÃO, NÃO TÁ!!!!!".
Coçou a cabeça e tirou uma meleca do nariz.
Coçou a cabeça e tirou uma meleca do nariz.
Coçou a cabeça, arrancou uma casca do furúnculo da careca, que começou a sangrar, e tentou tirar, mas não havia mais melecas no nariz.
Levantou-se da cama, tropeçou nos chinelos, bateu de boca na quina da penteadeira da esposa e gritou "AI!!".
Voltou à cama.
Levantou-se da cama, tropeçou propositadamente nos chinelos, bateu de boca na quina da penteadeira da esposa e gritou "AI!!".
Voltou à cama.
Levantou-se da cama, tropeçou propositadamente nos chinelos, bateu de boca na quina da penteadeira da esposa, engoliu quatro dentes e meio e gritou "AIIGHHHZZZXXX!!".
A esposa perguntou "TÁ TUDO BEM??"
Ele respondeu "FÓ FERDI UNF DENTEF! SÁ FUVO VEM!"
A esposa ficou mais tranqüila.
Ele respondeu "FÓ FFFERDIH UNFHH DENTEFXX! SÁH FLFUVO VEMBBH!"
A esposa gritou "CERTO!".
Ele respondeu "FFFÓX FFFFERDIRRRrrr UHHHHNF ZZZZDENTEFXX! PLAH XFUVOJ XELBVEM!"
A esposa disse "TÁ! SE TÁ TUDO BEM, ENTÃO FODA-SE!".
Perguntou à esposa se "FAVA VI VAVARINA SI VAFORVA FORU MAVAZRIUBHHHA???".
A esposa disse "HEIN????".
Perguntou à esposa se "FAVA VI VAVARINA SI VAFORVA FORU MAVAZRIUBHHHA???".
A esposa disse "PUTA QUE PARIU, VOLTARÉM, NÃO TÔ ENTENDENDO NADA!"
Perguntou à esposa se "FA... VA... VI... VA... VA... RI... NA...
A esposa disse "TÁ... E...?"
E ele completou "SI VAFORVA FORU..."
"..."
"...MAVAZRIUBHHHA???".
A esposa respondeu: "CLARO QUE NÃO TÔ FAZENDO CAMARÃO! TU É ALÉRGICO, PORRA!"

O de cima sobe e o de baixo também?

Confesso: sou completo ignorante em relação à tal de economia mundial. A BOVESPA CAIU! Sei lá que que isso significa, e tampouco me importo. Só fico de cara quando o dólar sobe, porque aí eu sei que as coisas nos free-shops do Uruguai vão ficar mais caras. E lá é o único lugar onde a baixa do dólar EFETIVAMENTE serve para que os preços baixem. Porque, vou te contar, hein... alguém aí já viu alguma coisa baixar de preço ultimamente devido à baixa do dólar??? O dólar não tava bem baixinho há uns dias? Tava, né? Não vi o preço de muita coisa ficar menor. Mas, aí, quando o dólar aumenta... Sai de baixo, minha gente. TUDO fica mais caro. É desculpa pra colocar os preços lá em cima.

- O quê? Cinco reais por CADA morango?
- Ah, meu senhor, é porque o dólar tá alto.
- Mas eu sei que o senhor colheu esses morangos no seu quintal!
- É que eu uso produtos altamente qualificados para cultivar meus morangos! E eu importo esses produtos da... da... MOLDÁVIA.

(Terei inventado um país? www.google.com. "Moldávia". Ah, a Moldávia realmente existe. Não é um devaneio meu. Qual é a moeda da Moldávia? Hmmm. O LEU MOLDÁVIO. Quantos leus custa um dólar na Moldávia? E a bolsa de valores moldavinense, como será que anda das pernas? Putzgrila, tô lendo ali que a Moldávia é o país mais pobre da Europa... O leu deve valer algo em torno dos U$S 0,0000000003. Quanto custa um morango moldaviano??)

E o circuit-breaker, hein? Ontem eu aprendi o que é isso. Aparentemente, quando a bolsa tá indo pra cucuia, alguém grita "PESSOAL! FODEU!!!!" e aperta o botão de RESET, o chamado circuit-breaker, e tudo pára por um tempo. Então os bolseiros (Frodo?) vão tomar um café, uma água, esfriam seus ânimos e retornam à sua jornada atribulada.

Não vou terminar este texto. Vou seguir tomando meu café Iguaçu com leite. Grande café, esse Iguaçu. Comecei a comprá-lo no mês passado. Muito bom. Com leite, fica bem cremoso.

??
Impressionante. O tio de uma colega saiu, nesta semana, de um coma que começou por causa da cachaça. O velho passou duas noites direto jogando cartas, bebendo e fumando charuto.

Na segunda noite, ele foi para casa de bicicleta, chegou em casa e aí entrou em quadro de coma alcoólico.

No hospital, quando o coma estava chegando ao fim, ele voltou, no leito, a dar as cartas. Também voltou a "fumar" charuto. Era a última memória que ele tinha antes de apagar. E olha que ele ainda tinha voltado para casa de bicicleta!

A mesma colega ainda lembrou de uma reportagem que viu na televisão, de uma moça que saiu de um coma de anos - acho que mais de quinze anos - e, quando acordou, sua primeira palavra foi:

- PEPSI.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

PuLLLta que pariu!

Ah, coloquei palavrão no título. MÃE, NÃO LÊ ISSO AÍ, TÁ BEM? Fica aí, vendo novela, e não vem pra cá ler esse palavrão!

E era hoje. Meu médico me ligou. Perguntei o que eu queria perguntar desde o início da semana retrasada (ou antes, sei lá) e ele respondeu o que eu queria ouvir:

- Podes beber uma cerveja, sim! Só não vai enlouquecer e beber um monte!

Bingo. O estoque deste que cá escreve está lindo. Um six-pack de Eisenbahn Oktoberfest, uma Schmitt Sparkling Ale, uma Schlenkerla Rauchbier, duas Erdinger Weissbier e uma Leffe Blonde. Não sei se escrevi isso tudo corretamente e não vou conferir.

"Qual vai ser a primeira? Qual vai ser a primeira? Puta merda, essa tal de rauchbier (tradução do Alemão: "cerveja de fumaça") tá me intrigando. Vou tomar essa primeiro! Ahhhh... Vai ser um espetáculo!"

ACHEI UMA MERDA. Um gosto extremamente forte de fumaça. Me senti como se eu estivesse FUMANDO PELO ESÔFAGO.

Depois disso eu não quis exagerar e não bebi mais nenhuma.

Deixa pro fim de semana. A Eisenbahn Oktoberfest vai ser boa, eu tô achando. Tô com fé. Vamo lá. UHUL!

Tô de volta. Ahhh.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Céu Amarelo

Chego em casa do trabalho, ligo o notebook e acesso as páginas de costume - não posso mais fazer isso no trabalho e... OPA. EU NUNCA FIZ ISSO NO TRABALHO, OK? NUNCA! Meia hora depois de ter ligado o notebook, viro para a janela e olho para a rua, que está iluminada por uma luz AMARELA.

Nada tenho a comentar sobre isso, só achei estranho pra caramba, só isso.

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Cá relato o drama do Zé, que morava em uma pequena cidade do Sul do Rio Grande do Sul. O Zé, desde os tempos de criança, sempre teve apelidos. Zé Disso, Zé Daquilo, Zé Merda, etc.. O nome dele sequer era José, nada tinha a ver com José, muito antes pelo contrário. A razão do "Zé" era o fato de o dono de tal apelido gostar tanto de um tio, irmão de seu pai, que, aí, sim, se chamava José, e era conhecido na família por Zé - afinal de contas, qual José não é conhecido por Zé? Seria mais fácil batizar a criança de Zé. Assim a mãe não ficaria triste quando os outros começassem a chamar seu filho pelo apelido.

(Ok. Não sou Saramago, então vou fazer outro parágrafo:) O Tio Zé era a paixão do Zé quando ele começou a soltar suas primeiras palavras, então quando alguém perguntava ao Zé qual era o nome dele, ele prontamente respondia "Zé", pois seu sonho era ser igual ao tio homenageado.

(O céu continua amarelo.)

Para a tristeza do Zé, o tio acabou preso por um crime que o Zé não quis me dizer qual foi. Era o aniversário de quinze anos do Zé (o sobrinho) quando a família ficou sabendo do ocorrido. Aquilo foi o maior desgosto da vida do Zé.

