quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Ainda o Verão

Alguém poderia explicar como, mesmo nos tempos de camada de ozônio indo lá pra pequepê, ainda acham que pele bronzeada é bonito???

Eu nasci branco. Ok, tem gente mais branca do que eu, mas quando eu vou pela primeira vez no ano à praia eu sou alvo (entendeu? "Alvo"!) de piadas como "sai pra lá, tu tá refletindo luz nos meus olhos", dentre outras.

A epiderme deste que cá escreve não tem muita afeição por pegar um bronze. Quando é exposta ao Sol matador das idas à praia ao meio-dia e horários adjacentes, fica com aquele tom vermelhão de pimentão. Arde pra caramba nos dias seguintes e, logo depois, volta a ser branca, trazendo o conseqüente descascamento ("descascação"?).

Ou seja: de nada adianta pegar Sol.

Bem, poderia adiantar para uma coisa: pegar um baita dum câncer de pele.

Então, quando alguém me diz - e por favor, sem conotações racistas! - "mas como tu estás branco!!!!!!!", eu respondo: "muito obrigado! Sem câncer de pele!!"

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Ébrio Natalino

Ébrio no Natal. O estado ébrio é nada mais corriqueiro em minha vida, mas no Natal só ocorre uma vez por ano.

E eu, que jurei na semana retrasada nunca mais beber novamente. "Nunca mais beberei!!", eu berrava aos altos brados.

Só que isso durou até quinta da semana passada, quando bebi outra vez, ignorando minhas próprias regras.

Bêbado maldito. Isso não pode ser bom.

Mas bom mesmo é romper o Natal com champagne.

"Ué, romper o Natal?", alguém pode perguntar. Sim, romper o Natal! Tomei até champagne hoje! Onde já se viu tomar champagne no Natal? Isso é coisa de Ano Novo! Esse, sim, é rompido! Pelo menos na região onde moro.

- Vais romper o ano onde?

É algo até indecente, mas o que há de ser feito? O povo por aqui resolveu falar assim, fazer o quê.

Então, com o Natal já no passado, só tenho a desejar BOAS ROMPIDAS para todos, e que tudo magicamente mude quando o cronômetro zerar do 31/12 para o 01/01. É sempre um recomeço, é sempre uma nova esperança, é sempre uma nova chance do gordo começar seu regime, da prostituta largar aquela "vida fácil", da mulher de malandro dar mais uma chance pro cara que bate nela todos os dias, do Rubinho Barrichello vencer um campeonato de Fórmula 1, e assim por diante...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Fim de Ano "Bola Murcha"

Que finzinho de ano bem besta, este.

Sem planos pro Reveillon, e com o Natal cada vez menos parecendo Natal, as "boas festas" deste ano não me empolgam tanto.

Não que estar com a família e comer/beber pra caramba seja ruim! Mas pra mim a cada ano que passa essa data chamada Natal tá perdendo seu sentido, se é que já não o perdeu por completo.

Quanto ao Reveillon, todos os meus amigos parecem estar sem grandes idéias para comemorar a virada de ano. Ninguém tem planos. Ou, sei lá, talvez TODOS estejam mentindo pra mim, evitando minha presença em suas respectivas festas!

Tá. Chega de neurose.

Ah, sim, devo dizer: BOAS FESTAS! Fazer o quê. Mesmo que não empolguem como outrora empolgavam, que sejam boas, pelo menos, e que tomemos um tragoléu ensandecido.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Mais um Bróg

Desde ontem, este gordo que cá digita digita também no seguinte blog:

Los Tequileños

Sua mãe não deveria ler tal blog. As nossas não lêem.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Da série "Coisas que eu gostaria de ter escrito"...

Infelizmente, desconheço a autoria. Recebi por email.

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Verão é sinônimo de pouca roupa e muito chifre, pouca cintura e muita gordura, pouco trabalho e muita micose.

Verão é picolé de q-suco no palito reciclado, é milho cozido na água da torneira, é coco verde aberto pra comer a gosminha branca.

Verão é prisão de ventre de uma semana e pé inchado que não entra no tênis. Mas o principal ponto do verão é... a praia!

Ah, como é bela a praia...

Na praia, os cachorros fazem cocô e as crianças pegam pra fazer coleção. Os casais jogam frescobol e acertam a bolinha na cabeça das véias. Os jovens de jet-ski atropelam os surfistas, que, por sua vez, miram a prancha pra abrir a cabeça dos banhistas.

