terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mulher-Vinho

Andava eu sem assunto para postar (ou seria BOSTAR?) algo que preste por aqui ("algo que preste"? Quando foi que eu tive esse tipo de cuidado?), quando um amigo comentou sobre a Cristiane Torloni na novela das sete. "O que é a natureza", ele disse.

É verdade. Não vejo a novela das sete - ou a das nove, a das doze, a das vinte e cinco, a reprise da que duas vezes já passou no Vale a Pena Ver de Novo, etc. -, mas devo concordar com ele. Que progresso, minha gente. Como a idade fez bem àquela mulher.

No mesmo barco eu coloco a Paula Toller, que teve um acréscimo considerável de beleza com o passar dos anos, e a Cláudia Raia, que chegava a ser feia, pobrezinha, e hoje em dia está muito bonita. Esta, aliás, eu vi ao vivo em Porto Alegre, numa peça de teatro que ela estrelava com o Falabella.

E eu, por outro lado, não consigo me transformar em uma mulher gostosa com a minha velhice. Continuo um gordo mangolão. Um VELHO gordo mangolão.

Por falar nisso, semana passada falei para um colega que eu freqüentava a KADIMIA. Ele olhou pra mim e disse:

- Tá, e quando é que tu vai processar essa academia, cara?

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ADENDO: publiquei o texto acima e logo após vi na televisão uma propaganda com a Flávia Alessandra, que deve ser mais nova do que as supracitadas (acho!), mas que melhorou muito com o tempo também. O panaca aqui ficou rindo da propaganda estrelada pela moça, que estava tentando vender DERMACYD, sabonete íntimo. Leia-se "LAVADOR DE XEXECA". Eu sei, moças, não tem graça, mas eu sou panaca, fazer o quê.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Da mesma forma que eu adoro inventar sambas enredo - eles sempre são originalíssimos, assim como os sambas enredo que vencem outros carnavais por aí -, estou começando a inventar jingles para campanhas de políticos.

Estava eu tomando café há alguns minutos e comecei a cantarolar:

"saneamento báásico
educação
saúúúúdeeeee
seguraaaançaaa
Fulano é o nome da mudaaaançaaaa"

BÁSICO, não é mesmo? Cobre quase tudo que a população quer, e ainda traz o que o candidato que não está no poder vai trazer para seu povo: MUDANÇA (ahã!!). NAAADA original, óbvio, mas... qual jingle eleitoreiro o é?

Depois de cantarolar mais idiotices como essa, passei a pensar em jingles mais realistas, como:

"deixa de ser otáááário
mudança é o caralho
vou encher o bolso de milhão
e foda-se a população"

BEM mais realista. Acho que o candidato dono desse jingle seria o vencedor. Original, pelo menos, esse jingle é!

Secretária

Toca o telefone na residência do casal.

- Olá. Aqui é a outra. O Zé não pode atender porque neste momento está no banho. Deixe seu recado após o sinal. Mas não vá achando que ele vai ligar logo, pois ele está muito cansado. E a culpa é minha. Obrigado.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Amanhã vou estar indo ("senhor, vamos estar providenciando...") a Camaquã, a serviço. Fiquei sabendo que a Justiça do Trabalho localiza-se na rua ANTÔNIO DURO.

Hei de tomar cuidado.

Engraçado foi quando eu comuniquei aos colegas o nome da citada rua. Enquanto o resto das mentes sujas ria pelos motivos que cá posto, o colega de mente mais inocente riu por causa de outro motivo e expressou o que estava pensando:

- É mesmo! O Seu Antônio aí devia pra toda a cidade! Não tinha dinheiro!

Que bonito é ter uma alma pura, não é mesmo?

Não mencionei que em certa oportunidade o mesmo colega escutou a conversa das mentes sujas, que discutiam sobre um programa de televisão que havia mostrado uma prostituta de sessenta ou setenta anos, e que ainda lucrava com a prestação de serviços sexuais em sua vizinhança, apesar da avançada idade.

Com todo respeito à história dessa velhinha (acho nada engraçado ela ainda estar nesse tipo de vida. MENOS engraçado ainda é saber que tem gente que paga pra estar com uma velhinha), na hora lembrei do Chico Anysio, que encenou uma puta anciã no Programa do Jô e citei trechos de tal performance para os colegas (pra registrar bobagem meu cérebro é campeão!). O papo, claro, descambou pro besteirol - tenho grande facilidade em fazer esse tipo de coisa.