Na vida adulta, o Zé comprou uma casa muito bonita que tinha um jardim na entrada. No jardim, uma frondosa (puta merda, que espetáculo, tô escrevendo difícil!!) figueira dava as boas-vindas. Foi instantâneo: o Zé, que já não gostava de ser chamado assim, ficou conhecido na cidade como Zé da Figueira.

Definitivamente o Zé ficou fulo da vida quando viu que todos na cidade o chamavam assim. Resolveu cortar a figueira. Quando anunciou a decisão no café do Chico do Café, foi vaiado acintosamente (nem sei se escrevi isso direito) pelo Tico do Correio, o Maninho do Xerox e pelo Matias (o Matias não era de lugar ou coisa alguma. Era só o Matias).

Não adiantou. O Zé só pensava em exterminar aquela maldita figueira. E assim o fez, com o serrote que comprou na loja do Toninho dos Serrotes. Da linda figueira, ficou apenas o toco do tronco.

O que bastou para que o Zé ficasse conhecido na cidade como Zé do Toco.

Semanas depois, o Zé, então do Toco, resolveu arrancar o toco. Deixou apenas um buraco no jardim.

No dia seguinte, foi chamado pelo Toninho das Carnes de Zé do Buraco, lá no bar do Wilson da Cerveja.

Antes que o novo apelido pegasse, o Zé foi correndo para casa, com o intuito de tapar o buraco. Comprou areia na loja do Banha (que era gordo; gordo ou é "Gordo Isso", "Gordo Aquilo", ou é "Banha", então não precisa ser d'algo) e tapou o buraco.

Não adiantou. Foi batizado como Zé do Buraco Tapado.

E o céu, amarelo.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Bom dia. São 06h30min desta sexta-feira, dia dez do dez do oito. O animal aqui, por culpa de seu intestino maluco e dos remédios que vem ingerindo, tem acordado diariamente por volta desse horário bizarro e não há como voltar para a cama e conseguir dormir. Rola-se para cá, rola-se para lá, e o maldito do sono não volta. Então, se não dá pra dormir, o que dá pra fazer? Cutucar ("cotucar"? "Cutocar"? "Cotonete"?) a patroa à espera de algo que não seja dormir? Chutar a bunda do cachorro com o intuito de acordá-lo? Ih, esqueci que não tenho cachorro. Gritar na janela do prédio, na esperança de convocar um vizinho madrugador? Chamar o jornaleiro para jogar uma partida de Winning Eleven no Playstation 2? É possível que ele me avacalhe, dizendo "xi, Playstation DOIS? Que merda. Eu já tenho o TRÊS, meu amigo"...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Loira Turva

Alguns posts atrás solicitei que alguém discorresse sobre as loiras turvas (dá uma olhada, tá logo abaixo). Ninguém se habilitou.

Até hoje. Como diz o ditado: "não basta ser pai; tem que escrever sobre loiras turvas", cá colo o texto escrito por papai sobre o assunto.

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Terebentina era turva, sim, TURVA!!! Ninguém tinha nada a ver com isso, a não ser todos aqueles que a notavam na rua.

Nada mais natural, pô! Será que não entendem? SOU TURVA e loira-aço, e daí... VAI ENCARAR????

Desde muito pequena foi notada; (o Lula não aboliu o ponto e vírgula?) desde quando chegou de bunda ao mundo, perpassando pelas entranhas de sua mami que estava de cócoras. Foi tirada a ferros, pois a sua "cabecinha" derradeira trancou em ambos os ossos isquiáticos maternos, ficando "pindurada", situação que perdura até hoje, mas até aí tudo bem. Ainda se lembra do berro da enfermeira do SUS:

- Esta criança de cabeça alongada, além de vesga (ser tirada a ferros não é mole!) é turva!!!! A agitação tomou conta do berçário naquele tumultuado agosto, mês de muitas tosses e bronquites.

Cresceu com certos probleminhas na escola da periferia. Ainda bem que desenvolveu muuito com a musculação e a prática de levar caixa d'água na cabeça pelas escadas de acesso ao lar, doce lar. Cagou de porradas os caras do primeiro grau! Cagou os do segundo! Depois, cagou de pau os viados que disseram que ela não serviria porque era muito turva e, por isso, foi aceita no curso da vila para manequim profissional, carreira que encasquetava em trilhar, mas com o tempo, abandonou os estudos promissores para ser guarda costas.

Ficou louca para jogar no meio campo do Inter, junto com o Guiñazu, pelo qual quase morre de paixão! Mas, turvamente, desistiu desse intento e assumiu a degustação de cervejas dos botecos mais conhecidos, ocupando suas noites de folgas, aconselhando, orientando e cobrando a taxa de proteção. Definitivamente encontrou o seu EU... nem foi preciso se desgastar no Caminho de Compostela, sugerido por Paulo Coelho em telefonema direto; fez Pelotas – Cassino a trote, na manha, com o mesmo efeito, segundo suas turvas palavras. Adora dar coices nos pequenos, principalmente nos chinas de lavanderia, não sabe bem por que. Na noite, de vez em quando, intica com algum marinheiro fardado, só para aprender algum golpe novo. De impulso tatuou um dragão "guspindo" um fogo do inferno astral que vai do pescoço (ponta da língua bifurcada) até a nádega esquerda (final do rabo enrolado) em tons de verde, laranja, vermelho e preto, lindo que só vendo (só de calcinha enterrada e na luz negra fica melhor!).

Pouco loira, mas turva, muito turva com três pregos inox em cada mamilo!!!

Essa é Terebentina guerreira, a dona do pedaço, a representante da galera, o sopapo mor do bloco do Zé Bedeu, a que usa lima grossa meia cana Tramontina 10 para aparar as unhas com fungo dos dedões, a presidenta do recém criado PTNB (Partido Turvo Nacionalista Brasileiro), ainda sem muita representação, mas que tem crescido nas adesões "espontâneas" de maneira vertiginosa!! Neste último pleito, Terebentina meio que se decepcionou – ganhou com a sua candidatura para vereança de somente dois concorrentes que obtiveram somatório zero: os bloqueados pelo TSE – por isso, passou a organizar a sua milícia justiceira para expandir os seus negócios.

Agora pergunto eu: esta loira turva não terá efeito sobre os intelectos inferiores da sociedade moderna estratificada?

Diz que não, seu fdp, que eu quero ver! Ela já vai aí na tua casa te dar um corretivo!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Daqui a pouco vai ter gente duvidando da veracidade (tá certo isso?) dos meus relatos do dia-a-dia - se é que já não há pessoas duvidando disso -, mas...

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Ele vê um celular que pairava em cima de sua mesa e pergunta:
- O Fulano ainda tá aí?
- Não, acabou de sair. Foi pegar o carro.
- Este celular é dele?
- Não sei.
- Acho que é dele. Pô, como ele é esquecido. O chefe ainda pediu pra eu anotar o número dele, pra qualquer emergência. Aí ele sai e deixa o celular em cima da mesa. Assim não dá.
- Tá, mas eu não sei se esse celular é dele.
- Não é dele?
- Sei lá!
- Pô, como eu vou saber se este celular é dele? Como é que a gente vai falar com ele se o chefe pedir?
- Liga pra mim do celular dele. Assim a gente vai saber o número.
- É, assim a gente sabe o número e pode ligar pra ele.
- Isso. Liga aí.
- Ó, tá tocando. O número é esse, ó.
- Tá. Agora eu vou ligar do telefone fixo pra esse número.

O primeiro inteligente então pega o telefone fixo e liga para o suposto celular do colega que saiu. O celular, ainda na mão do primeiro inteligente, toca.

- Ó. Tá tocando.
- Hããã... Tá, e daí? Não adiantou nada a gente saber o número desse celular, pois não podemos ligar pro Fulano!
- Como não podemos?
- O celular dele tá na tua mão, caramba!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Diálogos Reais e Eleitorais

Estava eu a conversar com duas pessoas, quando uma delas pergunta:
- E em Rio Grande, como tu achas que vai ser o segundo turno?
- Não vai ter segundo turno em Rio Grande - respondi.
- Como não vai ter segundo turno em Rio Grande?
- Não tendo, oras.
- Mas o primeiro colocado não teve tanta diferença de votos em relação ao segundo...
- Sei lá se teve! Mas de qualquer forma ele venceu a eleição.
- "Venceu o primeiro turno", tu queres dizer.
- Não, eu tô dizendo que ele venceu. Ele foi reeleito, mesmo que isso não tenha hífen. Rio Grande é uma cidade com menos de duzentos mil habitantes.
- Certo, e daí? Dia 26 tem segundo turno!
- Pô, tu tá escutando o que eu tô dizendo? Se não tem nem duzentos mil habitantes, não vai ter duzentos mil ELEITORES, que é o requisito para que uma cidade tenha segundo turno numa eleição pra prefeito!
- ...
- Entendeu?
- Tá, mas e quantos votos na frente ficou o primeiro lugar?
- Barbaridade, vocês não tão me escutando.
Uma quarta pessoa chega:
- E aí, como vai ser o segundo turno em Rio Grande?