Na praia, o melhor programa é chegar bem cedo, antes mesmo do sorveteiro, quando o Sol ainda está fraco e as famílias estão chegando. Muito bonito ver aquelas pessoas carregando vinte cadeiras, três geladeiras de isopor, cinco guarda-sóis, raquete, frango, farofa, toalha, bola, balde, chapéu e prancha, acreditando que estão de férias. E, em menos de uma hora, todos já estão instalados, besuntados e prontos pra enterrar a avó na areia. E as crianças? Ah, que gracinhas! Os bebês chorando de desidratação, as crianças pequenas se socando por uma conchinha do mar, os adolescentes ouvindo walkman enquanto dormem...

Na praia, as mulheres também têm muita diversão, como buscar o filho afogado e caminhar vinte quilômetros pra encontrar o outro pé do chinelo. Já os homens ficam com as tarefas mais chatas, como perfurar o poço pra fincar o cabo do guarda-sol. É mais fácil achar petróleo do que conseguir fazer o guarda-sol ficar em pé...

Mas tudo isso não conta, diante da alegria, da felicidade, da maravilha que é entrar no mar!

O mar! Aquela água cristalina, que deixa ver os cardumes de latinha de cerveja no fundo. Ah! Aquela sensação de boiar na salmoura como um pepino em conserva... Depois de um belo banho de mar, com o rego cheio de sal e a periquita cheia de areia, vem aquela vontade de fritar na chapa. A gente abre a esteira velha, com o cheiro de velório de bode, bota o chapéu, os óculos escuros e puxa um ronco bacaninha.

Isso é paz, isso é amor, isso é o absurdo do calor!

Mas, claro, tudo tem seu lado bom.

À noite... o Sol vai embora, todo mundo volta pra casa tostado, vermelho como mortadela, toma banho e deixa o sabonete cheio de areia para o próximo. O shampoo acaba e a gente acaba lavando a cabeça com qualquer coisa, desde creme de barbear até desinfetante de privada. As toalhas, com aquele cheirinho de mofo que só a casa da praia oferece. Aí, uma bela macarronada pra entupir o bucho e uma dormidinha na rede pra adquirir um bom torcicolo e ralar as costas queimadas.

À noite, mais tarde... uma boa rodada de tranca e mais uma briga em família. Todo mundo vai dormir bêbado e emburrado, babando na fronha e torcendo pra que, na
manhã seguinte, faça aquele Sol e todo mundo possa se encontrar no mesmo inferno tropical...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O que aconteceria?

Cai um asteróide na Terra e sobrevivem só cinqüenta pessoas. Entre elas, tu. Nenhum de vocês é gênio, nenhum entende de física quântica... quero dizer, nenhum de vocês sabe sequer fazer serviço de pedreiro - como eu, claro.

Como seria a reconstrução do mundo com esse bando de gente que, no máximo, só sabe ligar a televisão e beber cerveja?!?!?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

"Não, os homens é que são tarados..."

E vem chegando o verão.

Conversando com minhas colegas de auditório, chegamos ao assunto das "coisas de fora". Uma reclama que o marido não a deixa ir para o trabalho com um decote mais avantajado, a outra tira sarro da minha cara porque não há problema algum se ela for trabalhar usando bermuda ou saia, enquanto que eu - e o resto dos homens - tenho que ir trabalhar vestindo calças, essas coisas.

Na rua, peitâncias e abundâncias cada vez mais à vista. As mostras do "contiúdo" estão cada vez mais generosas e, além disso, tem um monte de mulher na rua. Acho que tem mais mulher do que homem na rua. Acho, não. Tenho certeza disso! Muito mais!

E as peitâncias pululando na nossa frente, pra lá e pra cá. A oferta tá enorme. Só não olha quem é cego, ou quem fecha os olhos diante de uma amostra generosa assim.

Fiz tal comentário e minhas colegas me crucificaram. "Ah, não!!! Os homens é que são tarados!!"

Opa, peraí. A quantidade de peito pulador por metro quadrado é grande... eu tenho que abrir os olhos na rua pra poder caminhar na calçada... e EU sou tarado? Pera lá. Pera lá. A culpa não é minha, minhas senhoras. "Por que o cachorro entrou na igreja? Porque a porta tava aberta." Por que os homens ficam olhando pros peitos femininos? Porque eles estão pulando na nossa cara, oras.

E por falar em "quantidade por metro quadrado", tive que rir quando deixei o serviço: a quantidade de mulheres segurando a saia para não mostrar MAIS do conteúdo, por causa da incrível ventania, também estava grande.

