terça-feira, 30 de setembro de 2008

Aliás...

IDÉIA é minha!
A LINGÜIÇA é minha!

E eu escrevo do geitu ki eu kizé, PHÔURRA!!

Férias e Doença

Quer merda maior do que ficar doente nas férias?

Pois eu tô assim há mais de duas semanas. Minha doença começou antes das férias. Aí saí de férias e continuei doente. Tive de cancelar passagem de avião e o escambáu (alguém aí já escreveu essa palavra antes? Eu nunca tinha grafado tal verbete maluco, apesar de sempre utilizá-lo quando falo), com medo de ter um treco bem no meio de Ouro Preto.

Tive uma reação alérgica maluca, sabe-se lá do que, e não fiquei a fim de verificar se eu estava com condições de desbravar Minas Gerais sem ter um piripaque (putz, taí outra palavra que eu não lembro de ter escrito antes).

Agora tô aqui, as férias ainda não terminaram, muito menos a doença. O problema agora é respiratório; a asma veio pra ficar há mais de duas semanas e não quer ir embora desse corpo. Corpo, aliás, que tá ficando esbelto, pelo menos. Afinal, a única vantagem de ter uma doença assim é emagrecer rapidamente.

Nada que não será devidamente reposto num futuro próprio, claro.

Aliás, que saudades de tomar uma cerveja. Puta merda.

sábado, 13 de setembro de 2008

Diálogos Inóspitos, Malucos e Reais

- Onde foi que eu enfiei a chave do almoxarifado??
- Não pergunta, que eu respondo...
- Gente, onde tá essa maldita chave? Abri, entrei lá, peguei dois pacotes de folha A4, tranquei a sala e... ONDE FOI QUE EU COLOQUEI A CHAVE? Vou procurar em todos os lugares!
- Mas, Fulana, tu não precisas procurar em todos os lugares, pois tu não saíste deste PARÂMETRO... - disse isso e desferiu tapinhas em mim, toda boba - Hein? Hein? Viu como eu tô falando difícil??
- Sim, tão difícil que chega a ser errado! É PERÍMETRO!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dos Diálogos Reais

Ela olha para a colega e fala:
- Então vamos fazer isso hoje, certo?
- Ah, não dá. Temos que esperar a chuva parar primeiro.
Aí ela olha para a rua e vê que não está chovendo. Não tinha caído uma gota d'água sequer naquele dia. E não moravam em Belém, onde as pessoas marcam eventos para antes, durante ou depois da chuva.

sábado, 6 de setembro de 2008

Neve, ainda que tardia.

(Também não entendi o título.)

Passaram-se três meses da terça-feira pra sexta-feira. Na terça, eu andava de camiseta e bermuda. Na sexta, tive de usar sobretudo e luvas. Na terça devia ser outono, fim do verão, e na sexta-feira veio o inverno. E eu devo ter dormido e não vi nada disso.

Dá pra pensar que na terça a Terra saiu do movimento de translação e deu um pulinho ali no Sol, pra bater um papo com ele. Aí, na sexta, brigou com ele por causa de uma discussão sobre futebol, ou política, e afastou-se do Astro Rei - tá, essa foi fraca. Também achei.

Pois bem: ontem, com tanto frio e a umidade, NEVOU aqui perto, na cidade de Pinheiro Machado! Putzgrila! Por que não mandaram um pouco mais de neve pra cá também? É tão pertinho! Eu gostaria de ter visto! Era um monte de neve!

Não, peraí. A televisão disse que era NEVE GRANULAR.

E daí? Qual é a diferença?

Eu, como sou pobre, nunca fui à Europa (ou outro lugar no qual a neve é mais comum) e nunca vi neve em grandes quantidades. Vi a famigerada neve granular em três ocasiões.

Famigerada neve granular... Maldita neve granular! Sempre que eu vejo um pouquinho de neve caindo do céu, começo a gritar

- NEVE! É NEVE! NEVEEE!

e algum FILHADAPUTA de um estraga-prazeres fala:

- Isso não é neve, não... É NEVE GRANULAR.

Ora... Se não é neve, é o que, porra? Algodão caindo do céu? Confete? Cocaína? Talco? Vai pra puta que te pariu! Deixa o pobre aqui achar que tá vendo neve, porra! Bandegente infeliz que fica querendo tirar a diversão dos outros...