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

- Biafra, eu te falei. Primeiro vai o Jeca, depois o Chupisca, daí vai TU e depois eu.
- Porra, mas eu tô me mijando nas calças faz horas!
- Não dá, é só um banheiro, cacete! Respeita a ordem!
- Mas o Jeca já mijou três vezes!
- EU TENHO CISTITE, TÁ? Fui três vezes, mas não mijei uma gota sequer!
- CALA A BOCA, MIJA LOGO E SAI DESSE BANHEIRO, JECA! Depois é o Chupisca.
- O Chupisca mija sentado, é um viado, vai demorar pra cacete pra sair de lá... Primeiro vai ter que forrar o vaso, depois vai baixar a calça e a calcinha, sentar e começar a mijar.
- Eu tenho varizes nas pernas, tá? Não posso fazer xixi em pé.
- Eu vou mijar na pia da cozinha!
- Vai pra puta que pariu! Se a minha mãe descobre que tu mijou na pia da cozinha dela, me mata!
- Quem mandou ser otário e morar com a mãe aos 35 anos de idade?
- Ora, eu tenho tudo o que eu quero na casa de mamãe...
- ...só não pode mijar na pia da cozinha! JECA, SAI DO BANHEIRO!
- NÃO TÁ SAINDO NADA! PUTA QUE PARIU!
- Cistite faz a gente mijar de mais ou de menos?
- Sei lá, só sei que deve ser uma merda. Deve doer pra caramba.
- Vou mijar no tapete, então. No copo! Vou mijar nesse copo.
- No copo do Batman que a minha mãe trouxe pra mim do Pizza Hut? Sai fora!
- Kadinho, tu já tá passando dos limites com essa história de morar com a tua mãe. Puta merda. JECA, SEU FILHADAPUTA COM CISTITE, SAI DO BANHEIRO!
- KADINHO! CONSEGUI! MIJEI, KADINHO! MAS RESPINGOU UM POUCO DE MIJO NESSA PORCARIA DE... PEDRA... ACHO QUE É UMA PEDRA!
- PORRA, JECA, NÃO MIJA NA PEDRA POMES DA MINHA MÃE!!!!!!

Texto Curto, sem fotos e sem fim...

- O senhor quer registrar seu filho com ESSE nome que está no papel?
- Sim. Por favor.
- Deixa eu ver se entendi: o senhor quer chamar seu filho de TOPIC? É em Inglês? "Tópic"?
- Não, é em Brasileiro mesmo. TO-PÍ-QUE. Original, né?
- Discordo.
- Por quê?
- No quesito "nomes de vans que já existem" não é.
- Mas é um bom nome para uma criança, não?
- Hmmmmm. Essa criança é humana? Ou é uma mini-van?
- Peraí. Como se escreve mini-van?
- Não sei. Por que o senhor quer saber?
- Pô, é um bom nome pro meu filho. Se Topic não é tão bom, coloca Mini-Van aí. Isso tem hífen?
- Não sei, acho que o Lula exterminou o hífen da Língua Portuguesa Brasileira. Deve ser minivan mesmo, tudo junto.
- Trema eu sei que não tem, acabaram com a trema também.
- O trema ou a trema? Ah, e o til, ainda existe?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Sobre o último post...

Cá estava eu lendo o último post - eu sei, eu sou ridículo, eu GOSTO do que eu escrevo e costumo reler o que eu escrevi. E daí? -, e vi o que escrevi sobre as cervejas:

Uma loira, uma ruiva, uma morena, uma loira mais turva.

Então, matutei, saindo do mundo maravilhoso das bebidas fermentadas e indo para o mundo maravilhoso e cheiroso dos espécimes femininos da raça humana:

"Porra, diabos... como seria uma loira turva?"

Tá, agora acabo de escrever isso aí e não sei terminar. Alguém termina aí pra mim, por favor. Ajude-me a discorrer sobre "as loiras turvas e seus efeitos sobre os intelectos inferiores da sociedade moderna extratificada".

Uma cerveja pra quem fizer a melhor dissertação.

Puta que pariu, não consigo parar de pensar em cerveja.

(Nota: a cerveja é um oferecimento de W. BUSH BREWERY INC. Solicite seu prêmio mandando um email para o endereço eletrônico president@whitehouse.gov)

Corticóide, esse filhadamãe.

Eu não tinha ouvido falar - eu acho - nesse tal de corticóide até mais ou menos duas semanas atrás. A culpa da minha separação é dele. Não posso chegar mais perto da loira gelada - nem perto da bock, da stout, da weiss, que é loira também, mas é mais turva, não é cristalina - por causa desse desgraçado desse corticóide.

Perguntei, meio constrangido, pro meu médico quando ele receitou tal remédio:

- Doutor... e eu vou poder beber? - já quase sabendo qual seria a resposta.

- Claro que sim!

- Sério?

- Sério! Vais poder beber todos os tipos de H2O, Aquarius Fresh, etc.! Todas essas bebidas de viado que estão sendo lançadas por aí! Ouvi dizer que eles lançaram vários sabores! Tem de limão, de tangerina, chocolate, picanha, queijo, tomate e rúcula... É uma gama infinita de sabores!

Que beleza.

Não tô tomando antibiótico, não. Por enquanto. Meu exame de sangue tá mostrando quadro de infecção - e eu sei lá onde tá essa infecção, mas ela tá -, mas por enquanto eu não tô tomando antibiótico. Já vi médicos dizerem que o consumo de álcool com o antibiótico não é problemático, então, se eu começar a tomar, hei de ingeri-lo com uma Eisenbahn Oktoberfest, que tá lá, estocada na despensa do meu apê, pra ver se o remédio faz um efeito mais rápido.

P.S.: desculpem pela falta de assunto, mas pessoas doentes só conseguem falar sobre cerveja.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aliás...

IDÉIA é minha!
A LINGÜIÇA é minha!

E eu escrevo do geitu ki eu kizé, PHÔURRA!!

Férias e Doença

Quer merda maior do que ficar doente nas férias?

Pois eu tô assim há mais de duas semanas. Minha doença começou antes das férias. Aí saí de férias e continuei doente. Tive de cancelar passagem de avião e o escambáu (alguém aí já escreveu essa palavra antes? Eu nunca tinha grafado tal verbete maluco, apesar de sempre utilizá-lo quando falo), com medo de ter um treco bem no meio de Ouro Preto.

Tive uma reação alérgica maluca, sabe-se lá do que, e não fiquei a fim de verificar se eu estava com condições de desbravar Minas Gerais sem ter um piripaque (putz, taí outra palavra que eu não lembro de ter escrito antes).

Agora tô aqui, as férias ainda não terminaram, muito menos a doença. O problema agora é respiratório; a asma veio pra ficar há mais de duas semanas e não quer ir embora desse corpo. Corpo, aliás, que tá ficando esbelto, pelo menos. Afinal, a única vantagem de ter uma doença assim é emagrecer rapidamente.

Nada que não será devidamente reposto num futuro próprio, claro.

Aliás, que saudades de tomar uma cerveja. Puta merda.

sábado, 13 de setembro de 2008

Diálogos Inóspitos, Malucos e Reais

- Onde foi que eu enfiei a chave do almoxarifado??
- Não pergunta, que eu respondo...
- Gente, onde tá essa maldita chave? Abri, entrei lá, peguei dois pacotes de folha A4, tranquei a sala e... ONDE FOI QUE EU COLOQUEI A CHAVE? Vou procurar em todos os lugares!
- Mas, Fulana, tu não precisas procurar em todos os lugares, pois tu não saíste deste PARÂMETRO... - disse isso e desferiu tapinhas em mim, toda boba - Hein? Hein? Viu como eu tô falando difícil??
- Sim, tão difícil que chega a ser errado! É PERÍMETRO!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dos Diálogos Reais

Ela olha para a colega e fala:
- Então vamos fazer isso hoje, certo?
- Ah, não dá. Temos que esperar a chuva parar primeiro.
Aí ela olha para a rua e vê que não está chovendo. Não tinha caído uma gota d'água sequer naquele dia. E não moravam em Belém, onde as pessoas marcam eventos para antes, durante ou depois da chuva.

sábado, 6 de setembro de 2008

Neve, ainda que tardia.

