domingo, 1 de agosto de 2010

Eu escrevi este texto no ano passado...

...e havia esquecido dele. Republico.

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- Ventriloquo? Como assim, um ventríloquo?
- É a minha vocação, pai.
- Eu juntei todo aquele dinheiro para a sua faculdade, meu filho. Para que você cursasse uma faculdade digna! Eu queria que meu filho fosse um doutor!
- Pai, não adianta, eu quero ser um ventríloquo. Não me vejo fazendo outra coisa no futuro.
- Isso mesmo, marido! Deixe o menino ser um ventríloquo!
- Cala a boca, mulher! O assunto ainda não chegou aí na cozinha!
- Não é a mamãe que está falando, pai. Sou eu! Não tem ninguém na cozinha.
- Você? Sério??? Não estou acreditando.
- Pode acreditar, marido!
- Cala a boca, mulher! Ainda não estamos falando com você!
- Pai, sou eu, pai. A mamãe está na casa da vovó.
- É verdade! Ela veio me visitar!
- Fique quieta, velha pentelha! Estou em uma conversa séria com o Marquinhos!
- Pai, não é a vovó, a vovó está na casa dela, recebendo a mamãe.
- Ora, mas que bobagem, ela está ali na cozinha...
- Burro! Você é o mais burro dos meus genros!
- Cala a boca, velha coroca!

2 comentários:

Diogo disse...

Eu lembrava dessa. E ri de novo.

vinícius disse...

eu lembrava dessa, por isso não li, logo não ri de novo.


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)