segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Geraldo estava prestes a ter um filho. Só que não sabia quem seria a mãe. Possivelmente Laura. Achava que poderia ser ela. "A Laura seria uma boa mãe", pensava. O grande problema era que Adália também tinha grandes possibilidades de sê-lo. Fizera sexo com Adália alguns meses antes, e ela sempre quis ter um filho seu. Ou até de outra, quem sabe. Dele, ele não tinha dúvidas que a criança era. Mas não sabia quem seria a mãe. Lembrou, depois, de Cleide. Ela não quisera tomar a pílula naquela fatídica noite. Lembrava muito bem de ter dito a ela que "se tu não tomar uma hoje, tu vai matar o efeito das PÍRULAS, mulher!". A Cleide era maluca. Esperava que ela, principalmente ela, não fosse a mãe do rebento. O filho, homem, daqueles que nascem do sexo masculino, estava prestes a vir e ele estava apreensivo. "Até que enfim, um homem na família!", sacaneavam os amigos. "Esse, sim, vai cuidar dos negócios!", brincavam seus empregados. "Esse vai ser colorado!", gritava Osvaldo, seu vizinho cego. Colorado, muçulmano ou arquiteto, tanto fazia. O que encucava Geraldo era a maldita dúvida: "quem será a mãe dessa criança??"

Um comentário:

Anônimo disse...

O Geraldo recebeu a visita do Anjo Gabriel para ter esta certeza? Se ele quiser acabar com esta dúvida atroz é só mandar elas fazerem um teste de gravidez que se compra em boa famácia do ramo - ou ultra som. Não te estressa Geraldo!


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)