Celso


(de Leandro Godinho)

Eu lembro do meu amigo sorrindo pra mim. Sorrindo de qualquer coisa. Um sorriso sincero e bonito, como se pudesse varrer a tristeza das ruas. Sabia sorrir de verdade, o meu amigo Celso.

Descedente de orientais, sushiman, palmeirense verde, paulistano e amigo como raros são capazes de ser. Conheço muito poucos que sabem dar valor a uma amizade como o meu amigo Celso soube - e nunca se furtou de nos mostrar. Por isso, é muito difícil agora, horas após a notícia ter entrado vacilante em meus ouvidos, segurar o choro ao pensar que o amigo ao meu lado na foto morreu esta manhã, num leito de hospital.

Tem tanta coisa boa que eu posso falar do Celso. Celso era o tipo de sujeito que se largava do centrão até Congonhas num dia de semana porque eu ficaria umas duas horas ali em conexão e a gente podia gastar meia hora almoçando juntos. Celso dividiria com você o último Marlboro da carteira só pra ter o prazer de conversar contigo sob a noite sem estrelas de São Paulo. Celso ignorava a dor que sentia ao caminhar em seus últimos dias pra encarar busão e metrô e se encontrar comigo quando eu estava em Sampa, ignorava a dor e ria como se pudesse varrer a dor do mundo naquele instante.

Eu quero me lembrar do meu amigo assim, sorrindo.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

- Palhares, por que a gente chama o Leite de Leite?
- Uma vez ele levou uma caixa com doze litros de leite integral pra passar um final de semana na casa do Peruca!
- Que bobagem! E por que o Peruca é Peruca?
- Uma vez o Peruca levou uma peruca quando foi passar um final de semana na casa do Pingola.
- E o Pingola, por que é o Pingola?
- Uma vez o Pingola comeu a mãe do Cachorro!
- Comeu a mãe do Cachorro? Como???
- Com a pingola dele, oras!
- Não! Como ele acabou comendo a mãe do Cachorro?
- A véia é baita vagabunda, até eu comi.
- Então tu devia ser chamado de Pingola também?
- Não, eu sou no máximo um Dedal.
- E o Cachorro?
- Sei lá, nunca vi o Cachorro pelado!
- Não! Tô perguntando por que o Cachorro é o Cachorro!
- Ah, porque ele mia como um gato...
- Mia?? Mas ele é o Cachorro!
- Caramba, Petúnia, tu não entende nada de apelidos...
- Petúnia? Por que diabos eu sou o Petúnia?
- Ah, pergunta pro Alka-Seltzer. Foi ele que te colocou esse apelido.
- Quem é o Alka-Seltzer?
- Ele, ali, ó!
- Mas aquele ali não é o Peido?
- Era. Até semana passada. Ele tomou uma Alka-Seltzer e o peido parou. Cacete, te atualiza, Petúnia!!
- Alka-Seltzer não é remédio pra peido...
- Putz, então qual é o remédio pra peido?
- Não sei!
- Peido! Pei-dô! Que remédio tu tomou pro teu peido passar?
- Luftal!
- Tá. Viu? Então agora ele é o Luftal. Entendeu, Tina Turner?
- Ué, eu pensei que eu fosse o Petúnia.
- Tô vendo que tá passando um DVD da Tina Turner ali na TV do bar. Agora tu é o Tina Turner.
- Tudo bem, então agora eu vou te chamar de... Ah, olha um guardanapo sujo na mesa! Vou te chamar de Guardanapo Sujo, Palhares!
- Não é assim que funciona, Catherine Zeta-Jones.
- Cath...? Eu sou o Tina Turner, porra!
- Ah, cala a boca! Que cara sem graça!

A Saga do Tio - Continuação

Me ferrei. Estão me chamando de "tio" por aí.

Sim, eu isso não é novidade. Até já escrevi sobre isso.

O problema é que dessa vez eu fui chamado de "tio" por um mendigo que deveria ter, no mínimo, SESSENTA ANOS de idade.

- Tio, tens uma moeda...?

Escutei isso e fui virando a cara para responder o tradicional "não, sobrinho, não tenho", mas quando exerguei aquele tio me chamando de "tio" eu não consegui acreditar no que eu havia escutado e balbuciei um

- ...hein...? Tio...? Eu? De quem??

Ele também não entendeu muita coisa, eu acho.

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)