segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

(Eu escrevi isto num PAPEL, às 7h de domingo, em Rio Grande. Incrível como eu não tenho mais AQUELA caligrafia de outrora. Maldito computador! Bom era quando mandávamos cartas manuscritas. Malditos emails! - se me permitem o sarcasmo.)

Domingo, 7h da manhã. A pança cheia com um churrasco ao meio-dia e uma pseudopaella na janta, no sábado, me fez dormir mal e acordar cedo com nojo da cama e do quente quarto de hóspedes da casa de mamãe e papai. "A TV, minha amiga de todas as horas, há de me fazer companhia", pensei. Mas nem ela acordou. Não há energia elétrica em Rio Grande (mas como DÓI escrever com caneta!! Eita, mão desacostumada à escrita...).

Se não há energia elétrica, não há nada. A dependência que desenvolvemos aos aparelhos eletrônicos é tamanha que cheguei a pensar que nada havia para eu fazer. Peraí... realmente não há! Não tenho um livro ou uma revista aqui comigo. Não posso sequer comer - passatempo favorito de gordo -, pois não cabe nem uma migalha de pão no lotado estômago.

(Que letra horrorosa. Também, pudera, quando é que eu tenho escrito ultimamente? Não estudo mais, não vou a aulas, não preciso copiar mais nada que o professor fala - parece até que quando eu estudava eu copiava... No trabalho e em casa, tudo o que eu faço é feito no computador. De que serviram aquelas aulas de caligrafia no colégio dos padrecos?? "Agora vamos treinar a letra A. Enquanto isso, alunos, rezemos uma AVE MARIA...")

E a luz não vem. E o papel está terminando. Terminou.

5 comentários:

Unknown disse...

Eu sempre tenho em casa um ou dois livros por ler, e se por algum motivo eu não posso usar o computador é até bom, pois do contrário quase nunca "dá tempo" de ler. Mas na casa dos pais deve ser mais complicado mesmo. Somos todos viciados nessas porcarias eletronicas. Abraço.

vinícius disse...

1. sobre a escrita:
sala de aula não resolve nada. mesmo copiando as coisas na ESPM, minha letra foi se corroendo. a faculdade te obriga a escrever mais rápido, então não há salvação. a menos que tu seja mulher, claro, que sempre dribla tudo por um caderno mais bonito. e ou tu pegou um bloquinho de notas, ou a tua letra é gigante. eu acho que eu escreveria um triplo numa folha normal de caderno!
mas tá certo. eu tenho o mesmo problema daquele cara que diz que não bebe muito, mas o pouco que ele bebe... enfim.

2. sobre a leitura:
cara, acho que eu nunca li como agora. tou enfileirando um livro atrás do outro, e não lembro quantos já li esse ano (mas sei que não foram tantos assim). o negócio é a escolha do momento: cagar é o melhor deles. antes de dormir também. depois do almoço, mata a pau. e no ônibus, com fones no ouvido... oh yeah. mas não só ler livros. blogs também, e isso rende leituras e idéias diárias.

3. sobre o ps:
ps: gostei do "Vinícius"

Luiz Mário disse...

Sem energia? Bom, tu pode adaptar um play2 e uma TV a uma bateria de helicóptero ou tocar violão. Ou adaptar a bateria de helicóptero (ou caminhão, também serve) a um cubo e um som... e por ae vai. Eu, como não tenho bateria de helicóptero nem de caminhão, e que mesmo que tivesse não saberia usar, toco violão.

Anônimo disse...

Viciado em energia?
sim... qdo chove forte aqui em Pira acaba a luz pegamos as velas e sentamos todo mundo em volta da mesa... ficamos falando de novelas e afins... qdo a luz volta é um alívio, mas cada um vai pro seu canto.
Ou seja a tecnologia de certo modo distância as pessoas.
Voltei!! vai lá no meu blog!
bjs

Anônimo disse...

Por que não escaneia uma folha com a sua letra para eu ver?


"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)