Finalmente casado com Inês, Atílio passava tempos inutos e minutos tentando estabelecer alguma intimidade com sua manca, matrona, obesa esposa, morena de UM olho, e verde. A mulher era difícil, se escondia, mas Atílio tinha paciência de Jó. Aparentemente Inês não queria consumar o matrimônio. Como ele não jogava caxangá, nunca viu o tal do Zé Pereira mais gordo e jamais tinha lido a bíblia, acabou perdendo a paciência. Num belo dia comunicou à moça:
- Se hoje tu não me der, tá tudo acabado entre nós.
Inês, com sua sexualidade ornitorrínica e sua sutileza hipopotâmica, apenas disse:
- Tô me guardando pra hora certa, meu amor - e piscou seu único olho. Verde. E QUE verde tinha esse olho!
Isso foi o máximo de carinhosa que Inês conseguiu chegar em toda a história. Atílio, que já havia recuperado sua virgindade pelo desuso, quase hipnotizado pelas palavras "meu" e "amor", parou para pensar e perguntou:
- Mas que hora, meu deus do céu??? Qual é a hora certa? Tu tá esperando que eu morra?
A resposta foi ríspida, uma lança direto no coração:
- ATÍLIO, EU ESTOU ESPERANDO MINHA CIRURGIA DE TROCA DE SEXO.
Inês era, na verdade, homem. Queria virar mulher. "Peguei uma tão feia, mas tão feia, que é homem", pensou nosso herói.
2 comentários:
Putzgrilla!
Essa foi F! F de forte!!
Só quero ver o desfecho deste drama!
Pobre Atílio. Espero que a cirurgia não seja pelo INAMPS!
JLuiz
HAHAHAHAHAHA
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