sábado, 29 de abril de 2006

Finalmente casado com Inês, Atílio passava tempos inutos e minutos tentando estabelecer alguma intimidade com sua manca, matrona, obesa esposa, morena de UM olho, e verde. A mulher era difícil, se escondia, mas Atílio tinha paciência de Jó. Aparentemente Inês não queria consumar o matrimônio. Como ele não jogava caxangá, nunca viu o tal do Zé Pereira mais gordo e jamais tinha lido a bíblia, acabou perdendo a paciência. Num belo dia comunicou à moça:

- Se hoje tu não me der, tá tudo acabado entre nós.

Inês, com sua sexualidade ornitorrínica e sua sutileza hipopotâmica, apenas disse:

- Tô me guardando pra hora certa, meu amor - e piscou seu único olho. Verde. E QUE verde tinha esse olho!

Isso foi o máximo de carinhosa que Inês conseguiu chegar em toda a história. Atílio, que já havia recuperado sua virgindade pelo desuso, quase hipnotizado pelas palavras "meu" e "amor", parou para pensar e perguntou:

- Mas que hora, meu deus do céu??? Qual é a hora certa? Tu tá esperando que eu morra?

A resposta foi ríspida, uma lança direto no coração:

- ATÍLIO, EU ESTOU ESPERANDO MINHA CIRURGIA DE TROCA DE SEXO.

Inês era, na verdade, homem. Queria virar mulher. "Peguei uma tão feia, mas tão feia, que é homem", pensou nosso herói.

2 comentários:

Anônimo disse...

Putzgrilla!
Essa foi F! F de forte!!
Só quero ver o desfecho deste drama!
Pobre Atílio. Espero que a cirurgia não seja pelo INAMPS!
JLuiz

Fonseca disse...

HAHAHAHAHAHA


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)