sábado, 14 de janeiro de 2006

(Texto antigo, mas eu acho legal. Repito, então.)

- Alô? Cabral?
- Não. Aqui é o Camões.
- Ah, Cabral, Camões... É tudo português.
- Eu não sou português.
- É, sim. Com esse nome? Só pode ser.
- Meu pai era. Eu não sou.
- "Filho de peixe peixinho é".
- Não sou português, muito menos peixe! Não gosto de português!
- Como não? E tu tá falando Mandarim, por acaso, seu lusitano?
- Eu falei do POVO português! Não falei da Língua Portuguesa!
- Ah, pára, peixe!
- EU NÃO SOU PEIXE!
- Bacalhau!
- EU NÃO SOU PEIXE!
- Eu disse "bacalhau", portuga!!
- MAS BACALHAU É PEIXE! E portuga é a mãe!!
- Tua mãe também é portuguesa?
- NÃO!!
- Então, tá... E tu é o Pero Vaz de Camões, né?
- É "Pero Vaz de Caminha"!!!
- Teu nome é Pedro Vaz de Caminha? Que legal! Coincidência, hein? Mundo pequeno, esse...
- "PERO", droga! E não! Eu tô dizendo que o certo era "Pero Vaz de Caminha"... o outro era "Luis de Camões"!
- Tá... tá... Viu como tu é português? Tu sabe tudo isso! Não te faz! Canta um TANGO aí pra mim, português!

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"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)