quarta-feira, 21 de julho de 2010

Eu deveria dormir.
Amanhã (hoje, né. Já é hoje) eu tenho que ir trabalhar cedo.
Meu afilhado nasceu hoje (ontem, pô. Já é ontem) e eu fiquei pensando na minha vida. Eu quero ter filhos, já estava pronto pra ter filhos desde algum tempo, e sempre disse que, se eu pudesse escolher, eu queria ter uma filha. Já tenho até nome escolhido pra ela.
Mas o tapete foi puxado, o "divórcio" foi consolidado, agora tenho que encontrar outra mãe pra minha filha, tudo bem, tudo bem, parte-se pra outra.
Entretanto...
Tu achas que este é um post sério, né?
Tá parecendo, né?
Mas não é. Nem tanto. Quer ver?
Eu tenho que dizer que É MUITO MAIS LEGAL comprar presentes pra um menino.
Muito mais.
Porque o meu afilhado, coitado, não vai ter presentes "dele", sabe? Ele vai somente deter uma simples POSSE dos brinquedos que o pai dele e eu repassarmos pra ele. Porque nós vamos comprar esses presentes pra NÓS MESMOS, crianças grandes que somos, e, porque somos benevolentes, pessoas "bambas de verdade mesmo" (e o copyright vai pra Regina, pois essa expressão é dela!), vamos deixar o guri utilizá-los. Posse e usufruto. Mas se não usar direito, olha lá, hein?! Vai ter que devolver pro pai e pro dindo!
Eu lembro de estar na extinta (?) Casa dos Presentes, em Rio Grande, com uns 8 ou 9 anos de idade, segurando em uma mão o He-Man e, na outra, o Esqueleto. Meu irmão, mais novo, me olhava dizendo "tá, e agora, o que a gente faz???". Acho que a ideia foi do meu pai: par ou ímpar. o vencedor fica com o bem. Não sei se hoje eu jogaria pelo bem (ai, malvaaaado!), mas naquela época o "cool" era ser do bem.
Eu ganhei o par ou ímpar. Ganhei o He-Man. Meu irmão, consequentemente e sem trema, ficou com o Esqueleto e sua gangue do mal.
E depois cada presente devia ser balanceado. Um ganhava o Gato Guerreiro, o outro ganhava o "bicho do Esqueleto" (não lembro se aquele bicho tinha nome); um ganhava a nave do bem, o outro tinha que ganhar uma nave "malígrina" (será que naquela época eu já achava a Teela e a Maligna gostosas? Porque hoje eu acho. Hm. Declaração DEVERAS nerd. Entendi.).
O Castelo de Grayskull era dos dois. Claro, pô. Não havia um castelo pro Esqueleto, então era dos dois, e todos moravam lá, bons ou maus, em perfeita harmonia.
Acho que não teria tanta graça comprar uma... ahn... não sei quais são as "bonecas do momento"... uma Moranguinho? Moranguinho tá valendo? Tá, a Barbie, então. A Barbie nunca sai de moda. Acho que não teria tanta graça comprar uma Barbie pra uma afilhada ou para um filho. O Homem-Aranha e o Batman são muito mais legais.

(Que a minha filha nunca leia este texto. Se um dia ela vier pra minha vida, é claro.)

6 comentários:

Tamyzinha-sls disse...

E o Thomaz vai ter que aprender a ler com 2 anos pra dar vencimento naqueles gibis do pai dele! Em tempo: dar presentes pra meninos é legal. Eles ficam felizes com qualquer coisa que tenha utilidade prática de destruição e dominação, ou brinquedinhos para chutar e desmontar. Por isso, meu irmão não vai ter nada pra doar ao Thomaz: Ele quebrou e desmontou todos os brinquedos, principalmente aqueles carrinhos movidos a pilha. Hehehe.

Anne Pinheiro Leal disse...

Leandro, parabéns pelo afilhado! As Barbies são sim "equivalentes" femininos para os "He-mans" e etc. A menina virá, e vai preparando o bolso porque a mãe dela estabelecerá com a guria mesma relação que tu e teu irmão com o Thomaz (é isso?), só que de uma forma mais "impulsiva". Outra dica: a Moranguinho e suas amigas são todas do bem. Bj.

Luiz Mário disse...

O hoje só vira amanhã depois que eu durmo.

Maria disse...

Mas vc pode dar um carrinho com controle remoto pra ela, tá?

Porque eu tive todas as barbies e moranguinhos, mas sempre morri de vontade de um carrinho de controle... só que nunca ninguém me ofereceu, nem tive coragem de perdir.

Diogo disse...

Perdi o braco do Esqueleto na praia de Sao Lourenco. :(

Pai disse...

O difícil desta história toda é a longa luta e a procupação para fazer uma partilha justa, mantendo a individualidade dos filhos que crescem; para que eles depois se lembrem que esta intenção existiu.
E se o cara ficou infeliz com os bonecos do mal? Não é fácil!
Pai


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)