Teste

Tenho que dizer: meu pai sempre esteve certo. Ele vai dizer, quando ler isto aqui, que eu não o escutava durante os meus tempos de aborrecente, mas eu escutava, sim.

Quanto a isso ele sempre esteve certo: quer saber se alguém é abobado? Coloca tal pessoa na frente de uma porta. Se ela parar BEEEEM no meio do caminho, impedindo a entrada ou saída dos demais, essa pessoa é abobada.

Hoje fui pegar meu almoço no Pé Sujo e um senhor palitava seus dentes BEEEEEEEEEEEEEEM na porta de entrada. Parei em frente ao citado senhor e este nem "tchuns". Palitava e palitava dente após dente, sem notar que eu queria ENTRAR NO RESTAURANTE. Ora, por que será que eu tava ali?!?!?

Sua pança, aliás, só atrapalhava. Ele estava virado de lado, olhando o horizonte, concentrado na palitação.

Esse, obviamente, é abobado.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Haltero Flatista

Só pra dizer que agora já uso o halteres da academia com o inacreditável peso de... de... ahn...

De quanto é mesmo aquele peso?

Sei lá.

Mas o pior exercício de todos é a tal da borboleta. Ou sei lá como se chama aquilo. Tem que ficar abrindo as pernas pra lá e pra cá, pra lá e pra cá. Posição meio desconfortável, não é lá muito bom ficar fazendo isso...

...principalmente se o prato do dia do Pé Sujo (ver post abaixo) é feijão.

Porque feijão é tiro e queda. É eu comer feijão que os gases vêm. Não sei por que todo mundo tem mania de falar da batata doce com repolho, porque o feijão tem poderes peidativos muito maiores.

Pelo menos é o que acontece comigo. Não tem nem graça. Como feijão e depois, se eu tenho que fazer essa borboleta aí, fica difícil. A coisa requer incrível concentração.

Menos mal que o peso do haltere (o haltere? O halteres?) é pouco. Imagina se eu tivesse que fazer muita força...

The Revenge of the Vertically Challenged

Quem não leu isto, leia:

Coisas Novas

Pois hoje o povo deles quase conseguiu vingança. Saía eu para a rua, em direção ao Pé Sujo (restaurante onde costumo almoçar. É só R$ 3,70! "Sirva-se à vontade, com uma carne". Certo dia eu coloquei dois pastéis, não coloquei carne, e o cara queria me cobrar o adicional de R$ 0,80 pela carne extra. "Ué, cara, eu coloquei pastel, e não carne!!", falei. "Ah, mas o pastel é de carne!" Paguei o adicional e depois vi que o pastel tinha mais vento do que carne. Tudo bem, deixa assim!), e um desses "pequenos carinhas" passava pelo outro lado da rua, falando no celular, que era quase maior do que ele, e usando um chapéu branco que parecia do marinheiro Popeye. MUITO ENGRAÇADO.

Resolvi atravessar a rua e fiquei olhando para aquela figuraça, rindo e lembrando do antigo post que escrevi (cujo link tá acima, caso tu não tenhas clicado ali!)...

Só que esqueci que CARROS costumam trafegar no meio da rua. Quando me dei por conta, um tava BEEEEEEEM pertinho de mim. Quase fui atropelado.

Acho que era um enviado do anão anterior, designado para me distrair e me fazer atravessar a rua sem olhar para os dois lados.

Pensamentos Aleatórios

(Posso estar falando o óbvio. Mas deixa eu expor alguma coisa.)

A gente (e com "gente" tô querendo falar na "raça humana") costuma se achar importante em certos casos. Acabamos pensando que nosso trabalho, por exemplo, não funcionará sem quer estejamos lá. Já vi coisas como "se eu não for trabalhar hoje, as cartas não serão expedidas! Ninguém sabe resolver esses pepinos como mandar cartas pro correio!!"

Sim, é tarefa ÁRDUA pegar algumas cartas, envelopá-las e levá-las até o correio. Só UMA pessoa em determinada sala sabe fazer isso. Claro, claro.

Ninguém é insubstituível. Ninguém é indispensável. NINGUÉM. Deves fazer BEM o teu trabalho, é claro, mas se porventura não puderes fazê-lo, não deves ter ciúmes se outro puder desempenhá-lo.

E, aproveitando o post, um abraço pros corintianos. A bola pune. Aqui se faz, aqui se paga. Bem feito.

"O que é de interesse coletivo de todos nem sempre interessa a ninguém individualmente." (Autor desconhecido. Ou não.)