quinta-feira, 24 de novembro de 2005

Hoje fui informado de que o alface e seus assemelhados de nada adiantam a não ser engrossar o monte de bosta que diariamente defecamos. Que aquele monte de coisa verde, que eu considero COMIDA DE CAVALO, serve apenas pra LIMPAR o intestino (alguém acha que o intestino pode ser limpo??? Um caminho dedicado à merda pode, realmente, ser limpo????). Que as tais fibras - que eu não sei se estão presentes na família alfaciana - servem pra isso também. Só pra dar o prazer da cagada àqueles que não conseguem tão facilmente almejar seus objetivos enquanto sentados no trono.

Pois bem. Com isso, o leitor há de entender o quão ridículo eu me acho quando TENHO que ingerir esse monte de mato (ih, merda, deixa eu fechar a janela, porque a zeladora resolveu fumar BEM EM FRENTE à minha janela). Minhas refeições dividem-se em:

PARTE I - QUEM COLOCOU ESSE MONTE DE MATO RIDÍCULO, ESSA COMIDA PRA CAVALO, NO MEU PRATO, PORRA?? e

PARTE II - EJACULAÇÃO PRECOCE - sim, pois a quantidade de "comida de gente" (mais conhecida como arroz, feijão, delícias fritas, carnes gordas e outras maravilhas da culinária obesa) é PÍFIA, é QUASE NADA, e o prazer é célere, minha gente. É rápido. "AHHH, QUE BELEZA ESTE BOLINHO DE BATAT..." FIM.

terça-feira, 22 de novembro de 2005

"Fulaninho, sai da chuva que é pra tu não te gripares!"

QUE CALOR! RAIQUEPARTA, PUTAQUIPARIU, MERDA!
UMA PISCINA! UMA PISCINA, POR FAVOR! UM AR CONDICIONADO!
AHHHHHH
Mofam os arrozes.

Irulãn olha para cima e enxerga a panturrilha DIREITA de sua lebre, dependurada no lustre.
Pensou que aquilo não poderia ser normal.
Também, pudera, quando poderia imaginar que, enquanto estudava Física Quântica, aquela maldita lebre dependurar-se-ia no lustre de cem mil reais de sua avó?
A avó chega. Desce de sua limusine e dá APENAS cinqüenta centavos de gorjeta para o mordomo que, ofendido, põe um fim à vida dominadora da velha, com cinco punhaladas em suas costas.

E a lebre no lustre.
E os arrozes mofam.

É sempre culpa do mordomo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

Ah, sim... - parte II

Cá estou eu, com a bunda quadrada, sentado no pobre banquinho que temos pra colocar em frente ao computador (tamos passando por dificuldades, gente. Pô, nóis é pobre, tá pensando o quê...), tecendo esse monte de porcaria que costumo tecer

(** PARÊNTESE GRANDE DEMAIS PARA SER COLOCADO JUNTO AO TEXTO: sim, "tecer", oras. Tu já viu aqueles adolescentes panacas em salas de bate-papo? Exemplo:
"oi quer tc"
Sim, assim mesmo, sem pontuação, letra maiúscula, coisa alguma. "TC". Entendeu? Isso quer dizer, acho, "Oi, quer TECER?"
Conclusão: freqüentadores de bate-papo são grandes TECELÕES.
FIM DO PARÊNTESE GRANDE DEMAIS**),

ouvindo com meus surdos ouvidos o bate-papo (tecelões?) dos atores do filme ao qual minha excelentíssima assiste no DVD. Olho pra tela da TV e lá estão os três, dois homens e uma mulher, numa discussão filosófica sem tamanho. Olho novamente e a situação é a mesma. Olho mais cinco vezes e nada muda. Até agora:

- nenhum deles comeu a mulher;
- nenhum deles deu chute giratório no outro;
- nenhum deles cantou e dançou "Twist And Shout" com Ferris Bueller;
- nenhum deles gritou "ADRIAAAAAAAAAAANNNNNNNNN!!!!";
- nenhum deles voou;
- nenhum deles disse pro Luke que é seu pai;
- nenhum deles deu tiros num agente da Matrix;
- nenhum deles deixou o Flass pendurado por uma corda, de cabeça pra baixo, no topo de um prédio, numa noite chuvosa de Gotham City e gritou praquele gordo féladaputa: "SWEAR TO ME!!!!!!!!!!!".

Putz, que filme chato!!!!!!
Ah, sim...

(Tudo Acontece em) Elisabethtown, do Cameron Crowe - por que esse "Tudo Acontece em"???? Odeio as "traduções" dos títulos de filmes por aqui. GRANDE FILME. Gostei muito. Filme que emociona. Filme que faz pensar sobre família. Principalmente neste momento, que estou afastado dela, pensei muito sobre a minha.