(Também não entendi o título.)

Passaram-se três meses da terça-feira pra sexta-feira. Na terça, eu andava de camiseta e bermuda. Na sexta, tive de usar sobretudo e luvas. Na terça devia ser outono, fim do verão, e na sexta-feira veio o inverno. E eu devo ter dormido e não vi nada disso.

Dá pra pensar que na terça a Terra saiu do movimento de translação e deu um pulinho ali no Sol, pra bater um papo com ele. Aí, na sexta, brigou com ele por causa de uma discussão sobre futebol, ou política, e afastou-se do Astro Rei - tá, essa foi fraca. Também achei.

Pois bem: ontem, com tanto frio e a umidade, NEVOU aqui perto, na cidade de Pinheiro Machado! Putzgrila! Por que não mandaram um pouco mais de neve pra cá também? É tão pertinho! Eu gostaria de ter visto! Era um monte de neve!

Não, peraí. A televisão disse que era NEVE GRANULAR.

E daí? Qual é a diferença?

Eu, como sou pobre, nunca fui à Europa (ou outro lugar no qual a neve é mais comum) e nunca vi neve em grandes quantidades. Vi a famigerada neve granular em três ocasiões.

Famigerada neve granular... Maldita neve granular! Sempre que eu vejo um pouquinho de neve caindo do céu, começo a gritar

- NEVE! É NEVE! NEVEEE!

e algum FILHADAPUTA de um estraga-prazeres fala:

- Isso não é neve, não... É NEVE GRANULAR.

Ora... Se não é neve, é o que, porra? Algodão caindo do céu? Confete? Cocaína? Talco? Vai pra puta que te pariu! Deixa o pobre aqui achar que tá vendo neve, porra! Bandegente infeliz que fica querendo tirar a diversão dos outros...

Celso


(de Leandro Godinho)

Eu lembro do meu amigo sorrindo pra mim. Sorrindo de qualquer coisa. Um sorriso sincero e bonito, como se pudesse varrer a tristeza das ruas. Sabia sorrir de verdade, o meu amigo Celso.

Descedente de orientais, sushiman, palmeirense verde, paulistano e amigo como raros são capazes de ser. Conheço muito poucos que sabem dar valor a uma amizade como o meu amigo Celso soube - e nunca se furtou de nos mostrar. Por isso, é muito difícil agora, horas após a notícia ter entrado vacilante em meus ouvidos, segurar o choro ao pensar que o amigo ao meu lado na foto morreu esta manhã, num leito de hospital.

Tem tanta coisa boa que eu posso falar do Celso. Celso era o tipo de sujeito que se largava do centrão até Congonhas num dia de semana porque eu ficaria umas duas horas ali em conexão e a gente podia gastar meia hora almoçando juntos. Celso dividiria com você o último Marlboro da carteira só pra ter o prazer de conversar contigo sob a noite sem estrelas de São Paulo. Celso ignorava a dor que sentia ao caminhar em seus últimos dias pra encarar busão e metrô e se encontrar comigo quando eu estava em Sampa, ignorava a dor e ria como se pudesse varrer a dor do mundo naquele instante.

Eu quero me lembrar do meu amigo assim, sorrindo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

- Palhares, por que a gente chama o Leite de Leite?
- Uma vez ele levou uma caixa com doze litros de leite integral pra passar um final de semana na casa do Peruca!
- Que bobagem! E por que o Peruca é Peruca?
- Uma vez o Peruca levou uma peruca quando foi passar um final de semana na casa do Pingola.
- E o Pingola, por que é o Pingola?
- Uma vez o Pingola comeu a mãe do Cachorro!
- Comeu a mãe do Cachorro? Como???
- Com a pingola dele, oras!
- Não! Como ele acabou comendo a mãe do Cachorro?
- A véia é baita vagabunda, até eu comi.
- Então tu devia ser chamado de Pingola também?
- Não, eu sou no máximo um Dedal.
- E o Cachorro?
- Sei lá, nunca vi o Cachorro pelado!
- Não! Tô perguntando por que o Cachorro é o Cachorro!
- Ah, porque ele mia como um gato...
- Mia?? Mas ele é o Cachorro!
- Caramba, Petúnia, tu não entende nada de apelidos...
- Petúnia? Por que diabos eu sou o Petúnia?
- Ah, pergunta pro Alka-Seltzer. Foi ele que te colocou esse apelido.
- Quem é o Alka-Seltzer?
- Ele, ali, ó!
- Mas aquele ali não é o Peido?
- Era. Até semana passada. Ele tomou uma Alka-Seltzer e o peido parou. Cacete, te atualiza, Petúnia!!
- Alka-Seltzer não é remédio pra peido...
- Putz, então qual é o remédio pra peido?
- Não sei!
- Peido! Pei-dô! Que remédio tu tomou pro teu peido passar?
- Luftal!
- Tá. Viu? Então agora ele é o Luftal. Entendeu, Tina Turner?
- Ué, eu pensei que eu fosse o Petúnia.
- Tô vendo que tá passando um DVD da Tina Turner ali na TV do bar. Agora tu é o Tina Turner.
- Tudo bem, então agora eu vou te chamar de... Ah, olha um guardanapo sujo na mesa! Vou te chamar de Guardanapo Sujo, Palhares!
- Não é assim que funciona, Catherine Zeta-Jones.
- Cath...? Eu sou o Tina Turner, porra!
- Ah, cala a boca! Que cara sem graça!

A Saga do Tio - Continuação

Me ferrei. Estão me chamando de "tio" por aí.

Sim, eu isso não é novidade. Até já escrevi sobre isso.

O problema é que dessa vez eu fui chamado de "tio" por um mendigo que deveria ter, no mínimo, SESSENTA ANOS de idade.

- Tio, tens uma moeda...?

Escutei isso e fui virando a cara para responder o tradicional "não, sobrinho, não tenho", mas quando exerguei aquele tio me chamando de "tio" eu não consegui acreditar no que eu havia escutado e balbuciei um

- ...hein...? Tio...? Eu? De quem??

Ele também não entendeu muita coisa, eu acho.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mulher-Vinho

Andava eu sem assunto para postar (ou seria BOSTAR?) algo que preste por aqui ("algo que preste"? Quando foi que eu tive esse tipo de cuidado?), quando um amigo comentou sobre a Cristiane Torloni na novela das sete. "O que é a natureza", ele disse.

É verdade. Não vejo a novela das sete - ou a das nove, a das doze, a das vinte e cinco, a reprise da que duas vezes já passou no Vale a Pena Ver de Novo, etc. -, mas devo concordar com ele. Que progresso, minha gente. Como a idade fez bem àquela mulher.

No mesmo barco eu coloco a Paula Toller, que teve um acréscimo considerável de beleza com o passar dos anos, e a Cláudia Raia, que chegava a ser feia, pobrezinha, e hoje em dia está muito bonita. Esta, aliás, eu vi ao vivo em Porto Alegre, numa peça de teatro que ela estrelava com o Falabella.

E eu, por outro lado, não consigo me transformar em uma mulher gostosa com a minha velhice. Continuo um gordo mangolão. Um VELHO gordo mangolão.

Por falar nisso, semana passada falei para um colega que eu freqüentava a KADIMIA. Ele olhou pra mim e disse:

- Tá, e quando é que tu vai processar essa academia, cara?

-------

ADENDO: publiquei o texto acima e logo após vi na televisão uma propaganda com a Flávia Alessandra, que deve ser mais nova do que as supracitadas (acho!), mas que melhorou muito com o tempo também. O panaca aqui ficou rindo da propaganda estrelada pela moça, que estava tentando vender DERMACYD, sabonete íntimo. Leia-se "LAVADOR DE XEXECA". Eu sei, moças, não tem graça, mas eu sou panaca, fazer o quê.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Da mesma forma que eu adoro inventar sambas enredo - eles sempre são originalíssimos, assim como os sambas enredo que vencem outros carnavais por aí -, estou começando a inventar jingles para campanhas de políticos.

