Escutava.
Não queria escutar, mas escutava.
Cheirava o barulho da obra ao lado
degustava a cor da parede que era construída com rapidez
em frente à sua janela.
Dizia, pensando, que um dia matar-se-ia (nota do autor: RÁ!)
por causa do som daquela maldita serra.
Os metais paravam seu cérebro,
não o deixavam enxergar seus pensamentos mais obscuros,
poluíam sua mente devastada pela rotina,
abafavam sua saliva,
empestavam os ouvidos,
circuncisavam a garganta,
aparavam a visão,
atrapalhavam todos os sentidos.
Maldita serra.
Maldito barulho.
Bateção maldita.
Maldita era a andança do progresso.
6 comentários:
Estão fazendo obra perto da tua casa? hehehehee
Poetando?
A vida é assim. Mas fica a dica de ouvir Juvernar, do Karnak.
Beijo
Cara, arrumei uma encrenca pra ti lá no meu blog. Dá uma olhada.
Abraço.
melhor post do OCDVNEB de TODOS os tempos.
sem brincadeira nenhuma.
OCDVNEB??
porra, faço um elogio caralhesco e o cara se preocupa com isso.
O Cachorro Da Vizinha Não É Biodegradável, oras.
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