Entretanto, nosso companheiro da mente limpa quis falar seriamente sobre o assunto.

Cada argumento que ele proferia só fazia aquela corja rir mais e mais. Particularmente o argumento que mais me fez rir foi o seguinte:

- Pessoal, vocês têm que levar em consideração a condição física da senhora... - concordo plenamente. Pobre da velhinha! Até parei de rir quando ele disse isso. Porém, ele completou com - Até porque, poxa vida, imagina só a flacidez do órgão genital dela...

Disse isso sem a mínima malícia. O papo terminou ali. Risadas, risadas, risadas e conselhos de "pára de falar, cara! Tu só tá piorando! Não vamos parar de rir de ti!!!"...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

- Doutor, não adianta. Eu faço isso pra incomodar, eu já falei, não tem cura. Não há cura porque não há problema, doutor.
- Senhor Eduardo, o senhor imitou alpiste bem na minha frente na semana passada. O senhor acha isso normal?
- Normalíssimo!
- O senhor disse para eu bater asas e bicá-lo, senhor Eduardo.
- Eu faço só por brincadeira! Minha mulher é que é a maluca, me mandou pra cá sem razão. Acho que ela quer tirar uma folga de mim, não agüenta mais me ver lá dentro daquela casa imitando capacho, abajur, mesa...
- Repito: o senhor acha isso normal?
- Claro! Doutor, o senhor tinha que ver o susto que a Beth levou quando eu imitei o abajur. Sabe, imitei um daqueles pequenos, que ficam em cima da mesa. Foi meio difícil simular aquele abajur, tive que ficar com a bunda pra cima e colocar a lâmpada no meu c...
- CERTO, SENHOR EDUARDO. Eu entendi perfeitamente.
- Foi só de brincadeira, pode ficar tranqüilo. E tem outra coisa, Ricardinho!
- Como? Não compreendi, senhor Eduardo.
- Ricardinho! Pare de se fazer de tonto! Escute sua mãe!
- Senhor Eduardo, pare com isso, o senhor não é minha mãe.
- Ora, mas que menino atrevido! ATREVIDO! Já pra casa!
- Não vou entrar nessa conversa, senh...
- MIJANDO A CAMA DE NOVO, RAPAZINHO? QUE FEIO!
- Mam... mamãe...?
- Sim! Eu vi! Já é a centésima vez que você mija sua cama! Já comprei cinco colchões! Quando é que você vai parar de fazer isso, Ricardinho?
- Mamãe... senhor Eduar... MAMÃE, é que eu fico sonhando que estou no banheiro, mamãe...
- JÁ PRA CASA! JÁ PRA CASA!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

"Esfolia a cara, talvez funcione!", disse a minha cunhada.

Minha "barba" é uma porcaria, não presta para ser cultivada, pois ela não cobre muito do meu rosto, falha em algumas partes, o "bigode" e o "cavanhaque" não são ligados um ao outro, se os pêlos ficam muito compridos eu fico parecendo um porco-espinho, etc., então ela merece ser devidamente raspada, expurgada de meu frontespício, o mais freqüentemente possível. (PARÊNTESE: uma homenagem ao trema, por favor. HIP HIP HURRA! VIVA! Pobre trema, que vai embora de nossas vidas no ano que vem.) Infelizmente, não consigo me barbear com muita freqüência (ó o trema aí, pobrezinho...). O que fazer quando a "farta" barba (que deveria ser chamada de FALTA barba) resolve nascer encravada - praticamente natimorta - na pele? "Esfolia a cara", ela me disse. Não sei se ela usou o termo "cara". Acho que ela falou "esfolia a pele do teu rosto", frase com termos mais delicados, mas a idéia é essa: seria bom eu esfoliar a minha cara.

Então, fico a pensar: o que diabos é esfoliar?

Encontrei num site: "Esfoliar: é retirar as células mortas da superfície da pele e descobrir pele 'nova' que aparece mais limpa, mais fresca e mais fina. A esfoliação também estimula a renovação natural de células da pele e 'ajuda' no tratamento de acne."

Hmmmmmmm.

