Ainda o papo dos filmes...
Eu ia responder o comentário do Leonardo no espaço destinado aos comentários do post abaixo, mas resolvi escrever aqui: cara, tu que é fã de HQ... Tu disse que a linguagem do cinema é diferente... O que tu achas, então, das adaptações dos quadrinhos pro cinema?? Por que diabos eles sempre têm que mudar alguma coisa nos personagens ou na história deles?? Por causa dessa famigerada linguagem? Pô, quer coisa mais PRONTA pra levar pro cinema do que história em quadrinhos?? Tá pronto! Não precisa mudar nada. Mas não... a Mary Jane do Homem-Aranha fica loira, porque a Srta. Kirsten Dunst não quer mais pintar os cabelos de vermelho... o Lex Luthor usa peruca (!!!!!) nos filmes velhos do Super-Homem, porque o Sr. Gene Hackman não quer raspar sua "VASTA" cabeleira... Mas a pior de todas é essa: o Coringa é criado pelo Batman, que atirou o Palhaço do Crime num tanque de ácido, e o Batman é criado pelo Coringa, que aparentemente teria matado os pais de Bruce Wayne, na "salada de frutas" chamada "Batman", do Tim Burton!
Por falar em Super-Homem, vocês sabem que o filme novo do Super (Superman Returns) tá passando por um "retoque"? Sério. Os caras estão DIMINUINDO DIGITALMENTE O CACETE DO ATOR. É sério. O cacete do cara aparecia DEMAIS por debaixo da famosa "cueca por fora das calças" que o Super-Homem usa e acharam meio ofensivo.
O filme faria sucesso em Pelotas.
7 comentários:
Ai concordo contigo, não teria por que mudar coisas como a origem do Coringa, mas pelo jeito que acabou Batman Begins, já mudaram. Sem falar na origem do Dr Destino, que eu nem me lembro qual é, mas com certeza não tem nada a ver com a origem do Quarteto Fantástico.
Por outro lado, no cinema é muito melhor um Batman de uniforme preto do que calça cinza e cuecas azuis, pois a linguagem é diferente. Eu acho que os roteiristas de cinema não se sentem a vontade de simplesmente seguir o que já está pronto. Precisam mostrar serviço de alguma forma. Outra questão é que os caras tem que colocar sei lá quantas edições de HQs em duas horas de filme. Fica complicado contar muita historia, pois esse tipo de filme deve ser mais ação do que história. Alem disso, tudo que tu colocares da história tem que ser bem explicado, pois teoricamente alguem que nunca leu um gibi precisa entender o filme (não dá pra aparecer um Dr Destino do nada em um filme, já em uma HQ pode aparecer tranquilamente, já que o leitor está lendo a edição 273 do gibi e se ele não leu as 272 anteriores o problema é dele).
De qualquer modo, ainda sou mais fã do Kubrick que do Stephen King. Eu simplesmente me abstraio que O Iluminado foi baseado em um livro. São historias diferentes. O Kubrick deve ter lido o livro e pensado: "hmm, seria interessante fazer um filme nessa linha. Mas que sacanagem usar a idéia do cara sem dar-lhe os créditos. Vou comprar os direitos por via das duvidas." E fez o filme dele, do jeito que ele quis e é um baita filme. Será que o King preferia que não fossem comprados os direitos? Alem disso, garanto que ele vendeu uns bons exemplares do livro dele depois que saiu o filme.
Sem dúvida, o VISUAL do cinema é bem diferente. Até há uma piada no X-Men 1, sobre a roupa amarela do Wolverine do Gibi. O que eu digo que é chinelo demais é a MUDANÇA NAS HISTÓRIAS, nas origens dos personagens, como tu disse. Quanto à linguagem das telonas, também concordo. O problema é que, acho que por isso, os caras resolvem inventar um monte de merda...
No caso do Kubrick, ele poderia, então, ter inventado OUTRA história. Ele não contou o que tinha no livro, não. Óbvio que ele ajudou o King a vender mais livros - eu li o livro por causa do filme -, mas continuo o achando um maluco, hehehehe...
É, nós temos a mesma opinião sobre mudanças nas histórias. O filme do Kubrick é praticamente outra história. Acho que todos os artistas que admiro são meio malucos. Tanto na musica quanto no cinema. Se pessoas normais fazendo coisas normais fosse divertido lugares como supermercado e fila de banco seriam pura diversão.
Existe um filme chamado Adaptação, Leandro. Vai lá ver, vai.
Não vou.
Espero que o último parágrafo não seja uma reclamação.
Tua?
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