(Estou de volta. "E daí?")
Agora eu estou ganhando muito mais tempo na minha vida. Parei de assinar todo o meu nome nos comprovantes do cartão de crédito.
É, eu não tenho uma assinatura daquelas bem bonitas, com trocentos rabiscos pra lá e pra cá, daquelas difíceis de serem clonadas por qualquer um. Eu simplesmente assino o meu nome.
Mas, com os tempos modernos, veio a pressa. Não podemos esperar nem dois segundos para fazer as coisas do dia-a-dia. "Esse programa tá demorando pra carregar! Tô precisando de mais memória RAM!" - o programa leva 3 segundos para ser carregado, e com mais memória RAM ele levaria 2.2 segundos, talvez.
Esses nanomicronésimos de segundo ganhos com mais memória RAM no microcomputador poderiam ser utilizados para, talvez, abrir uma mensagem que recebi no celular. Só que o meu celular é ruim, tá demorando 0,96 segundo pra abrir uma mensagem... Tenho que trocar o celular.
Retornando à assinatura, eu sempre escrevi o meu nome. E, pra assinar o meu nome, eu tenho que PENSAR o nome enquanto eu estou a escrevê-lo. "Vamos lá: le-aaaan-dro..." - até o fim. Isso toma tempo demais, sem contar o fato de que eu posso ser interrompido por alguém ou algo durante a longa assinatura. Isso já aconteceu.
"le-aaaann-dro..."
- LEANDRO! Quanto deu a conta, mesmo??
Parei de assinar. E não consegui responder:
- Hãã... Hããã... - diarréia mental.
E, quando eu sou interrompido, é IMPOSSÍVEL recomeçar a assinatura no meio dela. É impossível.
Ultimamente eu tenho apenas rubricado os comprovantes do cartão. Bom demais. Muito mais rápido. Estou pensando em fazer isso nos cheques, também.
A rubrica funciona! Não é o meu nome inteiro, é só um "L" estilizado, mas funciona perfeitamente.
Pelo menos não é o que um amigo tem feito nos estabelecimentos comerciais da vida. Soube que ele, que também assina o nome por completo, já testou as seguintes firmas:
- JOÃO NOEL
- JOÃO ARANTES DO NASCIMENTO
- JOÃO TIRIRICA.
E assim por diante. Tem funcionado. Até agora ninguém reclamou.
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