Estava eu tomando café há alguns minutos e comecei a cantarolar:

"saneamento báásico
educação
saúúúúdeeeee
seguraaaançaaa
Fulano é o nome da mudaaaançaaaa"

BÁSICO, não é mesmo? Cobre quase tudo que a população quer, e ainda traz o que o candidato que não está no poder vai trazer para seu povo: MUDANÇA (ahã!!). NAAADA original, óbvio, mas... qual jingle eleitoreiro o é?

Depois de cantarolar mais idiotices como essa, passei a pensar em jingles mais realistas, como:

"deixa de ser otáááário
mudança é o caralho
vou encher o bolso de milhão
e foda-se a população"

BEM mais realista. Acho que o candidato dono desse jingle seria o vencedor. Original, pelo menos, esse jingle é!

Secretária

Toca o telefone na residência do casal.

- Olá. Aqui é a outra. O Zé não pode atender porque neste momento está no banho. Deixe seu recado após o sinal. Mas não vá achando que ele vai ligar logo, pois ele está muito cansado. E a culpa é minha. Obrigado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Amanhã vou estar indo ("senhor, vamos estar providenciando...") a Camaquã, a serviço. Fiquei sabendo que a Justiça do Trabalho localiza-se na rua ANTÔNIO DURO.

Hei de tomar cuidado.

Engraçado foi quando eu comuniquei aos colegas o nome da citada rua. Enquanto o resto das mentes sujas ria pelos motivos que cá posto, o colega de mente mais inocente riu por causa de outro motivo e expressou o que estava pensando:

- É mesmo! O Seu Antônio aí devia pra toda a cidade! Não tinha dinheiro!

Que bonito é ter uma alma pura, não é mesmo?

Não mencionei que em certa oportunidade o mesmo colega escutou a conversa das mentes sujas, que discutiam sobre um programa de televisão que havia mostrado uma prostituta de sessenta ou setenta anos, e que ainda lucrava com a prestação de serviços sexuais em sua vizinhança, apesar da avançada idade.

Com todo respeito à história dessa velhinha (acho nada engraçado ela ainda estar nesse tipo de vida. MENOS engraçado ainda é saber que tem gente que paga pra estar com uma velhinha), na hora lembrei do Chico Anysio, que encenou uma puta anciã no Programa do Jô e citei trechos de tal performance para os colegas (pra registrar bobagem meu cérebro é campeão!). O papo, claro, descambou pro besteirol - tenho grande facilidade em fazer esse tipo de coisa.

Entretanto, nosso companheiro da mente limpa quis falar seriamente sobre o assunto.

Cada argumento que ele proferia só fazia aquela corja rir mais e mais. Particularmente o argumento que mais me fez rir foi o seguinte:

- Pessoal, vocês têm que levar em consideração a condição física da senhora... - concordo plenamente. Pobre da velhinha! Até parei de rir quando ele disse isso. Porém, ele completou com - Até porque, poxa vida, imagina só a flacidez do órgão genital dela...

Disse isso sem a mínima malícia. O papo terminou ali. Risadas, risadas, risadas e conselhos de "pára de falar, cara! Tu só tá piorando! Não vamos parar de rir de ti!!!"...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

- Doutor, não adianta. Eu faço isso pra incomodar, eu já falei, não tem cura. Não há cura porque não há problema, doutor.
- Senhor Eduardo, o senhor imitou alpiste bem na minha frente na semana passada. O senhor acha isso normal?
- Normalíssimo!
- O senhor disse para eu bater asas e bicá-lo, senhor Eduardo.
- Eu faço só por brincadeira! Minha mulher é que é a maluca, me mandou pra cá sem razão. Acho que ela quer tirar uma folga de mim, não agüenta mais me ver lá dentro daquela casa imitando capacho, abajur, mesa...
- Repito: o senhor acha isso normal?
- Claro! Doutor, o senhor tinha que ver o susto que a Beth levou quando eu imitei o abajur. Sabe, imitei um daqueles pequenos, que ficam em cima da mesa. Foi meio difícil simular aquele abajur, tive que ficar com a bunda pra cima e colocar a lâmpada no meu c...
- CERTO, SENHOR EDUARDO. Eu entendi perfeitamente.
- Foi só de brincadeira, pode ficar tranqüilo. E tem outra coisa, Ricardinho!
- Como? Não compreendi, senhor Eduardo.
- Ricardinho! Pare de se fazer de tonto! Escute sua mãe!
- Senhor Eduardo, pare com isso, o senhor não é minha mãe.
- Ora, mas que menino atrevido! ATREVIDO! Já pra casa!
- Não vou entrar nessa conversa, senh...
- MIJANDO A CAMA DE NOVO, RAPAZINHO? QUE FEIO!
- Mam... mamãe...?
- Sim! Eu vi! Já é a centésima vez que você mija sua cama! Já comprei cinco colchões! Quando é que você vai parar de fazer isso, Ricardinho?
- Mamãe... senhor Eduar... MAMÃE, é que eu fico sonhando que estou no banheiro, mamãe...
- JÁ PRA CASA! JÁ PRA CASA!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

"Esfolia a cara, talvez funcione!", disse a minha cunhada.

Minha "barba" é uma porcaria, não presta para ser cultivada, pois ela não cobre muito do meu rosto, falha em algumas partes, o "bigode" e o "cavanhaque" não são ligados um ao outro, se os pêlos ficam muito compridos eu fico parecendo um porco-espinho, etc., então ela merece ser devidamente raspada, expurgada de meu frontespício, o mais freqüentemente possível. (PARÊNTESE: uma homenagem ao trema, por favor. HIP HIP HURRA! VIVA! Pobre trema, que vai embora de nossas vidas no ano que vem.) Infelizmente, não consigo me barbear com muita freqüência (ó o trema aí, pobrezinho...). O que fazer quando a "farta" barba (que deveria ser chamada de FALTA barba) resolve nascer encravada - praticamente natimorta - na pele? "Esfolia a cara", ela me disse. Não sei se ela usou o termo "cara". Acho que ela falou "esfolia a pele do teu rosto", frase com termos mais delicados, mas a idéia é essa: seria bom eu esfoliar a minha cara.

Então, fico a pensar: o que diabos é esfoliar?

Encontrei num site: "Esfoliar: é retirar as células mortas da superfície da pele e descobrir pele 'nova' que aparece mais limpa, mais fresca e mais fina. A esfoliação também estimula a renovação natural de células da pele e 'ajuda' no tratamento de acne."

Hmmmmmmm.

Tá. Agora só falta eu começar a chamar todas as diferentes nuances de roxo por seus devidos nomes.

Isso sem contar que o uso da palavra "nuances" já seria suspeito de minha parte.

Tá. Chega.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Todos os dias a Marilda passava por aquela financeira. Passava pela calçada, em frente à loja, e via aquela moça, funcionária da financeira, oferecendo empréstimos para todos os que por lá passavam.

Menos para a Marilda. Ela nunca ofereceu nada para a Marilda. Nem um mísero centavo. Nada.

Aquela nojenta. Nojentinha, como a Marilda chamava aquela moça, pois a Nojentinha não devia medir nem um metro e quarenta. Usava aqueles sapatos com aquelas plataformas gigantes que deviam medir uns trinta centímetros de altura cada. Queria aparecer, a Nojentinha. E ainda queria aparecer às custas da Marilda, porque não oferecia um empréstimo sequer para ela.

Todos os dias a Marilda passava por lá. Nunca recebeu uma ofertinha, uma droga de oferta, uma que poderia, quem sabe, até tirar sua conta bancária do vermelho...

Por que diabos a Nojentinha nunca ofereceu um empréstimo? Naquele dia Marilda descobriria o motivo. Seria porque aquela baixinha nojenta era a Baixinha, ex-namorada do Veloso, ex-namorado da Marilda? Seria porque ela conhecia a Marilda e tinha ciúmes porque o Veloso a largou para ficar com a Marilda? Será que ela quer ver a Marilda no vermelho?

Então a Marilda encheu-se de forças, passou em frente à financeira, notou que a Nojentinha não olhou para sua cara e perguntou:

- Olha aqui, sua prostituta. Eu passo aqui todos os dias, vejo tu oferecendo dinheiro pra todo mundo, mas pra mim tu não ofereces nada! Por que, hein? Por quê? O que foi que eu te fiz, sua vagabunda de plataformas gigantes?

