domingo, 21 de dezembro de 2008

Ganhei um violão. Papai e eu entramos em uma loja de móveis para casa e, estranhamente, em cima de cada sofá que estava à venda havia um violão. Eu nunca tinha visto algo assim. Uma loja de móveis que, de lambuja, vende violões. O pai olhou pra minha cara e perguntou e aí? Queres um violão vagabundo?, eu retruquei, meio insolente, meio mal agradecido, mas eu nem sei tocar... Ele olhou pra minha cara novamente, eu não tô te perguntando isso, perguntei se tu queres um violão! Então eu agradeci e ele comprou o instrumento... Agora me deparo com ele, aqui, ao lado do computador, olhando pra minha cara, dizendo ei, tu aí, não vai tocar nada? Bem que eu tô tentando, mas se a maldita música tem um FÁ eu me FU, porque É IMPOSSÍVEL FAZER A PESTANA DO FÁ. MALDITO FÁ. VAI PRA FUTAQUEFARIU!

Tô gostando de escrever como o Saramago.

(Para entender a futaquefariu: o homem entrou na loja e perguntou ao vendedor o senhor tem uma televisão pílipis? O vendedor explicou é fílips, não é pílipis, e não temos, não, senhor, o homem então perguntou se eles tinham telepunken, o vendedor corrigiu novamente, é telefunken, senhor, e também não trabalhamos com essa marca, o homem, já irritado, fez a última pergunta vocês têm, então, pílco? O vendedor falou não se diz pílco, é fílco, e o homem irritou-se por completo e falou ENTÃO VAI PRA FUTAQUEFARIU!)

5 comentários:

Anônimo disse...

Saramago total!

Telephunken... ai meu pai, tô velha!

Leandro Fonseca disse...

hahahaha! "Saramago total"... que beleza... Sabe que é muito bom escrever assim? A coisa parece que flui mais, o texto vem à cabeça e já vai pra tela rapidinho!

Unknown disse...

Deve ser um baita livro esse "Ensaio Sobre a Cegueira". É um dos que quero ler.

Leandro Fonseca disse...

Olha, eu tô gostando. Pensei que eu fosse achar chato, exatamente pelo fato da escrita ser muito estranha, mas tô gostando.

Rodrigo Schmidt disse...

hahaha

Também comprei um violão para mim no final do ano passado. Espero que um dia consiga tirar música dele ao invés de barulho.


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)