Tá. Agora só falta eu começar a chamar todas as diferentes nuances de roxo por seus devidos nomes.

Isso sem contar que o uso da palavra "nuances" já seria suspeito de minha parte.

Tá. Chega.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Todos os dias a Marilda passava por aquela financeira. Passava pela calçada, em frente à loja, e via aquela moça, funcionária da financeira, oferecendo empréstimos para todos os que por lá passavam.

Menos para a Marilda. Ela nunca ofereceu nada para a Marilda. Nem um mísero centavo. Nada.

Aquela nojenta. Nojentinha, como a Marilda chamava aquela moça, pois a Nojentinha não devia medir nem um metro e quarenta. Usava aqueles sapatos com aquelas plataformas gigantes que deviam medir uns trinta centímetros de altura cada. Queria aparecer, a Nojentinha. E ainda queria aparecer às custas da Marilda, porque não oferecia um empréstimo sequer para ela.

Todos os dias a Marilda passava por lá. Nunca recebeu uma ofertinha, uma droga de oferta, uma que poderia, quem sabe, até tirar sua conta bancária do vermelho...

Por que diabos a Nojentinha nunca ofereceu um empréstimo? Naquele dia Marilda descobriria o motivo. Seria porque aquela baixinha nojenta era a Baixinha, ex-namorada do Veloso, ex-namorado da Marilda? Seria porque ela conhecia a Marilda e tinha ciúmes porque o Veloso a largou para ficar com a Marilda? Será que ela quer ver a Marilda no vermelho?

Então a Marilda encheu-se de forças, passou em frente à financeira, notou que a Nojentinha não olhou para sua cara e perguntou:

- Olha aqui, sua prostituta. Eu passo aqui todos os dias, vejo tu oferecendo dinheiro pra todo mundo, mas pra mim tu não ofereces nada! Por que, hein? Por quê? O que foi que eu te fiz, sua vagabunda de plataformas gigantes?

- Hã... A senhora quer um empréstimo...?

- Claro que não. E lá eu tenho cara de pobre? Ora, bolas.

domingo, 3 de agosto de 2008

O tal de uáireles é um espetáculo. Friozão aumentando na rua, ventos de alta velocidade assobiando pelas frestas das portas, dedos começando a congelar, e o que o preguiçoso aqui resolve fazer? Ficar na cama. Estou, neste momento, escrevendo meu besteirol sanguinolento na cama. Que beleza.

O domingo começou com mais juras de "nunca mais vou beber". Ontem o golpe foi forte. Tudo culpa da caipirinha de vodca - que, por ser feita de vodca, não deve ser chamada de caipirinha. Caipirinha é feita com cachaça e todo mundo sabe disso, mas parece não querer saber. Sempre sou voto vencido quando os futuros ébrios confeccionam a lista de compras para o churrasco. "E pra caipirinha, o que a gente compra?" "Cachaça, limão e açúcar", eu digo, mas o mundo prefere vodca. Caipirinha é um drink brasileiro, pô! Não é um drink russo! É por isso que a caipirinha de vodca é chamada de "caipirinha de vodca", com sobrenome. Qualquer coisa que tenha um sobrenome não é a coisa original.

Não gostei do fim do último parágrafo, mas não vou revisá-lo. Tô bêbado e cansado.

Por falar em bêbado, devo fazer uma homenagem àqueles amigos que nunca beberam. Sempre foram avacalhados pelo resto ébrio da turma e nunca tiveram seu real valor reconhecido. Hoje em dia, meus amigos, vocês valem ouro. Principalmente se forem donos de uma carta de habilitação para conduzir um veículo automotor. Parabéns a vocês.

Atualmente o beberrão, se não tiver dinheiro pro táxi, deve se relacionar com esse tipo de amigos. Eles são uma mão na roda.

O beberrão tem também outra saída: tenho um conhecido que está fazendo um curso para ser mestre cervejeiro. Poderá fazer sua própria cerveja em casa, sem precisar ir para lugar algum. Não precisará relacionar-se com esse tipo de gente chata e sem graça que não bebe e...

Opa...

Não, não foi isso que eu quis dizer. Vocês, amigos que não bebem, são sensacionais. Adoro vocês.

Tá?

Por favor, continuem me dando carona, tá?

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)