- Hã... A senhora quer um empréstimo...?

- Claro que não. E lá eu tenho cara de pobre? Ora, bolas.

domingo, 3 de agosto de 2008

O tal de uáireles é um espetáculo. Friozão aumentando na rua, ventos de alta velocidade assobiando pelas frestas das portas, dedos começando a congelar, e o que o preguiçoso aqui resolve fazer? Ficar na cama. Estou, neste momento, escrevendo meu besteirol sanguinolento na cama. Que beleza.

O domingo começou com mais juras de "nunca mais vou beber". Ontem o golpe foi forte. Tudo culpa da caipirinha de vodca - que, por ser feita de vodca, não deve ser chamada de caipirinha. Caipirinha é feita com cachaça e todo mundo sabe disso, mas parece não querer saber. Sempre sou voto vencido quando os futuros ébrios confeccionam a lista de compras para o churrasco. "E pra caipirinha, o que a gente compra?" "Cachaça, limão e açúcar", eu digo, mas o mundo prefere vodca. Caipirinha é um drink brasileiro, pô! Não é um drink russo! É por isso que a caipirinha de vodca é chamada de "caipirinha de vodca", com sobrenome. Qualquer coisa que tenha um sobrenome não é a coisa original.

Não gostei do fim do último parágrafo, mas não vou revisá-lo. Tô bêbado e cansado.

Por falar em bêbado, devo fazer uma homenagem àqueles amigos que nunca beberam. Sempre foram avacalhados pelo resto ébrio da turma e nunca tiveram seu real valor reconhecido. Hoje em dia, meus amigos, vocês valem ouro. Principalmente se forem donos de uma carta de habilitação para conduzir um veículo automotor. Parabéns a vocês.

Atualmente o beberrão, se não tiver dinheiro pro táxi, deve se relacionar com esse tipo de amigos. Eles são uma mão na roda.

O beberrão tem também outra saída: tenho um conhecido que está fazendo um curso para ser mestre cervejeiro. Poderá fazer sua própria cerveja em casa, sem precisar ir para lugar algum. Não precisará relacionar-se com esse tipo de gente chata e sem graça que não bebe e...

Opa...

Não, não foi isso que eu quis dizer. Vocês, amigos que não bebem, são sensacionais. Adoro vocês.

Tá?

Por favor, continuem me dando carona, tá?

quarta-feira, 30 de julho de 2008

"O" Melhor Filme

Eu não falei sobre o filme Batman - O Cavaleiro das Trevas, como fiz com Batman Begins, em 2005. Então, aí vai (grande merda é a minha opinião, mas, como eu mando nesta bagaça, aí vai, oras!):

É O MELHOR FILME QUE JÁ VI NA MINHA VIDA.

Obrigado.
Eu ainda serei atropelado. Mais dia, menos dia, um carro há de passar por cima de mim. Essa certeza apareceu não porque eu estou caminhando muito ultimamente, mas porque eu sou CHATO e quero que os motoristas aprendam a PARAR seus malditos carros para que os pedestres possam atravessar a rua na faixa de segurança.

Eu sei, não posso mudar o mundo, principalmente em uma cidade de motoristas mal educados como Pelotas, e mais dia, menos dia, eu vou ser atropelado.

Então (e tome parágrafos iniciados com a letra "E"!), se um dia eu parar de escrever neste blog, eu provavelmente estarei no hospital devido ao atropelamento sofrido.

Bem, peraí...
Eu comprei um notebook... Será que no hospital tem UÁIRELÊS?

terça-feira, 29 de julho de 2008

Baseado em fatos reais (enrolado em jornal)

- Hoje vai passar o jogo do Inter?
- Não, hoje é terça, hoje só tem jogos da segundona.
- Ué, não passa, não?
- Não, não passa.
- O jogo é amanhã, às 19h30!
- Então vai passar na Globo, né?
- Não, se é às 19h30 não passa na Globo. Na Globo é só depois da famigerada novela. Maldita novela, maldita.
- Ué, como não? Outro dia eu tava na casa da minha mãe e tava passando um jogo que tinha começado às 20h30.
- Isso é na quinta-feira, no SporTV.
- Que nada! Era na Globo.
- Puta merda, cara. Não é. Tô te falando. Mas... peraí. Eu pensei que a tua mãe tivesse Viacabo, que não tem os canais da Globosat.
- Ela tem Vianet.
- Hein?
- Vianet.
- Vianet? Cara, aqui só tem duas: a Net e a Viacabo.
- É VIANET.
- Tá, tá. Não vou discutir com maluco!
- Não! Lembrei. Não é Vianet. É CATV.
- Hã?
- É, cá-ti-ví! CATV. Sempre que eu troco de canal na casa dela aparece esse aviso. É a CATV, é isso.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Até onde as regras da sociedade impõem um limite moral para o tamanho de um título de um texto? Eu sempre tive tal dúvida, e gostaria de compartilhá-l

...

É, o limite do Blogger pro título é aquele ali.

Não sei se caso ou se compro uma bicicleta...

Ela olhou o relógio. Eram 15h30. Então disse:

- Putz, ontem a essa hora eram 16h30!

Duas horas e meia depois, aborrecida, ela resmungou:

- Onde está esse meu marido?? Se eu tivesse ido embora com a Fulana, a essa hora eu já estaria lá.

E a Fulana estava sentada na mesa ao lado. Também não tinha ido embora ainda.

terça-feira, 22 de julho de 2008

- É porque eu gosto de incomodar, doutor. Entende?
- Entendo.
- Eu sou assim desde pequeno, não adianta.
- O senhor, seu Eduardo, está me dizendo que faz isso desde que era criança?
- Sim. Agora eu vou imitar um sorvete.
- Não, não precisa.
- Vou. Eu gosto de incomodar.
- Seu Eduardo, por fav...
- Ó, tô derretendo! Tô derretendo. Tá, doutor. Agora eu sou uma colheitadeira.
- Pára, pára com isso. Não, não fique mordendo o carpete, seu Eduardo!
- Não adianta, doutor. Agora eu sou... sou... ALPISTE! Agora estou imitando alpiste.
- Hm. E o que faz o alpiste? Fica atirado no chão, como o senhor está agora?
- Sim. Agora bata as asas, por favor, doutor, e venha me bicar.
- Seu Eduardo, chega. Pare de ser um alpiste. O SENHOR NÃO É ALPISTE.
- Tá, agora eu sou o Grêmio.
- O Grêmio?
- Sim, todo o Grêmio! O campo de futebol, o estádio, o time... Olha, olha!
- Essa é a pior imitação de Grêmio que eu já vi, senhor Eduardo. O senhor só fica aí parado, não faz nada.
- Tá, uma picanha, então. Olha a manta de gordura aqui nas minhas costas, olha só. Traz o espeto! Traz o espeto! Tô no ponto! No ponto!

Medo?

O Inter conta com Nilmar, Magrão, Rosinei e agora contará com Gustavo Nery.

E depois??

Tévez?

Roger?

...

Edílson...?

...

...ZVEITER???

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Rápida e Cretina

Recebi por email.

-------

Marido ao chegar em casa diz à mulher:

- Querida, hoje vou amar-te!!!

Responde a mulher:

- Por mim, podes ir a Júpiter, desde que me deixes dormir!

-------

Comentário do remetente: O que nos resta é isso mesmo!

É.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Instruções para entender a leitura lógica das coisas elencadas neste humilde espaço situado em um lugar far, far away na Internet mundial hodierna.

Postei um monte de coisa. Vá até o post "Encrenca", ali embaixo, e leia a partir dele, e os posts acima dele logo após, um por um. É uma questão de seqüência lógica.

Ou não, claro.

E digo mais:

"Quem com serra serre com serra serrá serrido."

Aliás...

...se vovó trabalhasse comigo, provavelmente entraria na obra que acontece ao lado do prédio onde trabalho e mandaria:
- Parem com essa bateção! Meu neto quer trabalhar!!
E eu gritaria:
- DÁ-LHE, VÓ! SÓ NA NUCA! NA NUCA DELES!

Vovó e Eu

Sempre que venho à fabulosa São Lourenço do Sul para visitar minha avó acontece algo digno de nota neste blog.

Da última vez, escrevi que minha avó estava preocupada comigo, e veio até a sala onde eu estava para saber se eu não estava passando frio. Imaginem uma senhora magra, baixinha, curvada por causa do pesado cachecol de lá que usava, preocupada com o neto gordo mongolão, que pesa quase 100kg, pois este poderia estar passando frio.