E tô ficando cada vez mais fã do Cameron Crowe. O cara é fã de rock e sempre coloca certa referência roqueira nos filmes dele. Isso sem contar as fabulosas trilhas sonoras.

Ih, "fabulosas". Quanta viadagem. Que vocabulário aviadado. Deixa eu escrever uma besteira, então: sabem como se chama o filme "Home Alone" ("Esqueceram de Mim", no Brasil) no Uruguai? "MI POBRE ANGELITO".

Mi Pobre Angelito!!

No Uruguai é pior. Bem pior. É por essas e outras que eles ficaram de fora da Copa do ano que vem.

quarta-feira, 16 de novembro de 2005

Estava eu perambulando, sem destino definido, na Feira do Livro de Porto Alegre, na última segunda-feira. Sim, sem destino, pois o que diabos eu fui fazer na Feira do Livro?? Como pessoa iliterata, que nada faz para terminar sua ignorância no tocante à Literatura, tenho NADA para fazer num lugar desse tipo.

Pois bem. Não interessa. O que me fez pensar (aiaiai...), neste passeio, foi o ABRAÇO NA PRAÇA DA ALFÂNDEGA. A Feira acontece nessa praça, e, quando eu estava por lá, avisavam nos alto-falantes: "dentro de minutos, acontecerá o evento 'Abraço na Praça da Alfândega', realizado por moradores da cidade, em prol da paz, contra a violência" e outras coisas que deixei de registrar em virtude do Tico e do Teco terem começado a trabalhar:

Mas que coisa linda! Pra acabar com a violência basta simplesmente dar um abraço virtual na praça e gritar "XÔ, VIOLÊNCIAAAAAAAAA! PÁRAAAAAA! PAREM DE ROUBAAAAR! CHEGAAAAAAA! PAREM DE MATAAAR! EU NÃO AGÜENTO MAAAAISSSSS!!!" e a violência urbana termina!!

Ahã. Chega.

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Diarréia Galopante

Ela não avisa, mas ela vem.
E vem quando quer.
Principalmente quando tu tá dormindo,
à noite,
assim,
confortável,
na paz da cama do casal.
Menos mal que ela dá tempo pra que tu corra.
CORRE, DESRAÇADO, PORRA
LÁ VEM A DIARRÉIA GALOPANTE!!

P.S.: menos mal que a diarréia galopante te dá o direito de não ir trabalhar no dia seguinte...

sábado, 5 de novembro de 2005

Finados

Em conversa com minha Excelentíssima no feriado supracitado, tendo como assunto o próprio feriado e o que ele representa, adveio (HEIN? Fala grosso, porra!) a seguinte dúvida: se é uma data religiosa, por que as religiosas pessoas que a cultuam ficam tão tristes ao perderem os entes queridos para a morte?

Ei, não me crucifiquem como fizeram com vosso senhor Jesus Cristo... eu acho que a morte é uma coisa ruim (apesar de tratá-la com certa e, acho, até meio mórbida, naturalidade). Fico triste quando perco alguém. Mas penso com objetividade e tento interpretar os tortuosos, espinhentos e obscuros mandamentos das religiões.

Ora, pois. Se tais pessoas acreditam em VIDA APÓS A MORTE (não hão, todos os bons, de encontrar-se diante de deus pai todo poderoso no juízo final???), por que ficam tristes ao perder um ente querido?? Se a fé é tanta, se ela representa algo líquido e certo, a despedida para o morto seria algo como "valeu, xará. Nos encontramos daqui a pouco! Vai gelando a cerveja que daqui a pouco eu tô aí, viado!!!"

Ou não?

sexta-feira, 4 de novembro de 2005

Vocação

Não é trabalho para qualquer um. Não basta apenas prestar e ser aprovado em um concurso. Não basta ter vontade. O sujeito deve ter VOCAÇÃO pra trabalhar como servidor público.

É serviço para poucos. Não é fácil servir ao povo, o verdadeiro chefe, aquele que paga os malditos impostos que, por sua vez, pagam o magro e parco salário dos pobres, paupérrimos servidores públicos.

Eu nunca fiz um teste vocacional. Mas aposto que, se eu o fizesse, o resultado CERTAMENTE seria "servidor público". Tenho vocação descomunal; esse presente, esse dom passado por mamãe e papai. Não é fácil: é preciso ser provido de capacidade inigualável para furar papel, carimbar, empilhar processos, furar papel, carimbar, empilhar processos, furar papel, carimbar, empilhar processos, furar papel, carimbar, empilhar processos e, principalmente, furar papel.

Porque eu furo papel. E furo bem. O papel vem, eu pego o furador e furo. Furo mesmo. Sem dó, sem piedade. Furo e foda-se a papelada. Nem penso no desmatamento. Nem penso nas pobres árvores que um dia aquele papel foi. Pra pensar nelas existe o IBAMA. Que também é composto por pessoas com vocação pra furar papel.


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)