Hoje escutei outra. Quando ela perguntou o que eu iria beber no lanche da tarde, eu respondi:
- Café preto, vó.
Ela torceu o nariz, balançou a cabeça negativamente e disse:
- Não. Isso não alimenta.

É. O mongolão de quase 100kg e 30 anos de idade nas costas não pode tomar café preto para acompanhar o pão com manteiga, pois ficará mal alimentado.

Coisas de uma vovó, não adianta discutir.

Encrenca

O Leonardo me arrumou uma encrenca. Um "meme", que é espécie de "corrente" para quem tem blog com a desvantagem (vantagem?) que não há nenhuma perspectiva falsa de ganhar nada participando. Até aqui o texto tava (quase) igual ao texto do post do blog dele, mas eu vou fazer certas mudanças (será que serei punido por mudar regras de correntes de blog?).

Seguem as regras da corrente:
1. Escrever uma lista com 8 coisas que sonhamos fazer antes de morrer;
2. Convidar 8 parceiros(as) de blogs amigos para responder também - pô, eu sou uma pessoa triste. Neste momento não estou lembrando de oito pessoas pra fazer isso. Quero dizer, os blogs deles estão com os links no menu ao lado, mas atualmente as pessoas nas quais pensei estão com seus blogs entregues às traças e não vou ficar mandando "encrencas" pra eles;
3. Comentar no blog de quem nos convidou;
4. Comentar no blog dos nossos(as) convidados(as), para que saibam da “intimação”;
5. Mencionar as regras - já estraguei tudo mesmo, não tem mais regra alguma a ser cumprida.

Então, tá. Cá vão oito coisas que eu gostaria de fazer antes de morrer:

1. Ser rico, rico mesmo, de não precisar trabalhar pra me sustentar, e poder praticar diariamente o ócio criativo, meu esporte favorito. Viver só pensando em inventar o que fazer para preencher o dia, trabalhar por prazer, e quando - e SE! - der na telha e ter uma vida mais-que-tranqüila;
2. Ver o Inter campeão do mundo - opa, peraí, isso eu já vi. Leonardo, vi que na tua lista também tem essa, mas tu colocou "ver ao vivo". Tu acredita que eu escrevi isso SEM ter lido a tua lista? hahaha! Coisa de colorado fissurado mesmo... Reformulando... Ah, já sei: berrar numa banda de rock/heavy metal.
3. Aprender a calar a boca quando devo calar a boca. Parar de falar demais.
4. Lançar pelo menos UM livro que faça sucesso.
5. Ter um(a) filho(a) - quem conhece minha mulher sabe que a coisa tá difícil. A moça não tá pensando em ser mãe, não. Será que consigo ter um filho antes de morrer? (ok, tô exagerando, mas isso é só pra fazer uma campanha pró-filho e ver se a patroa entra na causa!)
6. Comer um whopper quádruplo (ou maior) com queijo. Sempre vou ao Burger King e me borro pra pedir um whopper maior do que o triplo, por pensar que eu não vou conseguir morder o sanduíche - ok, esta ficou idiota. Próxima...
7. Se eu não for um ricaço, trabalhar com entretenimento, tipo numa rádio, ou para um seriado de comédia ou desenho animado, sei lá.
8. Colocar abaixo a maldita obra da galeria ao lado do meu trabalho e matar o cara da serra com voadoras giratórias, gritando TATSUMAKISENPUUUKIAKU!!!!. Só chutes na nuca. Só na nuca. Pá. Pá. Pá. Pá. Pá. SÓ NA NUCA, BITCH!!!!

Não vou até os blogs deles, mas como os que mais comentam aqui, além do Leonardo, são a Regina e o Vinícius, passo a bola pros dois, se estiverem a fim de entrar nessa.

Só uma coisa...



...quem disse que eu vou morrer? Onde está escrito isso?

Uma da Tarde

Escutava.
Não queria escutar, mas escutava.
Cheirava o barulho da obra ao lado
degustava a cor da parede que era construída com rapidez
em frente à sua janela.
Dizia, pensando, que um dia matar-se-ia (nota do autor: RÁ!)
por causa do som daquela maldita serra.
Os metais paravam seu cérebro,
não o deixavam enxergar seus pensamentos mais obscuros,
poluíam sua mente devastada pela rotina,
abafavam sua saliva,
empestavam os ouvidos,
circuncisavam a garganta,
aparavam a visão,
atrapalhavam todos os sentidos.

Maldita serra.
Maldito barulho.
Bateção maldita.

Maldita era a andança do progresso.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Sempre que volto a pé para casa, quando escolho ir por determinada rua, eu passo em frente à vitrine de uma loja que vende manequins.

Não, não há modelos, aquelas moças em sua maioria raquíticas, à venda na loja. Estou falando daqueles bonecos que usam as roupas que estão sendo vendidas nas lojas. Essa loja comercializa manequins.

É uma cena extremamente constrangedora. Sério, é constrangedor olhar praquela vitrine. Porque tem um monte de gente pelada lá! São moças e moços pelados, sem genitália, jogados uns por cima dos outros... Alguns não têm um braço, uma perna... Outros não têm cabeça... É uma cena dantesca!

Eu, no meu "ritmo de volta para casa", meio que passeando, vou a olhar para as vitrines, e sempre esqueço dessa loja. Passo em frente a ela e olho pra virtine. "BAH!", eu penso.

É constrangedor.

Outro fato pitoresco da minha andança de volta para casa é quando passo por uma lan house. Eu não sei por que, mas tenho mania de bater nas paredes de vez em quando. Talvez eu faça isso para batucar a música que está tocando na minha cabeça - e SEMPRE está tocando alguma música, por mais ridícula que ela seja, na minha cabeça...

Todos os dias, quando eu passo por essa lan house surge o desejo incontrolável de dar um soquinho na parede. Dou o soquinho e... a parede não é parede. É um painel feito de um tipo de LATÃO. SEMPRE faz um barulho alto e ridículo quando eu desfiro o meu soquinho naquele painel. E eu sempre esqueço da porcaria do latão.

Qualquer dia eu levo uma porrada do dono da lan house...

terça-feira, 15 de julho de 2008

Tá fraco...

Tá difícil inventar algo pra escrever. As idéias estão rarefeitas. A rotina tem matado todas as minhas idéias mirabolantes. Nem redigir um textinho sobre mesóclise ou caganeira eu consigo. Estou sozinho em casa. A patroa tá longe. Então, chego em casa e fico em silêncio. Com o silêncio, idéia alguma vem à cachola.

Parto para as notícias. Prenderam e desprenderam o Daniel Dantas. Pergunto: quem é esse senhor? Alguém respondeu que ele tem o mesmo nome de um ator novelístico da Grobo. Então eu pergunto: que ator é esse?

A semana vai demorar pra passar. O filme novo do Batman vai estrear na sexta-feira. As minhas expectativas pra esse filme são tão grandes que eu tô com medo de cair dessa árvore (se esse ditado invertido não funcionou, inclua outro ditado de sua preferência ali). É O CORINGA, PORRA. É o coringa. Acho que sou mais fã do Coringa do que do Batman!

Acabo, então, este post imbecil com uma piada. O cara estava no trânsito e um rapaz aproximou-se do carro para vender maçã. O motorista recusou. O vendedor insistiu:

- Mas essa maçã tem gosto de boceta!
- Hein? Duvido. Me dá uma.
Deu uma mordida na maçã e fez cara de nojo, gritando:
- PUTZ, ESTA MAÇÃ TEM GOSTO DE MERDA!
E o vendedor disse:
- Ah, é. Vira a maçã, vira a maçã...

Tá. Chega.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Preso no Ventre

- Belchior! Vem almoçar!
- Não posso.
- Não podes almoçar?
- Não posso.
- E por que não podes, homem?
- Se eu for almoçar, eu vou ter que comer essa comida.
- Sim, parabéns. Esse é um dos princípios básicos do ato social chamado almoço, que é desempenhado há anos pela humanidade moderna: comer a comida. Não posso garantir se o almoço já existia na sociedade antiga, mas dá pra dizer que há muito tempo nós, seres humanos, reunimo-nos à mesa, ao meio-dia, para comermos uma comida. Isso chama-se almoço.
- Boba. Se eu comer essa comida, vou ter que expeli-la depois.
- Sim, verdade, outro costume da humanidade: fazer cocô depois de comer a comida. Uns demoram mais, outros menos, outros nada. Outros, nunca expelem.
- Aí é que está o problema. Eu não vou aos pés há mais de mês.
- "Vou aos pés"... Que fofo. É o jeito bonito de dizer "faço cocô" que a tua mãe inventou, né?
- Eu digo assim. É menos feio. Mâmi me ensinou assim.
- Não tem nada de feio em fazer cocô.
- Claro que tem! É horrível! Eu não gosto de te ver fazer cocô, por exemplo! Lembra daquela vez, no hotel em Tóquio?
- Naquela vez eu não tive culpa, Belchior! Não havia banheiro naquela merda de hotel! Fiz no hall de entrada mesmo!
- Como, não tinha? Tinha, sim! Tu é que não sabia mexer na privada, Maria Isabel!
- Pra que aquele monte de botão numa privada? Bando de japonês idiota! E não é disso que eu estou falando! Estou falando que todo mundo faz cocô! É normal! A Gisele Bündchen faz cocô, sabia?
- Duvido. Ela nem deve comer nada, então nem deve fazer muito cocô.
- Tá certo que deve ser um cocô bem pequenininho e cheiroso, mas ela faz! Então, se até ela faz, não vejo problemas em tratar o assunto como um tabu... "Olha lá, o Fulano foi evacuar..." Parece que estava numa guerra e teve de fugir, sei lá! Tá, voltando ao teu problema: tu não tá INDO AOS PÉS, e daí?
- E daí que a culpa é tua!
- MINHA?
- Sim, eu estou sem ir aos pés há mais de um mês e tu nem notaste.
- Ora, mas é obrigação minha ver se tu tá fazendo cocô ou não? Deve ser isso... Tu ficas querendo ir aos pés e esqueces de fazer cocô! Vou te dar um conselho: tenta fazer cocô, é mais simples do que ir aos pés! Vai cagar, Belchior! Vai cagar!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

- O verde musgo é muito diferente do verde pistache! Não tem nem comparação!
- Verde pistache? Verde musgo?
- Ah, vais me dizer que tu não conheces o verde pistache?
- Não!
- Eu tenho uma bolsa dessa cor!
- É aquela que tu usou na semana passada, Fulana?
- Isso, aquela! Ai, comprei outra que nem te digo... Não consigo me segurar e saio comprando bolsas por aí...
- Tá! Foco! Voltemos à conversa sobre as cores! Já entendo lhufas sobre cores! De bolsa, entendo menos ainda.
- Olha, o pistache é bem diferente, Leandro. Não adianta discutir.
- Pistache é verde, certo? Nunca vi um pistache na minha frente. Só sei que o pistache é verde porque o sorvete de pistache é dessa cor. E verde é verde! Ponto final. Tem verde claro e o verde escuro, e, com isso, as várias formas de verdes claros e escuros...
- E isso aqui, o que é?
- Isso é rosa.
- Não. É salmão.
- Salmão é peixe, pô!
- Não é! É cor.
- Ué! E o peixe? Como vocês chamam o pobre do peixe? O chamam de "rosa"? E rosa, diga-se de passagem, é flor.
- E tem rosa vermelha, rosa branca...
- Eu nunca vi uma rosa ROSA.
- Mas existe!
- Eu sei que existe, mas eu não lembro de ter visto uma rosa ROSA. Tá, lembrei: e aquela cor, o rosa PINK?
- Que que tem?
- Ora, se é rosa, pra que dizer também que ele é pink?
- Porque é diferente do rosa!
- Não. Essa, não. Inventaram um PLEONASMO INTERLINGUAL. Rosa pink! Então também deve existir o VERMELHO RED, o AMARELO YELLOW e assim por diante! Putzgrila!
E cá estou, acordado à 1h da matina, escrevendo meu primeiro post direto do meu notebook.

Sim, estou enlouquecido com meu novo brinquedinho. Sequer tenho sono.

Digitar neste tecladinho ainda é um desafio, mas nada que um pouco de prática nerd não resolva.

Pensei, pra não falar sobre mesóclise (tá, Diogo. Parei. Última piada sobre fazer piadas sobre mesóclise), em falar sobre outro assunto favorito: escatologia.

Não sei por que diabos eu tenho peidado tanto ultimamente. Seria a idade? (puta merda, é difícil teclar o ponto de interrogação por aqui...) Ou seria o monte de feijão que venho ingerindo desde a semana passada, quando fiz um monte de... ahn... feijão...?

Também não entendo a razão de as pessoas gostarem tanto de mim no meu ambiente de trabalho (é sério, sou muito bem quisto por lá) a ponto de eu não poder sequer ir ao banheiro sossegado. Hoje, quando resolvi retirar-me subrepticiamente da sala para passar um fax, entrei no banheiro, comecei a fazer o serviço e escutei a voz de uma colega:

- Cadê o Leandro? Ele não tá na mesa dele! Ué... será que já foi embora?

Fiquei quieto e nada disse.

Alguns segundos depois, um colega pergunta o mesmo.

Mais um tempo depois, OUTRA COLEGA PERGUNTA POR MIM. Então não me agüentei mais:

- PORRA! TÔ CAGANDO! ME DEIXEM CAGAR EM PAZ!!

A terceira vez foi sacanagem, conforme me informaram. Mas as duas primeiras foram de verdade. Deixa eu cagar, pelo menos, pô!

(O teclado passou no teste. Quero dizer. EU passei no teste do teclado. Até que digitei bem.)

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Uáirelesssss

Agora, sim. Tô sem fio.

Opa, essa última frase pegou mal. Que "fio" seria esse?

Tá. MEU COMPUTADOR tá sem fio.

Melhor: tá uáireless!

Pronto.

Melhorou.

UÁIRELESS. Com dois "s". É difícil falar essa palavra, mas é melhor do que dizer que "estou sem fio". Se a pessoa disser "agora estou UÁIRELESS" ninguém vai pensar em fio terra, certo?

Certo?

Que texto mais sem graça e sem propósito...

Desculpa aí.

Foi mal.



Pelo menos não tem piada sobre mesóclise!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Sendo o que tinha para o momento...

Hoje eu peguei um modelo de ofício para ser mandado pra Justiça do Trabalho e o final da redação do dito, antes da assinatura de quem vai mandá-lo, era a seguinte:

"Sendo o que tinha para o momento, e aproveitando o ensejo para renovar votos de elevada estima e consideração, subscrevo-me atenciosamente. "

Pô, que exagero! Eu acho isso uma baita poluição visual na correspondência. Tudo bem, puxa legal o saco do juiz (esses seres adoram ter seus meritíssimos sacos devidamente puxados), mas pra que tanta coisa?

Aliás, se é pra puxar o saco, ficaria melhor terminar o ofício assim:

"Valeu aí, dos meu,"

ou

"Um beijão,"

ou, quem sabe

"Afudê pra caralho trabalhar com o apoio de vocês, cara,"

de repente, até um

"Passa lá em casa depois, vamo tomá uma cerva,"...

Ou, então, se é pro cara se ligar, e não pra puxar o saco dele, poder-se-ia (puta que pariu! Mesóclise a essa altura do campeonato??) mandar frases de efeito como

"Me devolve meus trinta pila, tchê!"

ou

"Bah, tu viu o baita rabo da guria do xerox??"

ou, sei lá, seria legal colocar algo informativo como

"Tamo ferrado no gre-Nal de domingo, cara! O Inter tá uma merda!"

...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Descarrado

Pronto. Agora contribuo para a diminuição do aquecimento global. Vendi meu carro.

Não, eu vendi mesmo, não troquei por outro, não quero mais saber de carro. Nas condições atuais de temperatura e pressão eu não preciso de carro. Eu tinha um bem de um bom valor que só servia para me levar ao supermercado lá de vez em quando. O que ele mais fazia, enquanto ficava na garagem, era comer sua bateria aos poucos. Eu já tinha trocado a bateria dele por uma nova, e o guloso estava comendo a nova também.

Falei para determinadas pessoas que eu estava querendo vender o carro e escutei, em troca, a seguinte pergunta: "tá precisando de dinheiro, é?". "Não, só não quero mais ter carro", respondi. Com a resposta, teve gente que ficou me olhando com cara de "olha só, tá se achando bom demais pra ter um carro..."

Rá! Agora faço parte da MARGEM da sociedade! Sou um descarrado!

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)